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2007: Um ano de Reação da Agricultura; de Monitoramentos Eficientes e do Uso da Aplicação Aérea


Jeferson Luís Rezende

Observamos de certa forma, surpresos, a reação positiva do campo neste início de 2007: das lavouras de Soja e Milho, em particular.

As chuvas estão sendo generosas, os preços estão sinalizando bem, enfim, tudo caminha para que o país colha uma boa safra, e os nossos produtores tenham o êxito econômico esperado – lá do início das suas lavouras.

Por outro lado, este ano "chuvoso" traz alguns problemas pontuais, que precisam ser devidamente monitorados, sob pena de prejudicarem significativamente os lucros do campo. Falo das doenças que estão atingindo grande parte das lavouras do Paraná, e naturalmente, do Brasil: DFC; FERRUGEM; ESCLEROTINIA; CERCÓSPORA; ETC.

Além delas, em muitas áreas se observa um porcentual razoável de plantas acamadas, em razão – principalmente – do excesso de população por m2. Este acamamento é importante de ser observado, porque dificulta o tratamento fungico, e reduz sobremaneira a produtividade da área.

Diante disso, é oportuno esclarecer que sem uma boa coordenação, um bom gerenciamento, não é possível obter um controle satisfatório das doenças.

Este ano, de forma surpreendente, a AVIAÇÃO AGRÍCOLA está sendo novamente muito requisitada, tanto para combater insetos, como, especialmente, para controlar e erradicar doenças. Em vários pontos do Paraná, está se voando muito bem.

Por outro lado, é importante ressaltar que os aviões sozinhos não fazem milagres! É preciso, como disse anteriormente, conduzir com critério as lavouras, para que o tratamento aéreo contribua naquilo que lhe compete: atingir o alvo com eficiência; pois do contrário, o produtor estará chamando um "bombeiro" para apagar um incêndio muitas vezes, incontrolável.

Em Safras passadas, ouvi de alguns produtores e até de agrônomos, comentários relatando que o tratamento aéreo não havia sido eficiente, e que a ferrugem comeu tudo! O fato é que posteriormente, descobrimos que nas áreas onde ocorreram problemas, o Avião foi chamado no sufoco, como "bombeirão". A ferrugem já estava devidamente instalada, e havia muitos casos de acamamento da lavoura, que impedem uma boa cobertura do defensivo aplicado. O acamamento é responsável pela redução drástica da produtividade. Numa área de Soja da região de Guarapuava (safra 2006), o produtor colheu 55 sacas/ha em média onde não houve, e apenas 32 sacas/ha, onde a lavoura desceu. É possível se perder entre 1.000 Kg e 1.200 Kg – em média !

Áreas infectadas pela esclerotínia (mofo branco da haste), por exemplo, precisam ser tratadas preventivamente. Além disso, o produtor deve observar questões importantes como: variedade da cultura utilizada (algumas são bastante suscetíveis, outras menos); compactação do solo; umidade da área; etc. Tem gente "ainda" culpando a aplicação aérea pelo não controle desta doença.

A AVIAÇÃO AGRÍCOLA é uma ferramenta eficiente, rápida e extremamente produtiva, que quando bem utilizada, contribui para o aumento da produtividade da lavoura, e a redução dos seus custos. Mas, ela não pode e nem deve, ser culpada por erros de posicionamento de produtos (defensivos), ou de time (momento) de aplicação.

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