Leme 960 EC
Geral | ||
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Nome Técnico:
S-Metolacloro
Registro MAPA:
29723
Empresa Registrante:
CropChem |
Composição | ||
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Ingrediente Ativo | Concentração | |
S-Metolacloro | 960 g/L |
Classificação | ||
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Técnica de Aplicação:
Terrestre/Aérea
Classe Agronômica:
Herbicida
Toxicológica:
4 - Produto Pouco Tóxico
Ambiental:
II - Produto muito perigoso
Inflamabilidade:
Não inflamável
Corrosividade:
Não corrosivo
Formulação:
Concentrado Emulsionável (EC)
Modo de Ação:
Seletivo, Pré-emergência |
Indicações de Uso
Tipo: Bombona
Material: Plástico
Capacidade: 60 L;
Tipo: Contentor intermediário (IBC)
Material: Metálico / Plástico
Capacidade: 1.200 L;
Tipo: Frasco
Material: Plástico
Capacidade: 2 L;
Tipo: Tambor
Material: Metálico / Plástico / Fibra Celulósica com saco plástico interno
Capacidade: 220 L.
INSTRUÇÕES DE USO DO PRODUTO:
LEME 960 EC um herbicida seletivo, indicado para o controle pré-emergente de plantas infestantes nas culturas de algodão, cana-de-açúcar, canola, feijão, girassol, milho, soja. Nas culturas da soja e milho nos sistemas de plantio direto ou convencional.
Modo de ação:
LEME 960 EC caracteriza-se pela ação graminicida acentuada, notadamente sobre as espécies anuais, com forte ação sobre a Trapoeraba e algumas espécies de folhas largas.
O ingrediente ativo S-METOLACLORO é absorvido através do coleóptilo das gramíneas e hipocótilo das folhas largas, e atua na gema terminal inibindo o crescimento das plantas.
O sintoma do efeito herbicida sobre as plantas sensíveis caracteriza-se pelo intumescimento dos tecidos, e pelo enrolamento do caulículo nas monocotiledôneas e nas folhas largas observa-se a clorose, necrose e a morte. A maioria das plantas, porém, morre antes de emergir a superfície do solo.
Área de Utilização / Objetivos dos Tratamentos:
LEME 960 EC poderá ser recomendado para aplicação no controle pré-emergente das plantas infestantes nas seguintes situações:
• Nas infestações exclusivas de gramíneas sensíveis.
• Nas infestações predominantes de gramíneas e ou trapoeraba com presença de folhas largas sensíveis ao produto.
• No cerrado (região centro oeste) nas infestações de capim braquiária, capim carrapicho, trapoeraba associados com folhas largas sensíveis, onde a atividade do produto é favorecida pelas condições climáticas e tipos de solo.
• Em aplicação sequencial, exclusivamente na cultura do algodão.
NÚMERO, ÉPOCA E INTERVALO DE APLICAÇÃO:
LEME 960 EC deve ser aplicado logo após o plantio na pré-emergência das culturas indicadas e das plantas infestantes.
Cultura de algodão canola, feijão e girassol: Deve ser aplicado logo após o plantio ou no máximo 1 dia depois, sobretudo se a semeadura foi efetuada nas condições ideais de umidade do solo de forma a assegurar garantias totais de pré emergência das culturas por ocasião da aplicação do produto.
Obs.: na cultura de algodão poderá ser aplicado também após 4 a 5 semanas do plantio com a cultura desenvolvida e porte aproximado de 40 a 50 cm, em jato dirigido, como tratamento complementar, após o último cultivo mecânico das entrelinhas e as plantas infestantes na pré emergência.
Cultura do algodão – Aplicação seqüencial: LEME 960 EC também pode ser aplicado em esquema de aplicação sequencial, exclusivamente na cultura do algodão, em área total, que consiste numa aplicação em pré-emergência da cultura, seguida por uma aplicação em pó- emergência inicial (cultura
com 1 a 2 folhas verdadeiras), com as plantas infestantes sempre em pré emergência.
Cultura da cana de açúcar: Aplicar na pré-emergência das plantas infestantes através de tratamento em área total, na cana planta logo após o plantio dos toletes, e na cana soca após o corte da cana.
O produto poderá ser aplicado sobre a cultura germinada desde que observada a condição de pré emergência das plantas infestantes no momento da aplicação.
Cultura do milho: Poderá ser aplicado até na fase de charuto estando, porém as plantas infestantes sempre na pré-emergência. Na cultura do milho o tratamento poderá ser feito também em faixas de aproximadamente 50 cm, ao longo do sulco de plantio, utilizando-se o pulverizador costal nas pequenas
propriedades ou com equipamento tratorizado nas áreas maiores, com o sistema 3 em 1, no qual numa única operação se aduba, planta e aplica o herbicida. Neste caso o controle das plantas infestantes nas entrelinhas da cultura devera ser feito com o cultivo mecânico ou com herbicidas pósemergentes em aplicação dirigida.
Cultura da soja: Poderá ser aplicado até o estádio de palito de fósforo (com cotilédones fechados).
Início da Aplicação:
Deve-se iniciar a aplicação do LEME 960 EC após o reabastecimento do “déficit hídrico”.
Não aplicar nos plantios precoces quando o solo estiver ainda na fase de “déficit hídrico”, pois o seu funcionamento poderá vir a ser comprometido.
Número de Aplicações:
Desde que aplicado nas condições adequadas, com a observância dos parâmetros recomendados, normalmente uma aplicação é suficiente para atender as necessidades das culturas.
Nas altas infestações de capim marmelada, capim carrapicho, capim braquiária e trapoeraba, cujas espécies germinam em diferentes camadas o tratamento pré emergente poderá eventualmente necessitar de complemento com um herbicida pós emergente.
Isto poderá ocorrer particularmente nas culturas de FEIJÃO e ALGODÃO em que se aplicam doses menores do produto para assegurar maior seletividade.
No caso específico do ALGODÃO, o uso de aplicação sequencial pode ser uma boa opção para se obter maior período de controle das plantas infestantes.
MODO DE APLICAÇÃO:
LEME 960 EC deve ser aplicado na forma de pulverização, nas respectivas culturas recomendadas, através de tratamento em área total, com a utilização de pulverizadores costais, manual ou pressurizado, e pulverizadores tratorizados adaptados de barras.
Nas áreas extensivas, LEME 960 EC poderá ser aplicado também via aérea, com a utilização de aviões agrícolas ou helicópteros. Neste caso os parâmetros normais para este tipo de aplicação devem ser observados.
Preparo da calda:
Os produtos nas quantidades pré-determinadas poderão ser despejados diretamente no tanque do pulverizador parcialmente cheio (1/4 do volume cheio), e com o sistema de agitação em funcionamento.
Em seguida completar o volume d’água.
Pulverizadores terrestres – parâmetros de aplicação:
Bicos recomendados: Utilizar bicos leque tipo Teejet – 80.02, 80.03, 80.04, 110.02, 110.03, 110.04 ou similares.
Pressão da bomba: 30 a 60 libras por polegada quadrada.
Vazão: 150 a 300 litros de calda por hectare.
Observações: Nos pulverizadores costais os bicos mais recomendados são os de leque: 80.02, 80.03
ou 110.02, 110.03.
Nas regiões sujeitas a ventos acentuados as aplicações na pré-emergência poderão ser feitas com uso de bicos anti deriva do tipo FULLJET, como o FL5, FL6, FL8 à pressão de 20 a 25 libras por polegada quadrada.
Aplicação aérea – parâmetros para avião Ipanema:
Bicos: 80.10, 80.15, 80.20
Volume da calda: 40 a 50 litros/ha.
Altura do vôo: 3 a 4 metros.
Temperatura ambiente: até 27ºC.
Umidade relativa do ar: mínimo de 55%
Velocidade do vento: máxima de 10 km/h.
Faixa de aplicação: 15 metros.
Diâmetro das gotas: maiores que 400 micrômetros.
Fatores relacionados com a aplicação na pré-emergência:
Para assegurar o pleno funcionamento e eficiente controle das plantas infestantes é importante que sejam observados alguns pontos que ressaltamos a seguir:
A) Preparo do solo:
A.1.Sistema de plantio convencional:
1. Culturas de Soja, Milho, Feijão, Girassol, Canola, Algodão e Cana de açúcar (cana planta):
O solo deve estar bem-preparado com as operações usuais de aração, gradeação, nivelamento superficial, de modo a obter a camada de solo livre de torrões, cujas condições são as mais apropriadas para a semeadura e aplicação dos herbicidas.
Nas áreas com altas infestações de espécies que germinam nas camadas mais profundas como o capim marmelada, capim carrapicho, capim braquiária e trapoeraba a ultima gradeação que antecede o plantio deverá ser feita no máximo 3 dias antes da semeadura e da aplicação dos herbicidas.
2. Cana soca: As operações de preparo de solo para aplicação do herbicida consistem no enleiramento da palha, cultivo e adubação da soqueira, efetuados após o corte da cana.
A.2. Sistema de Plantio Direto:
Culturas de soja e milho: as operações de preparo de solo consistem no manejo e dessecação das plantas infestantes ou das culturas de inverno.
A condição fundamental é assegurar a total pré-emergência da área destinada ao cultivo no momento da semeadura e da aplicação.
A.3. Sistema de cultivo mínimo:
Sistema de cultivo recomendado nas altas infestações de gramíneas:
Após as operações normais de preparo do solo ou dessecação, aguardar a germinação plena do primeiro fluxo de plantas até que atinja o estádio de pós emergência inicial (4 folhas e no máximo inicio de perfilhamento). Em seguida efetuar o plantio e 24 horas após aplicar LEME 960 EC associado a um
dessecante sem efetuar mistura em tanque no momento da aplicação dos produtos.
Uma alternativa consiste em dessecar as invasoras germinadas antes, aguardar 3 a 4 dias para plantar e aplicar o herbicida.
B. Umidade do solo:
• Solo deve estar úmido durante a aplicação dos herbicidas.
• Não aplicar em solo seco.
A ação da umidade é fundamental para ativação do herbicida através da incorporação e distribuição do produto no perfil do solo, de modo a assegurar o pleno funcionamento, proporcionando uma melhor atividade sobre espécies com hábito de germinar nas diferentes profundidades no solo (0-12 cm).
C. Densidade de infestação das plantas infestantes:
Nas altas densidades de infestação de plantas infestantes, o pleno controle está sujeito a fatores como dose, condições climáticas, fechamento da cultura, dentre outros. Por vezes poderá necessitar de tratamento complementar.
D. Ocorrência de chuvas:
Chuvas normais após a aplicação ou a irrigação da área tratada com o LEME 960 EC, são benéficas por promover a incorporação do produto na camada superficial, favorecendo sua pronta ação.
Sobretudo no sistema de plantio direto proporciona o rápido carreamento dos produtos para o solo, favorecendo sua distribuição no perfil do solo.
A ocorrência de chuvas excessivas e contínuas após a aplicação, entretanto, poderá causar rápida lixiviação abaixo do banco de sementes acarretando redução no período de controle e reinfestação precoce da área tratada.
E. Ocorrência de veranico:
A ocorrência de veranico poderá influenciar na atividade dos herbicidas no solo acarretando:
1. Mau resultado no controle e reinfestação de espécies que germinam nas camadas mais profundas:
capim marmelada, trapoeraba.
2. Degradação acelerada do produto (fotodegradação): quando da exposição às condições de seca por mais de 2 a 3 semanas, e conseqüente redução da atividade biológica.
F. Ventos:
Não aplicar com ventos superiores a 10 km/hora devido aos problemas de forte deriva.
INTERVALOS DE SEGURANÇA:
Não determinado devido à modalidade de emprego INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NAS CULTURAS E ÁREAS TRATADAS:
Não entre na área em que o produto foi aplicado antes da secagem completa da calda (no mínimo 24 horas após a aplicação). Caso necessite de entrar antes desse período, utilize os equipamentos de proteção individual (EPIs) recomendados para o uso durante a aplicação.
LIMITAÇÕES DE USO:
Fitotoxicidade para as culturas indicadas:
Os efeitos de fitotoxicidade são pouco freqüentes e acontecem em situações que favoreçam sua ocorrência, tais como: chuvas fortes, plantios rasos, dentre outros.
Ressalta-se, porém, que os efeitos abaixo mencionados são temporários e as plantas retomam o seu crescimento normal sem causar prejuízos na produtividade final.
Sintomas dos efeitos de LEME 960 EC:
· Na cultura de milho estes sintomas se manifestam pelo enrolamento das plântulas, por vezes forte enrugamento e inibição no crescimento;
· Nas culturas de feijão e algodão estes sintomas se manifestam através de clorose, necrose das folhas cotiledonares, encarquilhamento das folhas e inibição temporária no crescimento.
· Na cultura da soja a fitotoxicidade somente ocorre em situações drásticas, altas doses aliadas a alta pluviosidade, e nestes casos manifesta-se pelo encarquilhamento das folhas e inibição temporária no crescimento.
· Na cultura da cana de açúcar a eventual fitotoxicidade se manifesta somente se aplicado sobre a cana germinada, e nestas circunstâncias através da necrose das pontas das folhas presentes durante a aplicação.
Outras restrições a serem observadas:
· Não aplicar LEME 960 EC em solos mal preparados, com torrões ou em solos secos.
· No sistema de plantio direto não aplicar nas áreas mal dessecadas ou nas áreas com reinfestações de plantas infestantes. Deve-se efetuar aplicação com operação de manejo.
· Na cultura de Feijão, não ultrapassar a dose do LEME 960 EC a 1,25 litros/ha.
· Na cultura de Feijão efetuar testes prévios de seletividade antes da aplicação sobre variedades não relacionadas na recomendação.
· LEME 960 EC não é recomendado nos campos de produção de sementes de milho, devido à maior sensibilidade deste material (híbrido simples, linhagens). Sua utilização será viável somente através de testes prévios.
· Nas altas densidades de infestação de algumas gramíneas que germinam em diferentes fluxos (capim marmelada, capim carrapicho, capim braquiária), os tratamentos pré emergentes com LEME 960 EC poderão vir a requerer um complemento com pós emergente, dependendo das condições climáticas
após aplicação.
LEME 960 EC é fortemente absorvido pelos colóides de matéria orgânica, portanto, nos solos com alto eor de matéria orgânica deve-se aplicar doses maiores. Nos solos turfosos não usar o produto.
TOLERÂNCIA DA CULTURA / SELETIVIDADE:
LEME 960 EC mostra-se bastante seletivo às culturas indicadas, nas respectivas doses e sistemas de cultivo recomendados.
Deve-se atentar, entretanto, para os aspectos relacionados coma profundidade de plantio das culturas.
Eventualmente falha na seletividade poderá ocorrer como conseqüência de plantios rasos (superficiais). Atentar também para as variedades indicadas e o tipo de solo, de forma a assegurar a seletividade do produto.
Nas culturas de algodão e feijão aplicar LEME 960 EC logo após a semeadura, ou no máximo 1 dia depois, com o que se obtém maior segurança na sua utilização. Ainda no caso da cultura de algodão, a aplicação pode ser feita em pré-emergência da cultura ou no esquema seqüencial.
A planta de milho é tolerante ao produto até a fase de charuto, e a soja até o estádio de palito de fósforo (com os cotilédones fechados).
A planta da cana de açúcar, todavia, apresenta boa tolerância mesmo após germinada em qualquer estádio de desenvolvimento.
LEME 960 EC não pode ser aplicado sobre plantas germinadas de feijão e algodão (exceto no caso da aplicação sequencial), devido à maior sensibilidade destas espécies, principalmente na fase inicial de emergência.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pela Saúde Humana – ANVISA/MS.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pelo Meio Ambiente – IBAMA/MMA.
Sempre que houver disponibilidade de informações sobre programas de Manejo Integrado, provenientes da pesquisa pública ou privada, recomenda-se que estes programas sejam implementados.
O uso continuado de herbicidas com o mesmo mecanismo de ação pode contribuir para o aumento de população de plantas infestantes a ele resistentes.
Como prática de manejo de resistência de plantas infestantes, deverão ser aplicados herbicidas com diferentes mecanismos de ação, devidamente registrados para a cultura. Não havendo produtos alternativos, recomenda-se a rotação de culturas que possibilite o uso de herbicidas com diferentes mecanismos de ação. Para maiores esclarecimentos, consulte um Engenheiro Agrônomo.
O uso sucessivo de herbicidas do mesmo mecanismo de ação para o controle do mesmo alvo pode contribuir para o aumento da população da planta daninha alvo resistente a esse mecanismo de ação, levando a perda de eficiência do produto e um consequente prejuízo.
Como prática de manejo de resistência de plantas daninhas e para evitar os problemas com a resistência, seguem algumas recomendações:
• Rotação de herbicidas com mecanismos de ação distintos do Grupo K3 para o controle do mesmo alvo, quando apropriado.
• Adotar outras práticas de controle de plantas daninhas seguindo as Boas Práticas Agrícolas.
• Utilizar as recomendações de dose e modo de aplicação de acordo com a bula do produto.
• Sempre consultar um Engenheiro Agrônomo para o direcionamento das principais estratégias regionais para o manejo de resistência e a orientação técnica da aplicação de herbicidas.
• Informações sobre possíveis casos de resistência em plantas daninhas devem ser consultados e/ou, informados à: Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas (SBCPD: www.sbcpd.org), Associação Brasileira de Ação à Resistência de Plantas Daninhas aos Herbicidas (HRAC-BR: www.hrac-br.org), Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA: www.agricultura.gov.br).
GRUPO K3 HERBICIDA
O produto herbicida LEME 960 EC é composto por s-metolacloro, que apresenta mecanismo de ação de inibição de divisão celular, (ou inibição de VLCFA - ácidos graxos de cadeia muito longa), pertencente ao Grupo K3, segundo classificação internacional do HRAC (Comitê de Ação à Resistência de Herbicidas).