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Receita com venda de café cresce 18%


As exportações brasileiras de café somaram 1,87 milhão de sacas de 60 quilos no mês de agosto, proporcionando receita de US$ 111,436 milhões. Se comparado ao desempenho de igual período do ano passado o resultado é 19% menor em receita e 35% inferior em volume, segundo boletim divulgado pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Já as vendas externas entre janeiro e agosto somaram 16,153 milhões de sacas, com queda, de 1,5%, em relação ao acumulado nos oito primeiros meses do ano passado.

Já a receita das exportações brasileiras cresceu 18,2%, para US$ 920,58 milhões entre janeiro e agosto de 2003. O destino do café produzido no Brasil não sofreu alteração, prevalecendo os Estados Unidos e a Alemanha como principais compradores. "A redução do tamanho da safra e a lentidão no fluxo de escoamento, em virtude da formação de estoques por parte dos cafeicultores, contribuiu para a retração das vendas externas verificadas no mês de agosto", avalia Guilherme Braga Abreu Pires Filho, diretor geral do Cecafé.

Tendência de queda

Segundo ele, estes fatores levam a menor relação de competitividade do Brasil frente aos outros países exportadores. A maior queda se deu na exportação de café robusta, volume 59% inferior ao embarcado em agosto de 2002, puxada pela alta dos preços. As vendas brasileiras durante nos primeiros sete meses do ano, garantem ao Brasil 26,8% do mercado mundial de café, em comparação com os 27,5% apurados em igual período do ano passado. "Nos últimos dois meses houve queda de 1,6 milhões de sacas", afirma Braga.

Com isso, a tendência é de que as vendas no segundo semestre se situem patamares 29% inferiores aos obtidos no segundo semestre de 2002, entre 12 e 12,5 milhões de sacas, em comparação com as 17 milhões de sacas entre julho e dezembro de 2002. As projeções para o ano civil são de 24 milhões de sacas, 14% a menos que as 28 milhões de sacas do ano passado. A receita, entretanto, deve ser 4% maior, saltando dos US$ 1.357 bilhão de 2002, para US$ 1.411 bilhão este ano. "Vamos acompanhar o desempenho nos próximos meses para verificar o comportamento dos preços", diz.

A tendência, segundo ele, é de que os preços continuem reagindo de maneira positiva, com possibilidade de alta entre 18% e 24%. Ainda que a perspectiva seja de retração sobre as vendas do segundo semestre do ano passado, o aquecimento da demanda por parte dos Estados Unidos e da Europa, que começam em setembro as compras para a formação de estoques para o inverno, deve contribuir para elevar as vendas mensais a partir deste mês. "Nossa expectativa é de que as vendas em setembro e outubro sejam em maior volume, intensificando o escoamento da safra brasileira", diz. Até o dia 04 de setembro, os embarques somaram 298,178 mil sacas de café verde, volume 48,3% maior que as 200,952 mil sacas de agosto.

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