A rede de frigoríficos Chapecó não entregou ontem (31-07) ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) proposta de arrendamento de suas sete unidades industriais no Brasil. Na prática, isso suspende o processo. O banco estipulou um prazo de 120 dias, a partir de 1º de abril, para que a empresa entregasse o documento, para avaliação dos diretores do banco. O prazo encerrou-se às 18 horas.
No início de abril, a diretoria do banco aprovou que a Chapecó negociasse o arrendamento de suas unidades industriais para o grupo francês Dreyfus. A negociação seria feita por meio da controlada da Dreyfus no Brasil, a Coinbra. O banco é um dos principais credores da empresa. Além disso, o BNDES tem 30% de participação na Chapecó.
Uma fonte que acompanhou as negociações de arrendamento entre a Chapecó e a Dreyfus informou que as conversações para este tipo de transação entre as duas companhias não estão sendo bem-sucedidas. Isso teria conduzido ao não envio da proposta ao banco estatal. Desde 1999, o grupo enfrentou concordata e troca de controle, até suspender parcialmente as atividades no final do ano passado, por causa de problemas de crédito do conglomerado argentino Macri, que detinha o controle da Chapecó.