Quallis
Geral | ||
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Nome Técnico:
2,4-D; Picloram
Registro MAPA:
26818
Empresa Registrante:
Ouro Fino |
Composição | ||
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Ingrediente Ativo | Concentração | |
2,4-D | 402 g/L | |
Equivalente ácido de 2,4-D | 240 g/L | |
Picloram | 103,6 g/L | |
Equivalente Ácido de Picloram | 64 g/L |
Classificação | ||
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Técnica de Aplicação:
Terrestre/Aérea
Classe Agronômica:
Herbicida
Toxicológica:
5 - Produto Improvável de Causar Dano Agudo
Ambiental:
III - Produto perigoso
Inflamabilidade:
Não inflamável
Corrosividade:
Não corrosivo
Formulação:
Concentrado Solúvel (SL)
Modo de Ação:
Seletivo, Sistêmico |
Indicações de Uso
Cana-de-açúcar | Calda Terrestre | Dosagem | |
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Ipomoea purpurea (Corda de viola) | veja aqui | veja aqui | |
Merremia cissoides (Corda de viola ) | veja aqui | veja aqui | |
Ricinus communis (Mamona) | veja aqui | veja aqui |
Tipo: Bag in box.
Material: Fibra celulósica com bolsa plástica interna.
Capacidade: 0,5 - 20 L.
Tipo: Balde.
Material: Metálico/Plástico.
Capacidade: 5 - 50 L.
Tipo: Bombona.
Material: Metálico/Plástico.
Capacidade: 5 - 50 L.
Tipo: Caixa.
Material: Fibra celulósica com bolsa plástica interna.
Capacidade: 0,1 - 20 L.
Tipo: Contentor intermediário(IBC).
Material: Plástico.
Capacidade: 500 - 1.000 L.
Tipo: Frasco.
Material: Metálico/Plástico.
Capacidade: 0,1 - 25,0 L.
Tipo: Tambor.
Material: Metálico/Plástico.
Capacidade: 20 - 200 L.
INSTRUÇÕES DE USO
O produto é um herbicida seletivo, de ação sistêmica. O produto é formulado a base dos ingredientes ativos 2,4-D e Picloram que são mimetizadores de auxina.
Provocam distúrbios no metabolismo dos ácidos nucleicos, aumento de atividade enzimática e destruição de floema devido ao alongamento, turgescência e rompimento das células.
As raízes perdem sua capacidade de absorver água e nutrientes provocando o esgotamento de reservas de energia das plantas infestantes e finalmente sua morte.
É recomendado em pós-emergência para o controle de plantas infestantes dicotiledôneas de porte arbóreo, arbustivo e subarbustivo em pastagem.
MODO APLICAÇÃO
As aplicações deverão ser realizadas de acordo com as recomendações desta bula. As aplicações deverão ser com calda suficiente para melhor cobertura da planta. O produto pode ser aplicado com pulverizadores tratorizados e via aérea.
Aplicação terrestre em área total
Aplicar com equipamento de pulverização tratorizado com barra, pulverizando a calda sobre a folhagem das plantas infestantes de maneira uniforme em toda a área.
Pode ser aplicado via terrestre, através de pulverizadores tratorizados com barra.
A ponta de aplicação indicada é a TTI (Turbo TeeJet Induction®) 110025 ou com outra vazão que garanta que a velocidade de trabalho forneça o volume de calda recomendado.
A pressão deve estar entre 3,0 e 4,0 bar ou 45 a 60 psi. Pode ser utilizada uma ponta similar.
Espaçamento entre bicos deve ser de 50 cm e altura da barra de 50 cm ao nível do alvo.
DMV (Diâmetro Mediano Volumétrico): 450 a 650.
Tanto na aplicação foliar dirigida quanto para aplicação em área total, deve-se pulverizar somente quando a umidade relativa do ar estiver acima de 50%, a temperatura do ar abaixo de 30°C e a velocidade do vento até 6km/h.
Os melhores controles são obtidos quando há umidade no solo e quando as plantas infestantes a serem controladas apresentarem pleno vigor vegetativo.
Aplicação foliar aérea em área total
Pastagem
Esse tratamento deve ser feito por avião quando as áreas forem muito extensas e as pastagens infestadas densamente por plantas infestantes de pequeno, médio e grande porte. Pulverizar o produto de maneira uniforme e garantir um bom molhamento de toda a planta.
Tipo do equipamento
Aéreo com barras, com bicos, com angulação de 45° para trás com referência à corda asa.
Tipos de bicos
Cônicos com orifícios de D8 a D12 sem core Pressão: 20 psi na barra.
Volume de aplicação
30 – 50 L/ha.
Tamanho e densidade de gotas na deposição sobre a vegetação
200 – 400 µm com 6-18 gotas/cm² variando com o tamanho da gota.
Altura do voo
Para áreas sem obstáculos: “paliteiros” (remanescente da derrubada, árvores secas, etc.) cerca de 15 m sobre a vegetação a controlar.
Para áreas com obstáculos “paliteiros”, impedindo o voo uniforme a baixa altura, cerca de 40 m sobre a vegetação a controlar.
Largura da faixa de deposição
Para aviões: 18 a 20 m dependendo da altura do voo. No caso de 40 m de altura do voo, a faixa total poderá atingir 20 m, porém considera-se 18 m de faixa útil.
Para helicópteros: seguir as recomendações anteriores, porém as com larguras de faixa de 15 a 18 m.
Agitação do produto
Na preparação da calda é realizada com moto bomba e no avião através de retorno.
Condições Climáticas
Vento de 0 a 6 km/h
Umidade relativa: > 50%
Temperatura: < 30°C
Para a obtenção de uma boa aplicação aérea, sempre observar os limites meteorológicos acima especificados, além de:
- Efetuar levantamento das espécies sensíveis ao produto nas áreas adjacentes;
- Nunca realizar aplicação aérea a menos de 2 Km de plantas ou culturas sensíveis;
- Evitar a aplicação quando o vento estiver soprando em direção a alguma cultura sensível;
- Interromper a aplicação quando houver alterações das condições climáticas especificadas. O Eng. Agrônomo Responsável pode alterar as condições de aplicação.
Obedecer às normas técnicas previstas na Instrução Normativa n° 2/2008 e Decreto n° 86.765/1981 do Ministério da Agricultura, quando a pulverização utilizar aeronaves agrícolas.
É PROIBIDA A APLICAÇÃO COM EQUIPAMENTO MANUAL OU COSTAL.
Recomendação para evitar a deriva
Não permita que a deriva proveniente da aplicação atinja culturas vizinhas, áreas habitadas, leitos de rios e outra fontes de água, criações e áreas de preservação ambiental. Siga as restrições existentes na legislação pertinente. A potencial deriva é determinado pela interação de muitos fatores relativos a equipamento de pulverização e ao clima. O aplicador deve considerar todos estes fatores quando da decisão de aplicar.
Importância do diâmetro de gota
A melhor estratégia de gerenciamento de deriva é aplicar o maior diâmetro de gotas possível para dar boa cobertura de controle (0,15 a 0,2 mm). A presença nas proximidades de culturas para as quais o produto não esteja registrado, condições climáticas, estádio de desenvolvimento da cultura, etc, devem ser considerados como fatores que podem afetar o gerenciamento de deriva e cobertura da planta. Aplicando gotas de diâmetro maior reduz-se o potencial de deriva, mas não a previne se aplicações forem feitas de maneira imprópria ou em condições desfavoráveis. Leia as instruções sobre condições de vento, temperatura e inversão térmica.
Controlando o diâmetro de gotas
Técnicas gerais
Volume
Use bicos de maior vazão para aplicar o maior volume de calda possível, considerando necessidades práticas, bicos com vazão maior produzem gotas maiores. Pressão: use a menor pressão indicada para o bico. Pressões maiores reduzem o diâmetro de gotas e não melhora a penetração através das folhas da cultura. Quando maiores volumes forem necessários, use bicos de vazão maior ao invés de aumentar a pressão.
Tipo de bico
Use o modelo de bico apropriado para o tipo de aplicação desejada. Para a maioria dos bicos, ângulos de aplicação maiores produzem gotas maiores. Considere o uso de bicos de baixa deriva.
Altura da barra
Para equipamento de solo, regule a altura da barra para menor possível, de forma a obter uma nivelada com a cultura, observando-se também a adequada sobreposição dos jatos.
Ventos
O potencial de deriva aumenta com a velocidade do vento, inferior a 5 km/h (devido ao potencial de inversão) ou maior que 10 km/h. No entanto, muitos fatores, incluindo o diâmetro das gotas e o tipo de equipamento, determinam o potencial de deriva a uma dada velocidade do vento, inferior a 5 km/h (devido ao potencial de equipamento, determinam o potencial de deriva a uma dada velocidade do vento). Não aplicar se houver vento forte, acima de 10 km/h, ou em condições de vento inferiores a 5 km/h.
Observações
Condições locais podem influenciar o padrão do vento. Todo aplicador deve estar familiarizado com os padrões de ventos locais e como eles afetam a deriva.
Temperatura e umidade
Em condições de clima quente e seco, regule o equipamento de aplicação para produzir gotas maiores a fim de reduzir o efeito da evaporação.
Inversão térmica
O potencial de deriva é alto diante uma inversão térmica. Inversões térmicas diminuem o movimento vertical do ar, formando uma nuvem de pequenas gotas suspensas que permanece perto do solo e com movimento lateral.
Inversões térmicas são caracterizadas pela elevação da temperatura com relação à altitude e são comuns em noites com poucas nuvens e pouco ou nenhum vento. Elas começam a ser formadas ao pôr-do-sol e frequentemente continuam até a manhã seguinte. Sua presença pode ser indicada pela neblina no nível do solo. No entanto, se não houver neblina, as inversões térmicas podem ser identificadas pelo movimento da fumaça originária de uma fonte no solo. A formação de uma nuvem de fumaça em camadas e com movimento lateral indica a presença de uma inversão térmica, enquanto que, se a fumaça for rapidamente dispersada e com movimento ascendente, há indicação de um bom movimento vertical do ar.
Lavagem do equipamento de aplicação
Antes da aplicação, verifique e inicie somente com o equipamento limpo e bem conservado. Imediatamente após a aplicação, proceda a completa limpeza de todo o equipamento.
1. Com o equipamento de aplicação vazio, enxague completamente o pulverizador e faça circular água limpa pelas mangueiras, barras, bicos e difusores, removendo fisicamente, se necessário, os depósitos visíveis de produto. O material resultante dessa operação deverá ser pulverizado na área tratada com o respectivo produto;
2. Complete o pulverizador com água limpa. Circule essa solução pelas mangueiras, barras, filtros e bicos. Desligue a barra e encha o tanque com água limpa. Circule pelo sistema de pulverização por 15 minutos. Circule então pelas mangueiras, barras, filtros, bicos e difusores. Esvazie o tanque na área tratada com o respectivo produto;
3. Complete o pulverizador com água limpa e adicione amônia caseira (3% de amônia) na proporção de 1% (1 litro por 100 litros). Circule esta solução pelas mangueiras, barras, filtros e bicos. Desligue a barra e encha o tanque com água limpa. Circule pelo sistema de pulverização por 15 minutos. Circule então pelas mangueiras, barras, filtros, bicos e difusores. Esvazie o tanque evitando que este líquido atinja corpos d’água, nascentes ou plantas úteis;
4. Remova e limpe os bicos, filtros e difusores com um balde com a solução de limpeza;
5. Repita o passo 3;
6. Enxágue completamente o pulverizador, mangueiras, barra, bicos e difusores com água limpa no mínimo 2 vezes;
7. Limpe tudo o que for associado ao pulverizador, inclusive o material usado para o enchimento do tanque. Toma todas as medidas de segurança necessárias durante a limpeza. Não limpe o equipamento perto de nascentes, fontes de água ou de plantas úteis. Descarte os resíduos da limpeza de acordo com a legislação Estadual ou Municipal.
Modo de preparo de calda
Abasteça o reservatório do pulverizador até ¼ de sua capacidade com água, mantendo o agitador ou retorno em funcionamento. Adicionar a quantidade correta de produto, previamente medido em recipiente graduado no reservatório do pulverizador, e então, completar o volume com água. A agitação deverá ser constante durante todo o processo de preparo e pulverização da calda. Prepare apenas a quantidade de calda necessária para completar o tanque de aplicação, pulverizando logo em seguida. Caso aconteça algum imprevisto que interrompa a agitação da calda, agitá-la vigorosamente antes de reiniciar a aplicação. Realizar o processo de tríplice lavagem da embalagem durante o preparo da calda.
CONDIÇÕES CLIMÁTICAS
- Temperatura do ar abaixo de 27 °C;
- Umidade relativa do ar acima de 55%;
- Velocidade do vento entre 5 e 10 km/h.
INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NAS CULTURAS E ÁREAS TRATADAS
Não entre na área em que o produto foi aplicado antes da secagem completa da calda (no mínimo 24 horas após a aplicação). Caso necessite entrar antes deste período, utilize os equipamentos de proteção individual (EPIs) recomendados para uso durante a aplicação.
Tempo de atividade: 2 horas
Medidas necessárias (1): Vestimenta simples
Intervalo de reentrada: 5 dias (2)
Tempo de atividade: 8 horas
Medidas necessárias (1): Vestimenta simples
Intervalo de reentrada: 23 dias (2)
(1) A entrada na cultura no período anterior ao intervalo de reentrada somente deve ser realizada com a utilização pelos trabalhadores de vestimenta simples de trabalho (calça e blusa de manga longa) e os equipamentos de proteção individual (EPI) vestimenta hidrorrepelente e luvas.
(2) Mantido em 24 horas para as situações de aplicações individuais nas plantas que se quer eliminar.
MEDIDAS DE MITIGAÇÃO DE RISCO PARA OS RESIDENTES E TRANSEUNTES DE ÁREAS PRÓXIMAS DAS CULTURAS COM APLICAÇÃO DO AGROTÓXICO 2,4-D
É exigida a manutenção de bordadura de, no mínimo, 10 metros livres de aplicação tratorizada de produtos formulados contendo 2,4-D, conforme resultados da avaliação de risco da exposição de residentes. A bordadura terá início no limite externo da plantação em direção ao seu interior e será obrigatória sempre que houver povoações, cidades, vilas, bairros, bem como moradias ou escolas isoladas, a menos de 500 metros do limite externo da plantação.
LIMITAÇÕES DE USO
- Uso exclusivamente agrícola
- Os usos do produto estão restritos aos indicados no rótulo e bula.
- São sensíveis aos produtos culturas como: hortaliças, banana, algodão, batata, tomate, café, eucalipto, soja, flores e outras espécies sensíveis a herbicidas hormonais. Caso o produto tenha sido aplicado em área total, o plantio de espécies sensíveis citadas anteriormente deve ser feita somente após 2 a 3 anos da última aplicação. Evitar que o produto atinja diretamente ou por deriva as culturas sensíveis citadas anteriormente. Não aplicar outros produtos agrotóxicos em culturas sensíveis no mesmo pulverizador utilizado para aplicação do produto.
- Não utilizar esterco de curral para adubar culturas sensíveis proveniente de animais que alimentarem-se de pastagem tratada com o produto até 15 dias de aplicação.
- Para pastagens, manter um intervalo de 07 dias entre a última aplicação e o pastoreio.
AVISO AO USUÁRIO
Deve ser exclusivamente utilizado de acordo com as recomendações desta bula. A OURO FINO QUÍMICA S.A. não se responsabiliza por perdas ou danos resultantes do uso deste produto de modo não recomendado especificamente pela bula. Consulte sempre um Engenheiro Agrônomo. O usuário assume todos os riscos associados ao uso não recomendado.
INFORMAÇÕES SOBRE OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL A SEREM UTILIZADOS
Os EPI’s visam proteger a saúde dos trabalhadores e reduzir o risco de intoxicação decorrente de exposição aos agrotóxicos. Para cada atividade envolvendo o uso de agrotóxicos é recomendado o uso de EPI’s específicos descritos nas orientações para preparação da calda, durante a aplicação, após a aplicação, no descarte de embalagens e no atendimento aos primeiros socorros.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pela Saúde Humana – ANVISA/MS.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pelo Meio Ambiente – IBAMA/MMA.
Incluir outros métodos de controle de plantas infestantes (ex. controle manual, como roçadas, capinas, etc.) dentro do programa de Manejo Integrado de Plantas Infestantes, quando disponível.
O uso sucessivo de herbicidas do mesmo mecanismo de ação para o controle do mesmo alvo pode contribuir para o aumento da população da planta daninha alvo resistente a esse mecanismo de ação, levando a perda de eficiência do produto e um consequente prejuízo. Como prática de manejo de resistência de plantas daninhas e para evitar os problemas com a resistência, seguem algumas recomendações:
- Rotação de herbicidas com mecanismos de ação distintos do Grupo O para o controle do mesmo alvo, quando apropriado;
- Adotar outras práticas de controle de plantas daninhas seguindo as boas práticas agrícolas;
- Utilizar as recomendações de dose e modo de aplicação de acordo com a bula do produto;
- Sempre consultar um engenheiro agrônomo para o direcionamento das principais estratégias regionais para o manejo de resistência e a orientação técnica da aplicação de herbicidas;
- Informações sobre possíveis casos de resistência em plantas daninhas devem ser consultados e, ou, informados à: Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas (SBCPD: www.sbcpd.org), Associação Brasileira de Ação à Resistência de Plantas Daninhas aos Herbicidas (HRAC-BR: www.hrac-br.org), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA: www.agricultura.gov.br).
GRUPO O HERBICIDA
O produto herbicida é composto por 2,4-D e Picloram, que apresentam mecanismo de ação dos mimetizadores das auxinas, pertencentes ao Grupo O, segundo classificação internacional do HRAC (Comitê de Ação à Resistência de Herbicidas), respectivamente.