Manejo sustentável da lagarta-do-cartucho com ILPF
O estudo da Embrapa Milho e Sorgo utilizou o Manejo Integrado de Pragas (MIP)
A pesquisa da Embrapa milho e sorgo (MG) oferece práticas de manejo para a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) nos sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). As técnicas focam na integração de pastagem e palhada com braquiária e no sistema de plantio direto, promovendo produtividade e sustentabilidade. A lagarta-do-cartucho é uma praga significativa que se alimenta de várias plantas e adapta-se rapidamente às estratégias de controle, como o uso de plantas Bt e produtos químicos, exigindo novas abordagens de manejo.
“O manejo da lagarta-do-cartucho em campo é complexo e deve levar em consideração todo o sistema de produção envolvido. Por isso, é necessário conhecer melhor a sua ocorrência e permanência em sistemas como o ILPF e o de Integração Lavoura-Pecuária (ILP), que são cada vez mais adotados nas diferentes regiões do Brasil”, comenta o pesquisador Ivênio Oliveira.
O estudo da Embrapa Milho e Sorgo utilizou o Manejo Integrado de Pragas (MIP) para controlar a lagarta-do-cartucho do milho de forma sustentável. Foram testadas estratégias e produtos, focando em sistemas integrados de cultivo. O monitoramento populacional é essencial, e o uso de inseticidas deve ocorrer somente quando o nível de controle (NC) é atingido, antes do nível de dano econômico (NDE). O controle químico é recomendado quando cerca de 20% das plantas estão danificadas, identificado por armadilhas de feromônio ou inspeção visual.
“A estratégia de MIP se mostrou mais adequada do que o uso calendarizado de inseticidas químicos. Para o bioinseticida Bt, as pulverizações devem ser realizadas a partir da ocorrência de danos de nota até 2, pela amostragem visual, o que significa a presença de lagartas menores que 1 centímetro. A partir do ponto em que as plantas de braquiária se desenvolvem e têm cartuchos, elas passam a ser um componente da área de produção e também devem ser consideradas nas unidades amostrais, porque existe a possibilidade de migração de lagartas da braquiária para o milho e vice-versa”, explica o pesquisador.