CI

Ano de eleição! Todo cuidado é pouco!



Cláudio Boriola

 O voto está presente em nossa sociedade desde os tempos áureos e longínquos de Atenas, por volta de 509 a.C, criado por Clístenes, o "Pai da Democracia" Porém a contraditória democracia ateniense era formada com a participação dos "cidadãos", que eram os adultos e filhos de pais e mães atenienses, ou seja, a minoria da população.

 

Hoje as coisas mudaram, o voto atingiu uma parcela muito maior da sociedade e os deveres e direitos estão mais esclarecidos. O cidadão tem não só o direito, mas também o dever do sufrágio (voto). Infelizmente, a sociedade se esquece que têm também o direito a reivindicação e a cobrança aos candidatos eleitos.

 

O eleitor deve analisar todos os candidatos e pesquisar sobre os seus passados políticos e pessoais, auxiliado pela mídia, quando esta cumpre o seu papel. Não podemos esquecer que estamos elegendo um representante da população e esse representante deve ser questionado durante o seu legado, deve ser cobrado e avaliado pela população que o elegeu. Nós temos o direito de cobrar. E temos o poder em nossas mãos, embora muitas vezes não nos demos conta disso.

 

A obrigatoriedade do voto é uma via de mão dupla e podemos concordar ou não com ela. Este "direito obrigatório" pode acabar nos desmotivando e a passividade pode ser muito mais prejudicial para a sociedade como um todo. A nossa omissão pode gerar um mal político e um mal político pode ocasionar um transtorno público. Esse transtorno pode prejudicar toda a comunidade, ou até mesmo a nação, dependendo do cargo em questão. Esse é um simples exemplo de como uma atitude pessoal e, de certa forma, egoísta pode prejudicar muitas outras pessoas.

 

A urna é o local onde o cidadão pode dar a sua opinião sem ser julgado ou pressionado, afinal o voto é secreto. Mas até onde esse voto é desprendido de outros interesses? A nossa realidade não é uma das melhores e infelizmente ainda podemos assistir muitos casos de compra de votos de um modo arcaico e coronelista. Em troca de pequenos favores muitos homens estão no poder.

 

E por quê? Como o cidadão pode aceitar a troca de uma coisa tão importante por tão pouco? A resposta é simples, rápida e triste: necessidades. O homem precisa sobreviver e sem dinheiro e emprego como ele faz? Ele precisa de dinheiro, e é nessa hora que surge o "bom político" homem justo que ajuda os pobres e se preocupa com a população de baixa renda. E é contra esse tipo de politicagem que temos que dar as nossas opiniões na urna.

 

O dia 1° de outubro deste ano é mais importante do que o Carnaval ou a Copa do Mundo de Futebol. É o dia que a população por instantes tem o poder de decisões em suas mãos! A importância de voto é evidente e um esclarecimento é mais do que necessário. Não basta apenas fazer a sua parte, que é votar, devemos mobilizar pessoas indecisas e mostrar a elas a importância e a diferença que podemos fazer.

 

Os votos nulos ou em branco também não devem ser incentivados, é uma forma de abrir mão de todos os direitos que se pode ter. O voto nulo é um voto inválido e jogado no lixo eletrônico das urnas. O voto em branco beneficia de forma controversa, quem está na frente nas eleições.

 

Para a sociedade, de fato, se conscientizar é necessário um princípio básico: a informação. E sem ela não podemos apurar e aguçar o nosso senso crítico. Devemos lembrar que o sufrágio é um direito que deve ser usado de forma cautelosa e inteligente. Não podemos simplesmente jogar fora os nossos "pequenos" poderes na sociedade. O maior dever que temos como cidadãos não é somente eleger o candidato e sim cobrá-lo após a sua eleição, por isso devemos ser extremamente cuidadosos nas urnas, precisamos saber os planos de governo dos candidatos e avaliar as suas propostas com muito senso crítico, e além disso, é necessário conhecermos melhor os partidos concorrentes e todo o histórico dos candidatos. Depois de todos esses cuidados só podemos esperar um voto mais coerente e um reflexo dessa coerência na situação de nosso país.

 

 

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.