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Vendas de aço no mercado interno recuam a patamares de 2001


A retração econômica no mercado interno fará a indústria siderúrgica retornar em 2003 aos patamares de venda de dois anos atrás, puxada principalmente pelo fraco desempenho da construção civil. Para escapar de números negativos, as empresas estão aumentando as exportações, informou o presidente do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), José Armando de Figueiredo Campos. De janeiro a junho, as exportações cresceram 31,2% em volume e 70,2% em dólares, apesar da valorização do real no período.

"Tivemos aumento de preço este ano (no mercado internacional) e melhoramos o mix de vendas para o mercado externo em função da queda da demanda no mercado interno", disse Campos, também presidente da Companhia Siderúrgica de Tubarão . No mercado brasileiro, as vendas no primeiro semestre evoluíram apenas 0,4% comparadas a 2002.

Até o final do ano, Campos prevê uma queda de 1,5% nas vendas para o mercado interno, totalizando 15,4 milhões de toneladas de aço, ao mesmo tempo que estima alta nas exportações entre 13 a 14%, o que compensará o resultado final de alta nas vendas da ordem de 5%, para 28,9 milhões de toneladas em 2003.

O executivo prevê recuperação da economia apenas no quarto trimestre, refletindo as medidas de aquecimento que começam a ser tomadas agora pelo governo brasileiro, e informou que o terceiro trimestre está repetindo a mesma estagnação experimentada até junho.

"Em julho, as vendas no mercado interno despencaram 8,1% e agosto segue o mesmo ritmo, acho que nos resta uma recuperação a partir do mês de outubro", disse Campos. Ele explicou que os clientes do setor de aços planos, principalmente montadoras de carros, garantiram as vendas do primeiro semestre, apesar das constantes reclamações da indústria automotiva sobre o preço do aço brasileiro.

"As vendas de aço plano para o setor automotivo cresceram 5,1% no primeiro semestre e as montadoras estão aumentando as exportações, o que mostra que nossos preços são competitivos", argumentou Campos. Campos informou ainda que a produção de aço no Brasil cresceu 8,4% no primeiro semestre e para o final do ano a previsão é de atingir o volume de 31,2 milhões de toneladas. Até 2007 as siderúrgicas brasileiras prevêem investir 4,1 bilhões de dólares para aumentar a capacidade para cerca de 40 milhões de toneladas anuais.

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