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A casa própria pode não ser mais um sonho


Cláudio Boriola

Atualmente, o crédito é um dos produtos mais rentáveis oferecido pelas instituições bancárias e financeiras. Bastam caminhar pela região central de qualquer cidade do nosso país para se ver "lojas" financiadoras, umas vizinhas às outras, disputando clientes nas calçadas. A população, desinformada que é, acaba caindo nas tentações do "dinheiro fácil e sem complicação" e faz dívidas sem necessidade e com valores que não sabe se terá como pagar. Aquelas linhas do contrato onde são mostradas as taxas de juros então, pouco são lidas...

Infelizmente, o crédito acaba se tornando uma arma mal utilizada pelos brasileiros. "Hoje, por exemplo, está muito mais fácil comprar um imóvel, sonho de todos que moram de aluguel. Cabe a cada um analisar o seu caso e verificar se tem renda para concretizar a compra já ou se deve esperar mais um pouco", afirma o consultor financeiro Cláudio Boriola, fundador e presidente da Boriola Consultoria.

Grande parte das construtoras e incorporadoras está aprovando créditos para compra de imóveis sem burocracia, solicitando a comprovação de renda apenas com a apresentação do extrato bancário e do Imposto de Renda. Outra mantém a consulta ao SPC e ao Serasa para garantir a segurança contra consumidores inadimplentes. Boriola observa também a diminuição dos prazos: "A aprovação do crédito também está mais ágil. O que demorava de 40 dias a um ano e meio, hoje leva, em média, 25 dias. Alguns bancos já autorizam a negociação em questão de horas".

Uma compra desse porte, envolvendo valores altos, deve ser recoberta de muita pesquisa e informação, principalmente no quesito "juros". "Esta é a cruz que os brasileiros carregam diariamente nesse país dominado pelos bancos e seus números estratosféricos", observa Boriola. Os valores variam de 6% a 10,16% ao ano nos financiamentos de 240 meses (os chamados "planos populares"). Cláudio Boriola completa dando uma dica importante: "Não comprometa mais de 25% da renda familiar com o pagamento das parcelas. Você pode ter de parar de pagá-las para voltar a atenção para os gastos mensais mais importantes".

Procure pagar o maior valor possível na entrada e diminuir o número de parcelas. Esse tipo de ação diminui o peso dos juros cobrados sobre o valor total do imóvel.

Para a compra de imóveis ainda na planta, é necessário fazer uma série de investigações. Desde a localização exata da unidade do edifício (para saber sobre ventilação e incidência de luz solar, por exemplo) até as questões mais técnicas (marcas dos produtos utilizados na obra, nomes dos profissionais envolvidos, autorização do projeto de incorporação na prefeitura, etc.). O contrato deve ser o mais completo possível, incluindo o prazo para a entrega do imóvel pronto para ser habitado, incluindo a multa por atraso na entrega. Também deverá existir uma cláusula que mostra tudo o que a unidade terá quando estiver pronta, principalmente os itens de acabamento, para evitar surpresas e mais gastos depois da entrega. É interessante também visitar outras obras da mesma empresa que já estejam prontas e habitadas. Se possível, converse com o zelador, porteiros, moradores e sempre esteja acompanhado de um Corretor de Imóvel devidamente credenciado ao CRECI (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis) do seu estado ou região que vem combatendo na prática os "falsos corretores" por todo o Brasil. 

Além dos juros, impostos, taxas e reajustes, o comprador ainda tem de se preocupar com os extorsivos gastos com serviços de cartório. "Hoje, quem compra um imóvel popular paga, proporcionalmente, o mesmo valor que paga quem compra um imóvel de alto padrão", exemplifica Boriola.

Como qualquer negociação que envolva valores altos, a compra de um imóvel deve ser concretizada levando-se em conta todos os fatores possíveis, não só os financeiros. Cada detalhe é extremamente importante para se dar bem e se sentir realizado com a compra da sua casa própria. (Assessoria de Imprensa)

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