O Insituto Rio Grandense do Arroz (Irga) assinou nesta terça-feira (02-09) mais três projetos de pesquisa e extensão, comunicação e sócio-econômico integrantes do Programa Arroz RS, que visa melhorar a produção do cereal no Estado. A primeira ação a ser lançada é o Projeto Arroz Híbrido, que envolve a assinatura de um convênio com o Instituto Hunan, da província de Hunan, na China. Este projeto envolve uma parceria com a Agropecuária Ana Paula, de Bagé, e consiste na pesquisa e plantio de arroz híbrido. As pesquisas já estão sendo realizadas há três anos pela agropecuária e, somando mais cinco, espera-se obter uma variedade híbrida capaz de oferecer uma produção maior e ser mais resistente a pragas.
Segundo o diretor da Ana Paula, Martin Teixeira da Luz, já foram investidos US$ 3 milhões com esse projeto que passará a ter a parceria do Irga. Martin destaca que a variedade híbrida produz o dobro ou o triplo das convencionais, e ressaltou que a primeira cultivar no mundo foi desenvolvida há 40 anos na China. Hoje o país asiático produz mais de 200 milhões de toneladas de arroz, quase o dobro de toda a produção de grãos brasileira, sendo que 50% da produção chinesa é de variedades híbridas.
O Projeto Bolsa do Arroz é uma parceria do instituto com a Bolsa de Mercadorias do Rio Grande do Sul, Banrisul e Emater e pretende regular os preços a fim de evitar disparidade. Segundo o presidente do Irga, Pery Coelho, esta é uma maneira do produtor estabelecer um preço para a indústria, que hoje é responsável pela fixação dos preços ao produtor. “O objetivo é trazer a ordenação da oferta e organizar o mercado”, ressalta Coelho. Na área da comunicação, o instituto está lançando o site com reformulações (www.irga.rs.gov.br).