Mattor
Geral | ||
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Nome Técnico:
Fluroxipir-metílico; Picloram
Registro MAPA:
22319
Empresa Registrante:
Tecnomyl |
Composição | ||
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Ingrediente Ativo | Concentração | |
Fluroxipir-metílico | 115,2 g/L | |
Equivalente ácido de Fluroxipir | 80 g/L | |
Picloram | 143,4 g/L | |
Equivalente Ácido de Picloram | 80 g/L |
Classificação | ||
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Técnica de Aplicação:
Terrestre/Aérea
Classe Agronômica:
Herbicida
Toxicológica:
5 - Produto Improvável de Causar Dano Agudo
Ambiental:
II - Produto muito perigoso
Inflamabilidade:
Não inflamável
Corrosividade:
Não corrosivo
Formulação:
Microemulsão (ME)
Modo de Ação:
Sistêmico, Seletivo |
Indicações de Uso
Tipo: Balde
Material: Plástico/Metálico
Capacidade: 50 L
Tipo: Bombona
Material: Plástico
Capacidade: 50 L
Tipo: Frasco
Material: Plástico/Metálico
Capacidade: 5 L
INSTRUÇÕES DE USO
O MATTOR é um herbicida seletivo e sistêmico, recomendado para o controle de plantas infestantes de folhas largas, de porte herbáceo, semi-arbustivo e arbustivo, em áreas de pastagens de gramíneas forrageiras dos gêneros Brachiaria e Panicum.
CULTURA: PASTAGEM
NÚMERO, ÉPOCA E INTERVALO DE APLICAÇÃO
Aplicar o produto em época quente, com boa pluviosidade, quando as plantas infestantes estiverem em intenso processo de desenvolvimento vegetativo. Utilizar a maior dose em plantas infestantes adultas que tenham sofrido várias roçadas anteriores ou quando as plantas já tenham terminado o processo vegetativo (final do período chuvoso).
MATTOR PARA REFORMA DE PASTAGEM - para obter melhores resultados, aplicar o produto antes do florescimento das plantas infestantes e após a pastagem já estar totalmente germinada e iniciado seu perfilhamento. Isto ocorre geralmente entre os 35 a 45 dias após o plantio do capim. Nesta fase as plantas infestantes encontram-se menos resistentes.
MATTOR PARA MANUTENÇÃO (LIMPEZA) DE PASTAGEM - aplicar quando as plantas infestantes estiverem em intenso processo de desenvolvimento vegetativo, bem enfolhadas e antes do florescimento. Para plantas adultas, de grande porte ou em florescimento, fazer a roçagem e aplicar o produto quando estiverem novamente bem enfolhadas. Utilizar as maiores doses para plantas adultas ou espécies lenhosas.
MODO DE APLICAÇÃO
APLICAÇÃO TERRESTRE
Aplicação terrestre dirigida sobre as plantas infestantes
- Aplicar o produto com pulverizador costal manual ou de tração animal (burrojet) diretamente sobre a folhagem das plantas infestantes até atingir seu ponto de escorrimento. Utilizar bicos tipo leque 80.03 ou 80.04.
Aplicação terrestre em Área Total - Utilizar equipamento de pulverização tratorizada, como os pulverizadores de turbina de fluxo de ar (Jatão) ou pulverizador de barra, aplicando a calda sobre a folhagem das plantas infestantes de maneira uniforme em toda a área. Recomenda-se pulverização com temperatura máxima de 32ºC e umidade relativa do ar mínima de 60%.
1. Pulverizadores com turbina de fluxo de ar: (Jatão):
• faixa de aplicação - 10 a 14 m
• volume de calda - 200 a 250 L/ha
2. Pulverizadores de barra:
• utilizar bicos tipo leque 110.04 ou 110.06
• pressão de trabalho – 20 a 45 lb/pol²
• volume de calda – 200 a 400 L/ha
APLICAÇÃO AÉREA
Bicos – Utilizar bicos de jato cônico cheio da série D, com uma deposição mínima de 30 gotas/cm² e um DMV de 600 a 800 µm sobre o alvo desejado. Número de bicos na barra – Para aviões IPANEMA, qualquer modelo, utilizar de 32 a 36 bicos, fechando de 9 a 7 respectivamente em cada extremidade das asas e três intermediários de cada lado próximos à fuselagem, mantendo em operação os oito bicos sob a fuselagem (barriga), e posicionados no mesmo ângulo dos bicos das asas. Para outros modelos de aeronaves, utilizar a disposição que permita a maior uniformidade de distribuição das gotas sobre a faixa de separação e evitar a influência e perda das gotas pelo vórtice das pontas de asas, fechando apropriadamente os bicos próximos a estas.
Altura de voo – Para qualquer modelo de aeronave agrícola (aviões e helicópteros), utilizar o nível de voo no mínimo a 10 m em relação ao topo da cultura ou das árvores ou plantas remanescentes. Não ultrapassar a altura de 25 a 30 m em relação ao solo. A altura de voo não deverá ser superior ao estabelecido, pois implicará em maior deriva e grande perda das gotas, com péssima distribuição e uniformidade de deposição sobre o alvo desejado e ocasionando dispersão de gotas e do produto para fora da faixa de deposição efetiva.
Volume de aplicação – 50 L/ha
OBS: Não efetuar aplicações com bicos rotativos tipo MICRONAIR.
Pressão de trabalho – Deverá ser mantida dentro da faixa de 15 a 30 psi (100 a 200 kPa), qualquer que seja o tipo de aeronave utilizada.
Faixa de deposição – para aviões IPANEMA ou similares, utilizar a faixa máxima de 20 m. Para aviões grandes a faixa de deposição não deverá exceder de 25 m.
Ângulo da barra – Em condições de umidade relativa acima de 70%, utilizar o ângulo da barra de pulverização a 135º, aumentando o mesmo até o máximo de 180º de acordo com o decréscimo da umidade relativa do ar, para se gerar gotas mais grossas e pesadas reduzindo as perdas por evaporação e derivas muito longas.
CONDIÇÕES CLIMÁTICAS
• Temperatura ambiente – abaixo de 32ºC
• Umidade relativa do ar – acima de 60%
• Velocidade do vento – de 2 a 10 km/h
Evitar aplicações com velocidades de vento inferiores a 2 km/h porque ocorrerá o fenômeno de inversões térmicas, causando maior permanência das gotas no ar, contaminado o avião, bandeirinhas e o meio ambiente e prejudicando consideravelmente a deposição das gotas.
Aplicações efetuadas nas horas mais quentes do dia também deverão ser evitadas, pois causarão perdas das gotas devido a ação das correntes térmicas ascendentes. O fator climático mais importante a considerar deverá ser sempre a umidade relativa do ar, a qual determinará uma maior ou menor deriva das gotas pelo vento.
Adicionar adjuvante à calda de pulverização na proporção de 0,3% v/v. O adjuvante reduz a evaporação das gotas e acelera a absorção do produto pelas plantas infestantes.
GERENCIAMENTO DE DERIVA
O potencial de deriva é determinado pela interação de muitos fatores relativos ao equipamento de pulverização e o clima. O aplicador deve considerar todos estes fatores quando da decisão de aplicar.
Diâmetro da gota:
A melhor estratégia de gerenciamento de deriva é aplicar o maior diâmetro de gotas possíveis para dar uma boa cobertura e controle. A presença de culturas sensíveis nas proximidades, condições climáticas e infestação podem afetar o gerenciamento da deriva e a cobertura das plantas. Aplicando gotas de diâmetro maior reduz-se o potencial de deriva, mas não a previne se as aplicações forem feitas de maneira imprópria ou sob condições ambientais desfavoráveis. Leia as instruções sobre condições de vento, temperatura, umidade relativa do ar e inversão térmica.
Controlando o diâmetro de gotas:
1. Volume - Use bicos de vazão maior para aplicar o volume de calda mais alto possível, considerando suas necessidades práticas. Bicos com uma vazão maior produzem gotas maiores.
2. Pressão - Use a menor pressão indicada para o bico. Pressões maiores reduzem o diâmetro de gotas e não melhoram a penetração na cultura. Quanto maiores volumes forem necessários, use bicos de vazão maior ao invés de aumentar a pressão.
3. Tipo de bico - Use o tipo de bico apropriado para o tipo de aplicação desejada. Na maioria dos bicos, ângulos de aplicação maiores produzem gotas maiores. Considere o uso de bicos de baixa deriva.
Controlando o diâmetro de gotas em aplicação aérea:
1. Número de bicos - Use o menor número de bicos com maior vazão possível que proporcione uma cobertura uniforme.
2. Orientação dos bicos - Direcionando os bicos de maneira que o jato esteja dirigido para trás, paralelo a corrente de ar produzirá gotas maiores que outras orientações.
3. Tipo de bico - Bicos de jato cheio, orientados para trás produzem gotas maiores que outros tipos de bico.
4. Comprimento da barra - O comprimento da barra não deve exceder ¾ da asa ou do comprimento do motor. Barras maiores aumentam o potencial de deriva.
5. Altura da barra - Regule a altura da barra para a menor possível para cobertura uniforme, reduzindo a exposição das gotas à evaporação e aos ventos.
6. Ventos - O potencial de deriva aumenta com a velocidade do vento, inferior a 2 km/h (devido ao potencial de inversão) ou maior que 10 km/h. No entanto, muitos fatores, incluindo diâmetro de gotas e tipo de equipamento, determinam o potencial de deriva a uma dada velocidade do vento. Não aplicar se houver rajadas de vento ou em condições sem vento.
OBS: As condições locais podem influenciar o padrão do vento. Todo aplicador deve estar familiarizado com os padrões de ventos locais e como eles afetam a deriva.
Temperatura e Umidade:
Aplicando em condições de clima quente e seco, regule o equipamento para produzir gotas maiores e reduzir o efeito da evaporação.
Inversão Térmica:
O potencial de deriva é alto durante uma inversão térmica. Inversões térmicas diminuem o movimento vertical do ar, formando uma nuvem de pequenas gotas suspensas que permanecem perto do solo e com movimento lateral. Inversões térmicas são caracterizadas pela elevação de temperatura com relação à altitude e são comuns em noites com poucas nuvens e pouco ou nenhum vento. Elas começam a ser formada ao pôr-do-sol e frequentemente continuam até a manhã seguinte. Sua presença pode ser indicada pela neblina no nível do solo, no entanto, se não houver neblina, as inversões podem ser identificadas pelo movimento da fumaça originária de uma fonte no solo. Formação de uma nuvem de fumaça em camadas e com movimento lateral indicam a presença de uma inversão térmica, enquanto que se a fumaça for rapidamente dispersada com movimento ascendente, há indicação de um bom movimento vertical do ar.
LAVAGEM DO EQUIPAMENTO DE APLICAÇÃO
Antes da aplicação verifique e inicie a pulverização somente com o equipamento limpo e bem conservado. Imediatamente após a aplicação, fazer uma completa limpeza de todo o equipamento para reduzir o risco da formação de depósitos sólidos que possam se tornar difíceis de serem removidos. O adiamento mesmo por poucas horas torna a limpeza mais difícil.
1. Com o equipamento de aplicação vazio, enxágüe completamente o pulverizador e faça circular água limpa pelas mangueiras, barras, bicos e difusores.
2. Limpe tudo que for associado ao pulverizador, inclusive o material usado para o enchimento do tanque. Tome todas as medidas de segurança necessárias durante a limpeza. Não limpe o equipamento perto de nascentes, fontes de água ou de plantas úteis. Descarte os resíduos da limpeza de acordo com a legislação Estadual ou Municipal.
INTERVALO DE SEGURANÇA
PASTAGEM: Não determinado
INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NAS CULTURAS E ÁREAS TRATADAS
Não entre na área em que o produto foi aplicado antes da secagem completa da calda (no mínimo 24 horas após a aplicação). Caso necessite entrar antes desse período, utilize os equipamentos de proteção individual (EPI's) recomendados para o uso durante a aplicação.
LIMITAÇÕES DE USO
MATTOR utilizado nas doses recomendadas não causa danos às pastagens. Em caso de aplicação em área total, o plantio de espécies susceptíveis (algodão, tomate, batata, feijão, soja, café, eucalipto, hortaliças, flores e outras espécies úteis sensíveis aos herbicidas hormonais) só deverá ser feito com 2 a 3 anos após a última aplicação do produto.
No caso de pastagens tratadas em área total, deve-se permitir que o capim se recupere antes do pasto ser aberto ao gado. Essa medida evita que os animais comam plantas tóxicas que possivelmente existam na pastagem e se tornam mais atrativas após a aplicação do produto.
Evitar que o produto atinja diretamente ou por deriva, as espécies úteis susceptíveis ao herbicida.
Equipamento utilizado para aplicação de MATTOR não deve ser usado na aplicação em culturas sensíveis.
Não utilizar esterco de curral de animais que tenham pastado em área tratada com o produto, imediatamente após o tratamento em área total, para adubar plantas ou culturas úteis sensíveis ao produto.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pela Saúde Humana – ANVISA/MS.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pelo Meio Ambiente – IBAMA/MMA.
Não aplicável, trata-se de um HERBICIDA.
O uso sucessivo de herbicidas do mesmo mecanismo de ação para o controle do mesmo alvo pode contribuir para o aumento da população da planta daninha alvo resistente a esse mecanismo de ação, levando a perda de eficiência do produto e um consequente prejuízo.
Como prática de manejo de resistência de plantas daninhas e para evitar os problemas com a resistência, seguem algumas recomendações:
• Rotação de herbicidas com mecanismos de ação distintos do Grupo O para o controle do mesmo alvo, quando apropriado.
• Adotar outras práticas de controle de plantas daninhas seguindo as boas práticas agrícolas.
• Utilizar as recomendações de dose e modo de aplicação de acordo com a bula do produto.
• Sempre consultar um engenheiro agrônomo para o direcionamento das principais estratégias regionais para o manejo de resistência e a orientação técnica da aplicação de herbicidas.
• Informações sobre possíveis casos de resistência em plantas daninhas devem ser consultados e, ou, informados à: Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas (SBCPD: www.sbcpd.org), Associação Brasileira de Ação à Resistência de Plantas Daninhas aos Herbicidas (HRAC-BR: www.hrac-br.org), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA: www.agricultura.gov.br).
GRUPO O HERBICIDA
O produto herbicida MATTOR é composto por fluroxipir e picloram, que apresenta mecanismo de ação das auxinas sintéticas, pertencente ao Grupo O, segundo classificação internacional do HRAC (Comitê de Ação à Resistência de Herbicidas).