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Broca-do-bulbo: nova praga em coqueiro no Estado do Amapá



Aderaldo Batista Gazel Filho

O cultivo do coqueiro (Cocus nuficera L.) vem tendo sua área aumentada no Estado do Amapá, contribuindo para sua expansão o preço que o coco para água atinge no mercado, havendo produtores vendendo entre cinquenta e setenta centavos o fruto. Com o incremento de seu cultivo, percebe-se um aumento acentuado de seus inimigos naturais, ou seja, pragas e doenças, que embora de ocorrência em vários outros estados do Brasil, não havia relatos no Estado do Amapá.

Em uma área cultivada com coqueiro anão, no Ramal do KM 9, município de Macapá, com três anos de campo, em área de cerrado foram encontradas plantas apresentando tombamento. Em observações no plantio, foram constatadas galerias no solo próximas ao colo do estipe, assim como orifícios no coleto da planta. Através de inspeções periódicas às plantas afetadas, foi possível a coleta de coleópteros grandes e de coloração escura.

O inseto foi identificado como broca-do-bulbo-do-coqueiro (Strategus aloeus), que é um besouro castanho-escuro, de hábito noturno, medindo aproximadamente 6cm de comprimento por 4cm de largura. O adulto cava uma galeria no solo, próximo às palmeiras novas, onde permanece abrigado durante o dia, e outra galeria no coleto da planta, logo acima da superfície do solo ou ligeiramente abaixo dela, onde se alimenta durante o dia.

É tido como uma praga de ocorrência eventual em plantas jovens de coqueiro, entretanto nessa área verificou-se que plantas já no início da produção foram destruídas pelo inseto. O adulto ao penetrar nos tecidos próximos às raízes em busca de alimento vai abrindo uma galeria que, ao atingir a parte meristemática, provoca o murchamento e consequentemente a morte da planta. Outra característica para identificar a praga, é a presença de pequenos montes de solo revirado em volta do estipe.

Como medidas de controle recomenda-se inspeções periódicas no plantio, principalmente entre dois a três anos, para se detectar as plantas atacadas. Caso sejam encontradas galerias características da praga, retirar ou esmagar os insetos dentro delas com arame grosso. Outra alternativa consiste em de injetar inseticidas de contato no interior das galerias por polvilhamento ou pulverização.

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