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Sistemas Agrossilvopastoris: Integração Lavoura – Pecuária - Floresta (ILPF)

Conceitos



Foto: Canva

O clima do planeta está em transformação e estas mudanças poderão reduzir a produtividade de culturas de grãos e produção de carne em até 60%. Os números mostram que o futuro depende da adoção imediata de sistemas agropecuários que conciliem conservação e produção de alimentos.

Uma dessas opções são os Sistemas Agrossilvipastoris (ILPF: Integração Lavoura-Pecuária-Floresta) como uma saída para reduzir a emissão de gases de efeito estufa sem desacelerar a produção no campo. A ILPF é um agroecossistema que maximiza a produção e ao mesmo tempo conserva os recursos naturais, uma vez que integra atividades agrícolas, pecuárias e florestais, fazendo com que convivam numa mesma área a partir da sincronização de suas etapas produtivas, que se retroalimentam. É considerada uma estratégia de produção sustentável que busca integrar os efeitos sinérgicos entre os componentes do agroecossistema, contemplando a adequação ambiental, a valorização do homem e a viabilidade econômica.

O sistema é viável para propriedades de todos os portes, pois otimiza o uso do solo, que permanece ocupado inclusive nos períodos em que ficaria ocioso, e auxilia na recuperação de áreas em degradação. Isso auxilia na conservação dos recursos naturais e contempla, ainda, a valorização do homem e a viabilidade econômica.

Com a crescente restrição para acessar madeiras de florestas naturais, as áreas de floresta plantadas existentes passarão a sofrer pressões de mercado. Os Sistemas Agrossilvipastoris poderão colaborar para menor pressão e regularização de oferta de produtos madeiráveis ao mesmo tempo em que promove a adequação ambiental da pecuária nacional ao constituir sistemas de produção capazes de neutralizar a emissão de metano pelo rebanho de ruminantes.

Desta forma, a ILPF permite a integração da produção de grãos, madeiras e produtos oriundos da produção animal, auxiliando na mitigação na emissões de gases do efeito estufa (GEE's), permitindo a melhoria no bem-estar animal, ao proporcionar proteção contra estresse térmico, além de promover a preservação da biodiversidade em sistemas produtivos e o incremento no uso eficiente da terra, com agregação de valor e renda para as áreas de exploração agrossilvipastoril.

 

José Luis da Silva Nunes
Engenheiro Agrônomo, Doutor em Fitotecnia

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