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Foco de febre aftosa no Paraguai está a apenas 450 Km de Campo Grande (MS)


Em 50 dias, o Brasil vai ajudar o Paraguai no trabalho de investigação epidemiológica sobre um foco de febre aftosa registrado no último sábado, no Departamento de Boqueron, a 750 quilômetros de Assunção. O Brasil vai fornecer kits para diagnósticos de 5 mil amostras virais. A preocupação brasileira é porque Boqueron, em linha reta, está a 450 quilômetros de Mato Grosso do Sul. “Para a aftosa esta distância não representa nada”, afirma Jamil Gomes de Souza, diretor substituto do Departamento de Defesa Animal, da Secretaria de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura.

Além disso, técnicos brasileiros vão atuar na investigação da possibilidade de proliferação da doença naquele país. Para isso, é necessário que o Paraguai levante a atual situação de emergência a partir do abate, desinfecção e decretação do vazio sanitário na região.

De acordo com Dario Baungarten, ministro da Agricultura do Paraguai, seu país adotou todas as medidas de acordo com a regras sanitárias internacionais. O foco foi detectado numa comunidade indígena, onde havia 95 cabeças de gado bovino, 60 de ovinos e 160 de caprinos. As autoridades sanitárias recolheram 17 amostras sorológicas e constataram resultado positivo da doença em 15. No total, depois de uma rápida investigação o resultado foi de uma “taxa de ataque” de 35%, considerada altíssima. Foram isolados dois tipos de vírus, A e O.

Para Jamil Gomes de Souza, a atitude paraguaia de comunicar o fato imediatamente ao Brasil é importante por dois motivos: “Eles fizeram um atendimento rápido e, mesmo numa região isolada, detectaram os dois tipos de vírus. Além disso, a busca do apoio internacional marca nova época na transparência sobre a febre aftosa no continente”.

O Brasil é o principal mercado das carnes paraguaias e importa entre 65 e 70% do produto, o que rendeu US$ 10 milhões a economia daquele país, nos últimos dois meses, com a compra de 3,5 e 4 mil toneladas do produto. Também protege o próprio rebanho. O Brasil tem doado doses de vacina contra a aftosa. Hoje o Paraguai encerrou a imunização da maior parte do seu gado e, durante a campanha, utilizou um milhão de doses do imunizante doado pelo governo brasileiro.

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