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Tempo está bom para colheita da laranja


Após um período de alta temperatura e elevadas taxas de evapotranspiração, típicas de verão em São Paulo, a ação de uma frente fria de forte intensidade causou chuva em todo o Estado e queda brusca de temperatura. Em Adamantina, Campinas e Votuporanga a máxima caiu de 30 graus, no início da semana, para cerca de 20 graus no sábado seguinte. Em Assis, Limeira e Pariquera-Açu, a mínima não passou dos 9 graus no fim de semana dos dias 9 e 10 de agosto.

A chuva oscilou bastante, sendo mais expressiva no oeste do Estado, onde o índice de precipitação ficou entre 34 e 41 milímetros. Em Adamantina, a chuva foi importante para a elevação do nível de umidade do solo, que estava abaixo dos 8% da capacidade máxima de retenção e vinha causando prejuízos às pastagens e aos canaviais. Em Assis, a chuva elevou o armazenamento de água no solo para 93%, afastando os riscos para as lavouras de trigo em fase de frutificação e enchimento das panículas.

Nas demais regiões, a chuva foi suficiente para suprir as necessidades das culturas, mas não ocorreu a reposição da água no solo. Isso mantém a situação de elevada deficiência hídrica que já dura cerca de dois meses em Bebedouro, Jaú, Limeira, Mococa, Pindamonhangaba e Pindorama, onde o armazenamento de água não passa dos 10%. Já em Pariquera-Açu, o teor de água no solo permanece em cerca de 60%, favorecendo a lavoura da banana e do palmito.

Colheita

A colheita do café em Campinas e Mococa, da batata em Vargem Grande do Sul, e da laranja, em Matão e Bebedouro, está favorecida por causa do tempo seco que volta a predominar. A colheita da cana em Piracicaba e Ribeirão Preto conta com boas condições para o corte manual como no mecanizado, e o rendimento industrial das lavouras tende a aumentar até o fim da safra. As aplicações de defensivos agrícolas estão favorecidas nesta semana, após alguns dias de atraso, o que beneficia os produtores de couve-flor de Sorocaba e região.

O preparo do solo já pode ser iniciado nas regiões onde o armazenamento de água no solo está acima dos 20 milímetros. Apesar de não ser um nível ideal, o solo já pode ser manejado com maior eficiência nessa faixa de umidade, reduzindo o consumo de combustível, minimizando os danos causados à estrutura do solo e os riscos de erosão nas primeiras chuvas mais intensas. Em Assis, a umidade muito elevada não favorece o preparo do solo porque há riscos de compactação e de formação do "pé-de-grade".

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