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“Como vai a Aviação Agrícola nesta super-safra?”


Jeferson Luís Rezende
2011 está se mostrando como um ano especial para a agricultura, pelo menos no estado do Paraná.

Boas chuvas, preços firmes para a Soja e o Milho, enfim, tudo caminhando para uma colheita com excelentes resultados.

Neste contexto, fizemos uma pequena observação de como anda a AVIAÇÃO AGRÍCOLA e, em que “pé” estão os vôos. Em algumas regiões o grande e maior problema está sendo a falta de Pilotos. Em outras, em função da demanda descontrolada deste ano, falta avião mesmo.

No oeste do estado (Cascavel – Toledo – Palotina), a demanda por aviões está bastante aquecida; a exemplo da região centro-sul (Guarapuava – Ponta Grossa – Castro).

O grande problema está sendo em Ponta Grossa que após a pane no avião que voava na região - não pode ser substituído de imediato e, isso poderá trazer a tona novamente um filme antigo: sem avião os lavoureiros serão obrigados a entrar com os tratores e isso poderá fazer com que ocorra uma nova caminhada em direção a aquisição de Equipamentos Terrestres, como no passado.

É aquela velha história, que aconteceu, ou acontece, em muitos cantos do Brasil: “como é que eu vou confiar na aviação se na hora que eu mais preciso dela, não tem avião disponível”... pensamento de um agricultor.

Meu amigo, que é proprietário da Empresa Aeroagrícola na região, e também voa nas Bananas em Santa Catarina, fez um magnífico trabalho junto aos agricultores ao longo dos últimos três ou quatro anos, visando à retomada do uso da aviação, que havia sido praticamente apagada do trato cultural local.

Infelizmente a demanda foi muito acima do que ele previu, ou poderia suportar neste momento.

Além de Ponta Grossa, que ficou momentaneamente “a pé”, Cascavel também está sem uma Empresa Aeroagrícola baseada na cidade há muito tempo, é atendida pelos Operados de Toledo ou de Palotina.

E, um pouco mais ao sul, em Santa Catarina (meio Oeste Catarinense), também está passando por apuros. Outro dia, recebi uma ligação de um amigo agrônomo pedindo um avião, desesperadamente, para a região de Água Doce – SC. Como chovia muito e todos os dias, estava impossível entrar com as máquinas terrestres.

Depois de muitas ligações, conseguiu que uma Empresa gaúcha, que voa nas proximidades de Campo Novos – SC deslocasse uma aeronave para atende-los  emergencialmente. Uma situação extrema esta.

Estamos precisando de aviões agrícolas em todas as regiões do País. Fora isso, há a ainda a questão econômica.

Quando a gente enxerga uma lavoura toda “riscada” pelos rastros das máquinas terrestres; aquela Soja maravilhosa...altamente produtiva, sendo injuriada, amassada e, imagina as perdas que ocorrerão por conta disso, fica ainda mais evidente a importância da Aviação Agrícola para o aumento da produtividade e dos lucros no campo. 4%, 5% ou até 6% pelo menos são jogados fora, apenas com o amassamento, ou seja: entre 2 e até 4 sacos de Soja são desperdiçados.







Enfim, é preciso que todos os atores do Sistema Produtivo Agrícola atuem em sintonia, conversem e interajam a fim de que esta preciosa ferramenta de apoio ao homem do campo possa estar disponível para todos e em todas as regiões.

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