A partir de hoje (29-08), as agroindústrias de Santa Catarina passam a pagar R$ 1,51 pelo quilo do suíno vivo aos produtores integrados no estado, informou o Sindicarnes. Segundo a entidade, a alta acumulada no mês de agosto com o novo reajuste é de 5,6%. No início do mês, os produtores recebiam R$ 1,43 por quilo. O presidente do Sindicarnes, José Zeferino Pedrozo, que também preside a Coopercentral Aurora, informou que a elevação do preço se deve ao ajuste da produção após o descarte de matrizes suínas em função da crise de superoferta. Crise que foi agravada por cinco meses de embargo russo às exportações catarinenses.
Para Pedrozo, a tendência até o fim do ano será de elevação do preço. Ariosvaldo Mânfio, secretário-executivo da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (AACS), concorda. Segundo ele, além da oferta menor de animais, as agroindústrias também estão demandando mais suínos para fazer estoques para as festas de fim de ano. Apesar da alta, segundo Mânfio, o custo de produção do suíno ainda supera o novo preço. Para uma produtividade de 18 terminados/fêmea/ano, o custo varia de R$ 1,60 a R$ 1,65 no Estado.
No Rio Grande do Sul, os suinocultores recebiam R$ 1,48 pelo quilo do suíno vivo até ontem (28-09), de acordo com Rogério Kerber, do Sindicato da Indústria de Produtos Suínos do RS.