Pri-Mordial
Geral | ||
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Nome Técnico:
2,4-D; Picloran
Registro MAPA:
11509
Empresa Registrante:
Nortox |
Composição | ||
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Ingrediente Ativo | Concentração | |
2,4-D | 402 g/L | |
Equivalente ácido de 2,4-D | 240 g/L | |
Picloram | 103,5 g/L | |
Equivalente Ácido de Picloram | 64 g/L |
Classificação | ||
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Técnica de Aplicação:
Terrestre/Aérea
Classe Agronômica:
Herbicida
Toxicológica:
5 - Produto Improvável de Causar Dano Agudo
Ambiental:
II - Produto muito perigoso
Inflamabilidade:
Não inflamável
Corrosividade:
Não corrosivo
Formulação:
Concentrado Solúvel (SL)
Modo de Ação:
Seletivo, Sistêmico, Pós-emergência |
Indicações de Uso
Garrafa de Plástico de 1 Litro
Bombona de Plástico 5, 10,20 Litros
Tambor metálico 110, 125, 200, 500 e 1000L
INSTRUÇÕES DE USO DO PRODUTO
PRI-MORDIAL é um herbicida sistêmico e seletivo recomendado para controle de plantas daninhas que infestam a cultura de arroz. É indicado também para o controle de plantas daninhas dicotiledôneas de porte arbóreo, arbustivo e sub-arbustivo em pastagem.
MODO DE AÇÃO DO PRODUTO EM RELAÇÃO AO ALVO BIOLÓGICO
PRI-MORDIAL é um produto formulado à base dos ingredientes ativos 2,4-D e Picloram que pertencem as auxinas sintéticas (mimetizadores de auxina), do grupo do ácido fenoxiácetico e do ácido piridinocarboxílico. Estes ingredientes ativos apresentam rápida absorção foliar e possuem translocação apossimplástica, movendo-se livremente pelo xilema e floema. Após a aplicação ocorre o acúmulo de cálcio no citoplasma, estimula a produção de etileno e acidificação da parede celular da planta. O etileno promove a formação de celulase na parede celular e o baixo pH junto com a ação das celulases reduzem a estabilidade da parede celular, e devido ao turgor de água da célula, ocorre elongação celular. Quando se aplicam herbicidas mimetizadores de auxina o metabolismo fica desregulado e ocorre o crescimento desordenado dos tecidos devido as diferenças de suscetibilidade entre as células. Isso causa o fenômeno conhecido como “epinastia”, com encarquilhamento e a paralisação do crescimento das folhas terminais, a elongação atinge o meristema secundário, ocorrendo o rompimento dos tecidos de condução, interrompendo o fluxo de assimilados das folhas para as raízes. Sem fonte de energia há morte das raízes, desidratação e necrose dos tecidos. A morte da planta ocorre pela ausência de fontes de energia e desidratação.
MODO DE APLICAÇÃO E INFORMAÇÕES SOBRE OS EQUIPAMENTOS DE APLICAÇÃO
PRI-MORDIAL pode ser aplicado através de pulverizadores costais, tratorizados de barra ou aeronaves registradas pelo MAPA.
PREPARO DE CALDA
Para preparar melhor a calda, coloque a dose indicada de PRI-MORDIAL no pulverizador com água até ¾ de sua capacidade e em seguida complete o volume agitando constantemente, mantendo o agitador ou retorno em funcionamento. A agitação deve ser constante durante a preparação da calda e aplicação do produto. Acionar e manter o agitador em funcionamento e adicionar o produto, completando por fim o volume do tanque com água. Aplique de imediato sobre os alvos biológicos.
INFORMAÇÕES SOBRE O USO DE ADJUVANTE
Adjuvante a base de óleo vegetal.
Função: espalhante adesivo; aumenta a fixação do produto na folha; diminui a perda do produto por evaporação ou lavagem da chuva; reduz o potencial de risco de deriva e melhora a absorção do herbicida nos tecidos foliares pela planta.
Concentração do adjuvante na calda: 0,3% v/v do volume de calda indicado.
APLICAÇÃO TERRESTRE
Culturas indicadas: Arroz e Pastagem.
Para a aplicação do produto utilize uma tecnologia de aplicação que ofereça boa cobertura dos alvos. O equipamento de pulverização deverá ser adequado para cada tipo de cultura, forma de cultivo e a topografia do terreno. A pressão de trabalho deverá ser selecionada em função do volume de calda e da classe de gotas.
Utilizar a menor altura possível da barra para cobertura uniforme, reduzindo a exposição das gotas à evaporação e aos ventos, e consequentemente a deriva.
Os melhores resultados de controle são obtidos quando há umidade no solo e quando as plantas daninhas a serem controladas apresentam pleno vigor vegetativo.
No caso de pastagens tratadas, deve-se permitir que o capim se recupere, antes do pasto ser liberado ao gado. Desta forma, a contar do início da aplicação o pasto deve ser impedido da entrada do gado pelo tempo necessário até sua recuperação. Este é um cuidado que tem como razão maior, evitar o consumo de plantas tóxicas pelos animais, que possivelmente existe no pasto e em função do tratamento tornam-se mais atrativas aos animais.
Utilizar as maiores doses em plantas daninhas adultas que tenham sofrido várias roçadas ou quando as plantas daninhas já tenham finalizado seu processo de desenvolvimento vegetativo.
Deve-se realizar inspeções nos equipamentos de aplicação para calibrar e manter (bicos, barra, medidores de pressão) em perfeito estado visando uma aplicação correta e segura para total eficiência do produto sobre o alvo biológico.
O equipamento de aplicação deverá apresentar uma cobertura uniforme na parte tratada. Se utilizar outro tipo de equipamento, procurar obter uma cobertura uniforme na parte aérea da cultura. Consulte sempre um Engenheiro Agrônomo
APLICAÇÃO AÉREA
Cultura indicada: Pastagem.
Utilizar aeronave agrícola registrada pelo MAPA e homologada para operações aeroagrícolas pela ANAC.
A altura de voo não deve ultrapassar 4,0 m, para evitar problemas com deriva, a altura ideal é de 2 a 3 m acima do alvo, desde que garanta a segurança do voo. Utilizar menor número de bicos com maior vazão proporcionando cobertura uniforme e orientar de maneira que o jato esteja dirigido para trás, no sentido paralelo a corrente de ar.
A faixa de disposição deve ser de 18 a 20 m.
Na pulverização utilize técnicas que proporcionem maior cobertura.
Sempre verificar o risco de atingir culturas econômicas sensíveis a herbicidas por deriva.
Consulte um Engenheiro Agrônomo.
CONDIÇÕES CLIMÁTICAS PARA APLICAÇÃO TERRESTRE E AÉREA
As condições climáticas mais favoráveis para pulverização utilizando equipamentos adequados são:
- Umidade relativa do ar: mínimo 55%; máximo 95%;
- Velocidade do vento: mínimo - 2 km/hora; máximo – 6 km/hora;
- Temperatura: entre 20 a 30ºC ideal;
Caso haja a presença de orvalho na cultura de pastagem, não há restrições nas aplicações com aviões, porém deve-se evitar aplicações com máquinas terrestres.
RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA APLICAÇÃO DO PRODUTO
- Evitar aplicações em proximidade de culturas sensíveis. São sensíveis ao produto todas as culturas dicotiledôneas, hortaliças, bananeiras, quando a pulverização atinge diretamente a folhagem. A utilização fora das especificações pode causar sérios danos em culturas sensíveis. Dessa forma, não aplique quando houver possibilidade de atingir estas culturas.
- Evitar as condições de inversão térmica.
- Deve-se evitar aplicação com excesso de velocidade, excesso de pressão, excesso de altura das barras ou aeronave.
- Ajustar o tamanho de gotas às condições ambientais, alterando o ângulo relativo dos bicos hidráulicos ou o ângulo das pás do “micronair”.
- O volume de aplicação e tamanho de gota maior são indicados quando as condições ambientais estão próximas dos limites recomendados. Já para lavouras com densa massa foliar, recomendam-se gotas menores e volumes maiores.
- O potencial de deriva é determinado pela interação de muitos fatores relativos ao equipamento de pulverização (independente do equipamento utilizado, o tamanho das gotas é um dos fatores mais importantes para evitar a deriva) e ao clima (velocidade do vento, umidade e temperatura), para tanto o tamanho de gotas a ser utilizado deve ser o maior possível, sem prejudicar a boa cobertura da cultura e eficiência.
- Não execute aplicação aérea de agrotóxicos em áreas situadas a uma distância inferior a 500 (quinhentos) metros de povoação e de mananciais de captação de água para abastecimento público e de 250 (duzentos e cinquenta) metros de mananciais de água, moradias isoladas, agrupamentos de animais e vegetação suscetível a danos.
- Observe as disposições constantes na legislação estadual e municipal concernentes às atividades aeroagrícolas.
- Adição de Adjuvante: O acréscimo de adjuvante pode aumentar a eficácia do herbicida contra determinadas plantas daninhas, mas também diminuir a seletividade das culturas. Quando o herbicida é usado na pós-emergência das culturas indicadas, não deve ser adicionado adjuvante na calda.
LIMPEZA DE TANQUE
- Caso utilizar o mesmo equipamento em culturas sensíveis, proceda lavagem com solução a 3% de amoníaco ou soda cáustica, deixando-a no tanque por 24 horas. Substituí-la depois, por solução de carvão ativado a 3 g/L de água e deixar em repouso por 1 a 2 dias, lavando em seguida com água e detergente. Descartar a água remanescente da lavagem por pulverização nas bordaduras da lavoura, em local onde não atinja culturas sensíveis ao 2,4 D.
- Recomenda-se fazer um teste de fitotoxicidade em culturas sensíveis ao 2,4 D, tais como: pepino, tomate ou algodão antes de usar o equipamento para aplicações posteriores.
- Logo após o uso, limpar completamente o equipamento de aplicação (tanque, barra, pontas e filtros) realizando a tríplice lavagem antes de utilizá-lo na aplicação de outros produtos/ culturas.
Recomenda-se a limpeza de todo o sistema de pulverização após cada dia de trabalho, observando as recomendações abaixo: Antes da primeira lavagem, assegurar-se de esgotar ao máximo a calda presente no tanque. Lavar com água limpa, circulando a água por todo o sistema e deixando esgotar pela barra através das pontas utilizadas. A quantidade de água deve ser a mínima necessária para permitir o correto funcionamento da bomba, agitadores e retornos/aspersores internos do tanque.
- Para pulverizadores terrestres, a água de enxague deve ser descartada na própria área aplicada.
- Para aeronaves, efetuar a limpeza e descarte em local adequado. Encher novamente o tanque com água limpa e agregar uma solução para limpeza de tanque na quantidade indicada pelo fabricante.
- Manter o sistema de agitação acionado por no mínimo 15 minutos. Proceder o esgotamento do conteúdo do tanque pela barra pulverizadora à pressão de trabalho. Retirar as pontas, filtros, capas e filtros de linha quando existentes e colocá-los em recipiente com água limpa e solução para limpeza de tanque. Realizar a terceira lavagem com água limpa e deixando esgotar pela barra.
INTERVALO DE SEGURANÇA
Arroz: 90 dias;
Pastagem: Intervalo de segurança não determinado.
INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NAS CULTURAS E ÁREAS TRATADAS
Não entre na área em que o produto foi aplicado antes da secagem completa da calda (no mínimo de 24 horas após a aplicação). Caso necessite entrar antes do período utilizar vestimenta de trabalho como, calça e blusa de manga longa e os equipamentos de proteção (EPIs) recomendados para o uso durante a aplicação.
INTERVALOS DE REENTRADA ESPECÍFICOS PARA CADA CULTURA E DURAÇÃO DE ATIVIDADES DE REENTRADA
Medidas necessárias: vestimenta simples
• Arroz:
Intervalo de reentrada (dias): -
Tempo de atividade (horas): 2
Intervalo de reentrada (dias): 14
Tempo de atividade (horas): 8
Intervalo de reentrada (dias): 18
Tempo de atividade (horas): 8
• Pastagem:
Intervalo de reentrada (dias): 5
Tempo de atividade (horas): 2
Intervalo de reentrada (dias): 23
Tempo de atividade (horas): 8
LIMITAÇÕES DE USO
• Os usos do produto estão restritos aos indicados no rótulo e bula.
• Utilizar bordadura de, no mínimo, 10 metros livres de aplicação costal e tratorizada de produto à base do ingrediente ativo 2,4-D. A bordadura deverá iniciar no limite externo da plantação em direção ao seu interior, sendo obrigatória sempre que houver povoações, cidades, vilas, bairros, bem como moradias ou escolas isoladas, a menos de 500 metros do limite externo da plantação.
• Na operação tratorizada, o mesmo operador não deve realizar as atividades de mistura, abastecimento e aplicação do produto no campo.
• Quando este produto for utilizado nas doses recomendadas, não causará danos às culturas indicadas.
• Para pastagem: manter um intervalo de 07 dias entre a última aplicação e o pastoreio.
• Culturas sensíveis ao herbicida: algodão, tomate, batata, feijão, soja, café, eucalipto, hortaliças, flores e outras espécies úteis sensíveis a herbicidas hormonais. Caso o herbicida PRI-MORDIAL tenha sido aplicado em área total, o plantio de espécies sensíveis citadas anteriormente deve ser feito somente após 2 a 3 anos da última aplicação. Evitar que o produto atinja diretamente ou por deriva as culturas sensíveis citadas anteriormente.
• Não utilizar para aplicação de outros agrotóxicos em culturas sensíveis o mesmo pulverizador utilizado para aplicador o herbicida PRI-MORDIAL.
• Não utilizar esterco de curral para adubar culturas sensíveis proveniente de animais que alimentaram-se de pastagem tratada com herbicida PRI-MORDIAL até 15 dias da aplicação.
• Não utilizar aplicação aérea para a cultura do arroz.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pela Saúde Humana – ANVISA/MS.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pelo Meio Ambiente – IBAMA/MMA.
O uso continuado de herbicidas com o mesmo mecanismo de ação pode contribuir para o aumento de população de plantas infestantes a ele resistentes. Como prática de manejo de resistência de plantas infestantes deverão ser aplicados, alternadamente, herbicidas com diferentes mecanismos de ação, devidamente registrados para a cultura. Não havendo produtos alternativos, recomenda-se a rotação de culturas que possibilite o uso de herbicidas com diferentes mecanismos de ação. Para maiores esclarecimentos, consulte um Engenheiro Agrônomo.
PRI-MORDIAL é um herbicida composto por 2,4-D e Picloram, pertencente as auxinas sintéticas (mimetizadores de auxina) que apresentam rápida absorção foliar e possuem translocação apossimplástica, movendo-se livremente pelo xilema e floema. Quando aplicado desregulam o metabolismo provocando o crescimento desordenado dos tecidos ocasionando a morte da planta pela ausência de fontes de energia e desidratação.
Classificados no Grupo O segundo classificação internacional do HRAC (Associação Brasileira de Ação à Resistência de Plantas Daninhas a Herbicidas), o uso sucessivo de herbicidas do mesmo mecanismo de ação para o controle do mesmo alvo pode contribuir para o aumento da população da planta daninha alvo resistente a esse mecanismo de ação, levando a perda de eficiência do produto e um consequente prejuízo.
Como prática de manejo de resistência de plantas daninhas e para evitar os problemas com a resistência, seguem algumas recomendações:
Rotação de herbicidas com mecanismos de ação distinto do Grupo O para o controle do mesmo alvo, quando apropriado.
Adotar outras práticas de controle de plantas daninhas seguindo as boas práticas agrícolas.
Utilizar as recomendações de dose e modo de aplicação de acordo com a bula do produto.
Sempre consultar um engenheiro agrônomo para o direcionamento das principais estratégias regionais para o manejo de resistência e a orientação técnica da aplicação de herbicidas.
Informações sobre possíveis casos de resistência em plantas daninhas devem ser consultados e, ou, informados à: Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas (SBCPD: www.sbcpd.org), Associação Brasileira de Ação à Resistência de Plantas Daninhas aos Herbicidas (HRAC-BR: www.hrac-br.org), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA: www.agricultura.gov.br).
2,4-D Técnico Nortox nº 03208;
2,4-D Ácido Seco Técnico nº 1638803;
2,4-D Técnico TW- BRA nº 8612;
Picloram Ácido Técnico nº 308898;
Picloram Técnico Nortox nº 4808.