Higon R
Geral | ||
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Nome Técnico:
Clorimuron-etílico
Registro MAPA:
5422
Empresa Registrante:
Helm |
Composição | ||
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Ingrediente Ativo | Concentração | |
Clorimurom-etílico | 250 g/L |
Classificação | ||
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Técnica de Aplicação:
Terrestre/Aérea
Classe Agronômica:
Herbicida
Toxicológica:
5 - Produto Improvável de Causar Dano Agudo
Ambiental:
III - Produto perigoso
Inflamabilidade:
Não inflamável
Corrosividade:
Não corrosivo
Formulação:
Granulado Dispersível (WG)
Modo de Ação:
Seletivo, Sistêmico |
Indicações de Uso
Tipo: Caixa
Material: Fibra celulósica com saco plástico interno
Capacidade: 1,2 kg;
Tipo: Frasco
Material: Plástico
Capacidade: 2 kg;
Tipo: Saco
Material: Hidrossolúvel
Capacidade: 10 kg;
Tipo: Saco
Material: Plástico/Plástico metalizado/Fibra celulósica
Capacidade: 25 kg.
INSTRUÇÕES DE USO
O produto é indicado em pós-emergência das plantas daninhas e respectivos estádios. O produto é absorvido por folhas e raízes, se translocando por toda a planta através do xilema e floema. Trata-se de um inibidor de ALS (acetolactato sintase), uma enzima responsável pela síntese dos aminoácidos essenciais valina, leucina e isoleucina. Os sintomas de injúria demoram alguns dias para aparecer e se manifestam por inibição gradual de crescimento, iniciando com amarelecimento e morte da gema apical e posteriormente de toda a planta. Em algumas plantas causa o encurtamento dos entrenós e em outras o espessamento na base do caule. Ocorre encurtamento das raízes secundárias e, posteriormente, colapso do sistema radicular. A paralisação de desenvolvimento e posterior morte das plantas daninhas sensíveis acontecem no período entre 7 e 21 dias após a aplicação. Como o produto tem absorção radicular, tem também um efeito residual via solo em algumas espécies de plantas infestantes que germinam após a aplicação.
MODO DE APLICAÇÃO
Preparo da calda
Aplicação terrestre
Abastecer o pulverizador com água limpa até ¾ de sua capacidade, mantendo o agitador ou retorno em funcionamento. Coloque a dose indicada em um recipiente com água a parte para se obter uma pré-diluição do produto. Após isso adicione a pré-diluição ao tanque e complete o volume restante com água, sempre sob agitação constante. Em seguida adicionar adjuvante (óleo emulsionável) na dose de 0,05% v/v (50 mL/100 litros de água), mantendo-se a contínua agitação.
Aplicação aérea
Na cultura da soja, fazer uma pré-mistura em recipiente com água, adicionando a quantidade recomendada e misturar até obter uma calda homogênea, adicionando nesta fase óleo mineral emulsionável na dose de 50 mL/100 litros de água. Colocar água no reservatório (Hopper) da aeronave até atingir ¾ do volume desejado (75%). Adicionar a pré-mistura e deixar o agitador ligado até formar uma calda homogênea, completando o volume em seguida. Este procedimento também é válido em casos onde a calda é preparada em reservatório separado.
Deve-se preparar apenas a quantidade necessária de calda para uma aplicação. A aplicação deve ser por pulverização sobre o alvo biológico, por cobertura total, imediatamente após a preparação da calda.
EQUIPAMENTOS
Na cultura da soja, o produto pode ser pulverizado com equipamentos para aplicação terrestre tratorizada ou costal e por aplicação aérea.
Para se obter uma distribuição uniforme recomenda- se volume de aplicação de 100 a 300 L/ha de calda, via tratorizada, ou 400 a 600 L/ha de calda, via manual costal. Utilizar bicos de jato em leque, com ângulo de 80° ou 100° e pressão de trabalho de 30 a 50 Lb/pol². Escolha os bicos e ajuste a pressão para gerar densidade de 20 a 40 gotas/cm² e diâmetro de gotas de 180 a 200 µm.
Em aplicação aérea, na cultura da soja, obedecer a vazões entre 20 a 40 L/ha de calda e velocidade do vento inferior a 10 km/h. Aplicar através de aeronaves agrícolas, dotadas de barra com bicos tipo cônicos (06 ou 08. core 44 a 46), ou com bicos rotativos (MICRONAIR - AU-5000-2), obedecendo à altura de vôo de 3-4 m (MICRONAIR) ou 2.3 m (bicos cônicos) e à largura da faixa de deposição efetiva de 13 m. Para maiores esclarecimentos consulte um Engenheiro Agrônomo.
Nas culturas de eucalipto e pinus, deve ser aplicado com pulverizador tratorizado, empregando volume de calda de 100 a 300 L/ha. Realizar aplicação com o jato dirigido somente nas entrelinhas do plantio, sendo os bicos montados com proteção de chapéu-de-napoleão, para evitar o contato do produto com a cultura.
INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NAS CULTURAS E ÁREAS TRATADAS
Não entre na área em que o produto foi aplicado antes da secagem completa da calda (no mínimo 24 horas após a aplicação). Caso necessite entrar antes deste período, utilize os Equipamentos de Proteção Individual (EPI).
OBSERVAÇÕES/LIMITAÇÕES DE USO
- Não há evidência de fitotoxicidade para a cultura da soja quando usada as doses recomendadas a partir do estagio de 3º trifólio. Pode causar leve clorose nas folhas apicais sem causar prejuízo a produtividade;
- Não aplicar quando houver orvalho nas folhas, ou quando elas estiverem molhadas pela chuva;
- Chuvas após 2 horas da aplicação não prejudicam o efeito do produto;
- Não aplicar em períodos de seca prolongada ou em condições de baixa umidade relativa do ar;
- Para rotação de cultura com a soja, observar o prazo de 60 dias após a aplicação para feijão, trigo, algodão e milho. Para outras culturas é recomendável realizar bio-ensaio antes do plantio em rotação;
- Utilizar a calda imediatamente após o preparo. Nunca utilizar calda preparada no dia anterior;
- Aplicar no máximo 80 g/ha por ciclo da cultura (do plantio à colheita);
- Não use restos da cultura tratada, para alimentação animal.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Lavagem do equipamento de aplicação
Antes da aplicação, verifique e inicie somente com o equipamento limpo e bem conservado. Imediatamente após a aplicação, proceda a uma completa limpeza de todo o equipamento para reduzir o risco da formação de depósitos sólidos que possam se tornar difíceis de serem removidos e que, em uso posterior do equipamento em culturas sensíveis, poderá causar sérios danos de fitotoxidade. O adiamento, mesmo por poucas horas, somente tornará a limpeza mais difícil.
1. Com o equipamento de aplicação vazio, enxágue completamente o pulverizador e faça circular água limpa pelas mangueiras, barras, bicos e difusores, removendo fisicamente, se necessário, os depósitos visíveis de produto. O material resultante desta operação deverá ser pulverizado na área tratada com o respectivo produto.
2. Complete o pulverizador com água limpa. Circule esta solução pelas mangueiras, barras, filtros e bicos. Desligue a barra e encha o tanque com água limpa. Circule pelo sistema de pulverização por 15 minutos. Circule então por mangueiras, barras. filtros, bicos e difusores. Esvazie o tanque na área tratada com o respectivo produto.
3. Complete o pulverizador com água limpa e adicione amônia caseira (3% de amônia) na proporção de 1 % (1 litro por 100 litros). Circule esta solução pelas mangueiras. barras, filtros e bicos. Desligue a barra e encha o tanque com água limpa. Circule pelo sistema de pulverização por 15 minutos. Circule então por mangueiras, barras, filtros, bicos e difusores. Esvazie o tanque evitando que este líquido atinja corpos d'água, nascentes ou plantas úteis.
4. Remova e limpe os bicos, filtros e difusores em um balde com a solução de limpeza.
5. Repita o passo 3.
6. Enxágue completamente o pulverizador, mangueiras, barra, bicos e difusores com água limpa no mínimo 2 vezes.
7. Limpe tudo que for associado ao pulverizador. inclusive o material usado para o enchimento do tanque. Tome todas as medidas de segurança necessárias durante a limpeza. Não limpe o equipamento perto de nascentes, fontes de água ou de plantas úteis. Descarte os resíduos da limpeza de acordo com a legislação Estadual ou Municipal.
Recomendações para evitar a deriva
Não permita que a deriva proveniente da aplicação atinja culturas vizinhas, áreas habitadas. leitos de rios e outras fontes de água, criações e áreas de preservação ambiental. Siga as restrições existentes na legislação pertinente. A melhor estratégia de gerenciamento de deriva é aplicar o maior diâmetro de gotas possível para dar uma boa cobertura e controle (>150 a 200 µm). A presença, nas proximidades de culturas para as quais o produto não esteja registrado, condições climáticas (ausência ou excesso de ventos), estágio de desenvolvimento da cultura vizinha, etc., devem ser considerados como fatores que podem afetar o gerenciamento da deriva. O potencial de deriva é determinado pela interação de muitos fatores referentes ao equipamento de pulverização e ao clima. O aplicador é responsável por considerar todos estes fatores quando da decisão de aplicar.
Importância do diâmetro de gota
A melhor estratégia de gerenciamento de deriva é aplicar o maior diâmetro de gotas, desde que esse diâmetro permita uma boa cobertura.
APLICANDO GOTAS DE DIÂMETROS MAIORES REDUZ O POTENCIAL DE DERIVA, MAS NÃO A PREVINE SE AS APLICAÇÕES FOREM FEITAS DE MANEIRA IMPRÓPRIA OU SOB CONDIÇÕES AMBIENTAIS DESFAVORÁVEIS.
Tipo de ponta de pulverização
Use o modelo de ponta apropriado para o tipo de aplicação desejada; considere o uso de pontas de baixa deriva. Em situações adversas, considere o uso de pontas de maior vazão para aplicar o maior volume de calda recomendado. Procure trabalhar na menor pressão recomendada para o modelo de ponta – pressões maiores resultam em diâmetro de gota menor, aumentando o potencial de deriva. Considere a substituição das pontas por modelos mais adequados ao invés de aumentar a pressão de trabalho. O equipamento de aplicação deve estar em perfeitas condições de funcionamento, isento de desgastes e vazamentos. Siga sempre as boas práticas para aplicação e a recomendação do fabricante.
Altura da barra
Regule a altura da barra para a menor altura possível recomendada pelo fabricante e que permita obter uma cobertura uniforme, reduzindo a exposição das gotas à evaporação e aos ventos. Para equipamento terrestre, a barra deve permanecer nivelada com o alvo, e com o mínimo de solavancos, observando-se também a adequada sobreposição dos jatos. Temperatura e umidade: Quando aplicado em condições de clima quente e seco, regule o equipamento para produzir gotas maiores para reduzir o efeito da evaporação.
Ventos
O potencial de deriva varia em função do vento. Muitos fatores, incluindo diâmetro de gotas e tipo de equipamento determina o potencial de deriva a uma dada velocidade do vento. Não aplicar se houver RAJADAS DE VENTOS. No caso de aplicação aérea, não aplicar em condições SEM VENTO. Observações: condições locais podem influenciar o padrão do vento. Todo aplicador deve estar familiarizado com os padrões de ventos locais e como eles afetam a deriva. Inversão térmica: O potencial de deriva é alto durante uma inversão térmica. Inversões térmicas diminuem o movimento vertical do ar, formando uma nuvem de pequenas gotas suspensas que permanecem perto do solo e com movimento lateral. Inversões térmicas são caracterizadas pela elevação de temperatura com relação à altitude e são comuns em noites com poucas nuvens e pouco ou nenhum vento. Elas começam a ser formadas ao pôr do sol e frequentemente continuam até a manhã seguinte. Sua presença pode ser indicada pela neblina ao nível do solo, podendo ser identificadas também pelo movimento da ‘fumaça’ originária de uma fonte no solo. A formação de uma nuvem de fumaça em camadas e com movimento lateral indicam a presença de uma inversão térmica; enquanto que, se a fumaça for rapidamente dispersada e com movimento ascendente, há indicação de um bom movimento vertical do ar.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pela Saúde Humana – ANVISA/MS.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pelo Meio Ambiente – IBAMA/MMA.
Recomenda-se, de maneira geral, o manejo integrado de plantas infestantes, envolvendo todos os princípios e medidas disponíveis e viáveis de controle, como o controle preventivo (uso de sementes isentas de propágulos, limpeza rigorosa de máquinas e implementos, limpeza de margem de estradas, de cercas e de canais de irrigação, isolamento de área e quarentena de animais trazidos de outras áreas), controle cultural (cultivares de ciclo mais curto, adubações equilibradas, manejo da água de irrigação, arranjo espacial do plantio), controle mecânico (realizado por meio de ferramentas e implementos), controle físico (fogo, solarização, alelopatia), controle biológico e controle químico, sempre alternando produtos de diferentes grupos químicos com mecanismo de ação distintos.
O uso sucessivo de herbicidas do mesmo mecanismo de ação para o controle do mesmo alvo pode contribuir para o aumento da população da planta daninha alvo resistente a esse mecanismo de ação, levando a perda de eficiência do produto e um consequente prejuízo. Como prática de manejo de resistência de plantas daninhas e para evitar os problemas com a resistência, seguem algumas recomendações:
- Rotação de herbicidas com mecanismos de ação distintos do Grupo B para o controle do mesmo alvo, quando apropriado;
- Adotar outras práticas de controle de plantas daninhas seguindo as boas práticas agrícolas;
- Utilizar as recomendações de dose e modo de aplicação de acordo com a bula do produto;
- Sempre consultar um engenheiro agrônomo para o direcionamento das principais estratégias regionais para o manejo de resistência e a orientação técnica da aplicação de herbicidas;
- Informações sobre possíveis casos de resistência em plantas daninhas devem ser consultados e, ou, informados à: Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas (SBCPD: www.sbcpd.org), Associação Brasileira de Ação à Resistência de Plantas Daninhas aos Herbicidas (HRAC-BR: www.hrac-br.org), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA: www.agricultura.gov.br).
GRUPO B HERBICIDA
O produto herbicida é composto por clorimuron-etílico, que apresenta mecanismo de ação dos Inibidores da ALS (Acetolactato sintase) (ou acetohidroxidoácido sintase AHAS), pertencente ao Grupo B, segundo classificação internacional do HRAC (Comitê de Ação à Resistência de Herbicidas).