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Tempestade Tropical Akará: o que o agro precisa saber sobre o fenômeno climático atual

Acompanhe a evolução do ciclone e seus possíveis impactos nas lavouras do Brasil.


Foto: CIRA

Nos últimos dias, o cenário meteorológico brasileiro vem sendo marcado pela formação e evolução do ciclone Akará, um sistema que inicialmente apresentava características de depressão subtropical e, conforme análises recentes da Marinha do Brasil, evoluiu para o estágio de tempestade tropical.


Imagem de satélite da Tempestade Tropical Akará em 19/02/2024 às 09h no horário de Brasília. Fonte: CIRA.

Este evento climático ganhou destaque não apenas pela sua raridade no hemisfério sul, especialmente em águas brasileiras, mas também pelo potencial impacto que poderia ter sobre diversas regiões, incluindo regiões produtoras.

A imagem é um recorte da carta meteorológica da Marinha com validade para o dia 19 de Fevereiro. Fonte: Marinha do Brasil.

Akará, nome atribuído pelo sistema de nomeação da Marinha, segue um trajeto sobre o oceano, mantendo-se a uma distância segura da costa do Sudeste ao Sul do Brasil. 

Projeções indicam que o sistema deverá continuar sua trajetória para o sul, em alto-mar, sendo que até o dia 23 ele deverá influenciar as condições de tempo no Brasil. A partir do dia 24, o núcleo de baixa pressão do sistema já estará muito distante da costa do país, seguindo com a sua trajetória para o sul do oceano Atlântico. 

Trajetória da Tempestade Tropical Araka. Fonte: Prof. Robert Hart, Universidade do Estado da Flórida.

Apesar da distância, o fenômeno levanta importantes considerações para o setor agrícola brasileiro, especialmente em um momento em que o país busca reforçar sua resiliência frente a eventos climáticos extremos.

Possíveis impactos da tempestade no setor agrícola

A presença de Akará, mesmo distante da costa, traz uma série de cuidados necessários para o manejo das lavouras.

Especificamente, o ciclone traz consigo a possibilidade de alterações nas condições climáticas que podem afetar as atividades agrícolas, principalmente em termos de chuvas e ventos. 

  • Chuvas positivas: Para regiões como o Sudeste e partes do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), onde o plantio de algumas culturas ocorreu de forma tardia, a chegada de chuvas pode ser positiva, contribuindo para o desenvolvimento das lavouras em estágios cruciais de crescimento. Além das lavouras de algodão que ainda avançam nos estádios iniciais e na floração. Bem como o estabelecimento do milho safrinha.
  • Atenção na colheita: Por outro lado, uma parte considerável da soja no Brasil está entre a maturação e colheita, a previsão de chuvas mais frequentes em algumas áreas do Brasil podem trazer complicações nas operações de colheita. Além do risco de chuvas intensas, a possibilidade de quedas de granizo e rajadas de vento fortes pode resultar em danos às plantações, exigindo um planejamento cuidadoso e medidas de mitigação por parte dos produtores.

Previsão do acumulado de chuvas entre 19 (seg) a 24/02 (sáb). Fonte: CMC. Elaboração: Agrotempo.

 

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