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Dois anos sem focos de febre aftosa


Ministério da Agricultura quer ampliar exportações de carne bovina para a China a partir de 2004. O Brasil pretende ampliar as exportações de carne bovina para a China a partir do próximo ano. Para isso, o governo brasileiro apresentou ontem ao vice-ministro da Administração Geral da Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena da China, Wang Qinping, dados que comprovam que o País está há dois anos sem focos de febre aftosa. Além disso, declarou que oito estados e o Distrito Federal estão livres da doença New Castle. Com isso, a estimativa do governo é também a ampliação de mercados para o Canadá, Estados Unidos e países asiáticos.

O País encontra-se no quarto estágio de avaliação para a abertura do mercado chinês para a carne bovina "in natura", ou seja, falta apenas responder ao questionário sobre resíduos. Após isso, uma missão chinesa virá ao Brasil inspecionar os frigoríficos habilitados. Atualmente, o Brasil tem uma cota de exportação de 10 mil toneladas por ano para a China.

Livre da doença

Segundo o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento, José Amauri Dimarzio, o último caso de aftosa no País ocorreu em agosto de 2001, no Maranhão – apenas diagnóstico clínico. Com isso, 50% do território nacional (14 estados e o Distrito Federal) e 84% do rebanho estão livres da doença, com vacinação. A meta do governo federal é erradicar a enfermidade daqui a dois anos, em 2005.

Norte e Nordeste

Para isso, está terminando o inquérito soroepidemiológico no Acre e Centro-Sul do Pará, com vistas a declarar internacionalmente estas regiões livres de aftosa no ano que vem. É objetivo para 2004 também erradicar a doença nos circuitos Norte e Nordeste.

De acordo com dados do diretor do Departamento de Defesa Animal, João Mauad Cavallero, apenas quando os países do Cone Sul tiverem erradicado a doença é que o Brasil pleiteará o título de livre da doença sem vacinação. Nos próximos dias 28 e 29, representantes do governos destes países estarão reunidos em Buenos Aires para traçar um plano conjunto de extinção da enfermidade.

Fora da fronteira

A estimativa do Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa) é da erradicação da doença na América do Sul até 2009. Para Cavallero, somente quando o Brasil assumir a vacinação fora da fronteira da Bolívia e do Paraguai é que vai conseguir erradicar a doença na região.

Ontem, José Amauri Dimarzio anunciou ainda a declaração de oito estados (do Sul, Centro-Oeste, Minas Gerais, São Paulo) e o Distrito Federal de livres de New Castle, pois não há registro da doença há seis anos nestas regiões.

João Mauad Cavallero disse ainda que a próxima fase será a ampliação do sistema de vigilância no Nordeste para as aves migratórias. Segundo informações do secretário-executivo do Ministério da Agricultura, a erradicação das duas enfermidades servirá para o País ampliar as exportações de carne bovina e de frango. A meta do governo federal é, até 2010, comercializar com o exterior R$ 1,9 bilhão em frangos e quase 2 milhões de toneladas de carne bovina (em equivalente carcaça).

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