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Emater/RS estima produção de 1,735 mi de toneladas de trigo

O Rio Grande do Sul deve colher 1,735 milhão de toneladas de trigo na safra de inverno de 2003, com um rendimento 1.757 quilos por hectare. O volume a ser colhido é 54,02% maior que a do ano passado, que foi de 1.126.624 toneladas. O número faz parte da primeira estimativa de produção do cereal realizada pela Emater/RS e aponta para a maior safra de trigo dos últimos 16 anos (1987 - 1,783 milhão de toneladas). A área semeada no Estado é de 987.635 hectares. A situação atual das lavouras é de 98% em desenvolvimento vegetativo e 2% em fase de espigamento e floração. As condições fitossanitárias das lavouras são consideradas boas pelos técnicos da Emater/RS.

No interior do Estado, os produtores começam a planejar a próxima safra de milho. Até o momento, verifica-se uma pequena tendência de redução da área a ser plantada, embora ainda não devidamente quantificada. As regiões do Alto Uruguai, Planalto e Noroeste são as que apresentam indicativos mais fortes, como redução na procura de financiamentos e reserva de sementes.

Hortigranjeiros

No Alto Jacuí e no Noroeste Colonial de Ijuí, os olericultores estão iniciando a semeadura das culturas de verão, como pepino, milho verde e tomate. Nessas áreas, a ausência de frio tem preocupado os fruticultores que temem pelo início do florescimento precoce e de seu desenvolvimento vegetativo, pois se ocorrerem geadas tardias podem ocorrer perdas significativas no setor. Na Serra, a cultura do alho está em fase final de plantio da nova safra. Grande parte da área já está germinando e em crescimento vegetativo. Nos municípios mais tradicionais e maiores produtores, como São Marcos, Nova Pádua e Flores da Cunha, deve ocorrer uma diminuição de área em função dos problemas de comercialização ocorridos na última safra. Por outro lado, nas áreas de municípios dos Campos de Cima da Serra, como Cambará, Vacaria e São Francisco de Paula, o prognóstico é de aumento de área, basicamente em virtude da quantidade de sementes retidas e disponíveis pelos produtores.

Criações

Na Depressão Central e Alto Jacuí, o clima seco, que predominou na semana, foi considerado favorável para o desenvolvimento das pastagens cultivadas de inverno (aveia e azevém), mas, na maioria das outras regiões, os produtores dizem que há falta de chuvas, uma vez que as pastagens estão necessitando de mais umidade para o seu desenvolvimento normal. Mesmo assim, de uma maneira geral e mais especificamente nos Campos de Cima da Serra, as pastagens anuais de inverno estão se recuperando dos danos provocados pelas fortes geadas ocorridas no mês passado e a escassez de pasto, histórica neste período, está sendo amenizada, em parte, pela utilização das mesmas, apesar de não estarem nas melhores condições. As pastagens de cornichão e trevo, implantadas em anos anteriores, também foram bastante prejudicadas pelas geadas, mas estão se recuperando, que deverá ocorrer de forma mais intensa tão logo chova, uma vez que nesta região não chove há cerca de 10 dias. Com a recuperação das pastagens, está melhorando também as condições alimentares e nutricionais dos animais, o que tem proporcionado reflexos positivos na produção de leite.

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