Dicamax LV
Geral | ||
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Nome Técnico:
Dicamba
Registro MAPA:
33322
Empresa Registrante:
Monsanto |
Composição | ||
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Ingrediente Ativo | Concentração | |
Dicamba | 754 g/L | |
Equivalente ácido de dicamba | 600 g/L |
Classificação | ||
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Técnica de Aplicação:
Terrestre
Classe Agronômica:
Herbicida
Toxicológica:
3 - Produto Moderadamente Tóxico
Ambiental:
III - Produto perigoso
Inflamabilidade:
Não inflamável
Corrosividade:
Não corrosivo
Formulação:
Concentrado Solúvel (SL)
Modo de Ação:
Hormonal, Sistêmico, Pós-emergência |
Indicações de Uso
Tipo: Balde
Material: Plástico/Metálico
Capacidade: 30 L;
Tipo: Bag in box
Material: Fibra celulósica com saco plástico interno
Capacidade: 20 L;
Tipo: Bombona
Material: Plástico
Capacidade: 60 L;
Tipo: Frasco
Material: Plástico
Capacidade: 2 L;
Tipo: Sachê com tampa
Material: Plástico/Plástico metalizado
Capacidade: 0,1 L;
Tipo: Tambor
Material: Plástico/Metálico
Capacidade: 220 L.
INSTRUÇÕES DE USO
O produto é recomendado para aplicação em pós-emergência da cultura e das plantas daninhas em cultivo de Soja Geneticamente Modificada Tolerante ao Herbicida Dicamba, podendo ser utilizado em aplicações única ou sequencial. Na maioria dos casos uma única aplicação é suficiente para o controle das plantas daninhas, entretanto em áreas de alta infestação, e/ou com espécies com múltiplos fluxos de germinação das plantas daninhas pode ser necessário a realização de aplicação sequencial, com intervalo de aproximadamente 14 dias entre as aplicações, sendo a primeira (1ª) aplicação em torno de 14 dias após a emergência da cultura e a segunda (2ª) em torno de 28 dias após a emergência da cultura. O uso em desacordo com quaisquer das orientações contidas nesta bula pode ocasionar injúria em culturas não-alvo da aplicação do herbicida.
MODO DE AÇÃO
O produto é um herbicida hormonal, sistêmico, pós-emergente, derivado do grupo dos ácidos benzóicos e específico para controle de plantas daninhas de folhas largas. É absorvido pelas folhas e raízes, movimentando-se via floema e xilema, sendo transportado a todas as partes da planta de forma rápida, acumulando-se nas áreas de crescimento ativo (meristemas), inibindo seu desenvolvimento.
NÚMERO - ÉPOCA - INTERVALO DE APLICAÇÃO
As doses recomendadas dependem do estádio de desenvolvimento das plantas daninhas e do nível de infestação. Melhores resultados de controle são observados quando as aplicações são feitas sobre plantas daninhas nas fases iniciais de desenvolvimento (até 10,0 cm de altura) e fisiologicamente ativas. Recomenda-se adicionar à calda de pulverização produtos que visam a redução da volatilização e deriva. Antes de adquirir e utilizar esses produtos consultar um Engenheiro Agrônomo. As aplicações devem ser feitas quando as plantas daninhas se apresentarem em plena atividade de crescimento vegetativo e nas condições recomendadas, requerendo um período mínimo de quatro (4) horas, sem chuva, para ser completamente absorvido pelas plantas daninhas. Recomenda-se a aplicação em pós-emergência da cultura da soja geneticamente modificada tolerante ao herbicida Dicamba de forma única aproximadamente aos 14 dias após a emergência ou sequencial, com intervalo aproximado de 14 dias entre as aplicações. Para cada modalidade de uso, observar atentamente as recomendações para se obter os efeitos desejados. Assegurar uma boa cobertura das plantas daninhas com a calda da pulverização. As aplicações deverão ser feitas em condições climáticas adequadas. As aplicações onde o manejo é feito previamente com herbicidas a base de glifosato sal potássico tem mostrado excelente complementação para o controle de plantas daninhas.
MODO DE APLICAÇÃO
Aplicação Terrestre
Quando este produto for utilizado nas doses e modalidade de uso recomendadas, não causará danos à Cultura da Soja Geneticamente Modificada Tolerante ao Herbicida Dicamba. As recomendações a seguir relacionadas são importantes para uma correta aplicação e para se obter os efeitos desejados:
Equipamento de Aplicação
Utilizar equipamento de pulverização tratorizado provido de barras apropriadas. Ao aplicar o produto, siga sempre as recomendações da bula garantindo uma boa cobertura da pulverização sobre o alvo desejado, evitando a sobreposição das faixas de aplicação. Proceda a regulagem e manutenção preventiva e periódica do equipamento de aplicação para assegurar uma distribuição uniforme na dose correta sobre o alvo desejado.
Seleção de Pontas de Aplicação
A seleção correta da ponta de aplicação é um dos parâmetros mais importantes para redução da deriva. Pontas que produzem gotas de diâmetro mediano volumétrico (DMV) maior apresentam menor risco de deriva de produto para áreas não-alvo. Dentro deste critério, utilize pontas que forneçam gotas de categoria extremamente grossa a ultra grossa, conforme norma ASABE S572.1. Para gotas deste calibre utilize pontas com indução de ar, com indução de ar defletora ou com indução de ar e pré-orifício. Em caso de dúvida quanto a pressão de trabalho correta e o tamanho das gotas consulte a recomendação do fabricante da ponta (bico).
Redutor de Volatilização e Redutor de Deriva
Visando garantir uma aplicação adequada do produto, recomenda-se utilizar produtos que visem a redução da volatilização e deriva. Antes de adquirir e utilizar esses produtos consultar um Engenheiro Agrônomo.
Volume de Aplicação
Recomenda-se o volume de calda de 100 a 150 litros/ha.
Pressão de Trabalho
Observar sempre à recomendação do fabricante e trabalhar dentro da pressão recomendada da ponta, considerando o volume de aplicação e o tamanho de gota desejado. A pressão de trabalho deve estar de acordo com a classe de gota a ser gerada extremamente grossa a ultra grossa e a recomendação do fabricante. Caso o equipamento possua sistema de controle de pressão, assegure que a pressão de trabalho atenda a recomendação de uso.
Altura de Barras de Aplicação
A barra pulverizadora deverá estar posicionada a no máximo 50 cm de altura do alvo a ser atingido. Quanto menor a distância entre a altura da barra e o alvo a ser atingido (desde que não comprometa a qualidade da aplicação), menor a exposição das gotas e menor o impacto na aplicação pelas condições ambientais, como a evaporação e transporte pelo vento. Recomenda se o uso de controladores automáticos de altura da barra para manter a altura ideal da ponta em relação ao alvo a ser atingido.
Velocidade do Equipamento
Selecione uma velocidade adequada às condições do terreno e topografia, equipamento e cultura, não devendo ser superior 25 km/h observando o volume de aplicação e a pressão de trabalho desejada. A aplicação efetuada em velocidades mais baixas, geralmente resultam em uma melhor cobertura e deposição na área alvo. Preparação da Calda: Certifique-se de que o tanque do equipamento de pulverização esteja limpo (isento de resíduos) antes de iniciar a operação. Coloque água limpa no tanque do pulverizador até 3/4 de sua capacidade de tal forma que atinja a altura do agitador (ou retorno), adicione a quantidade recomendada de Dicamax® LV. Com o agitador ligado complete o volume do tanque com água e mantenha a calda sob constante agitação durante a pulverização. A aplicação deve ser realizada no mesmo dia da preparação da calda. Não adicione redutor de pH, ácido bórico ou produtos à base de sal de amônio ou isopropilamina. Não deixe a calda de agroquímicos preparada de um dia para outro dentro do tanque de pulverização ou no sistema (mangueiras, filtros, barras, etc.).
CONDIÇÕES METEREOLOGICAS QUE DEVEM SER OBSERVADAS, PARA APLICAÇÃO DO PRODUTO
Velocidade do vento
A faixa para pulverização entre 03 a 10 km/h dependendo da configuração do sistema de aplicação, reduz o efeito de deriva do produto. A topografia do terreno pode influenciar os padrões de vento. Um aplicador familiarizado com os padrões de ventos locais minimiza possíveis riscos da pulverização atingir áreas não alvo. Deixar uma faixa de bordadura adequada para aplicação quando há culturas sensíveis presentes na direção do vento (vide limitações de uso).
Inversão térmica
O potencial de deriva é alto durante uma inversão térmica. Inversões térmicas diminuem o movimento do ar, formando uma nuvem de pequenas gotas suspensas próxima ao solo. Sua presença pode ser identificada pela neblina no nível do solo. No entanto, se não houver neblina, as inversões térmicas podem ser identificadas pelo movimento da fumaça originária de uma fonte no solo. Não realizar aplicações noturnas. Realizar as aplicações a partir de uma hora após o nascer do sol até duas horas antes do pôr do sol.
Período de Chuvas
A ocorrência de chuvas dentro de um período de quatro (4) horas após aplicação pode afetar o desempenho do produto. Evite aplicar logo após a ocorrência de chuva ou em condições de orvalho.
Temperatura e Umidade
As condições meteorológicas recomendadas para aplicação são:
Temperatura inferior a 30ºC;
Umidade relativa do ar maior que 55%.
Evite aplicar em condições desfavoráveis. A baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas aumentam o risco da evaporação da calda de pulverização, reduzindo o tamanho das gotas e aumentando o potencial de deriva. Consulte um engenheiro agrônomo em caso de dúvidas.
Limpeza de Tanque e Sistema de Pulverização
Logo após a pulverização, esgote o tanque imediatamente e limpe completamente o equipamento de aplicação (tanque, barra, pontas e filtros) realizando a tríplice lavagem, conforme procedimento abaixo:
- Esgote ao máximo a calda presente no tanque;
- 1ª lavagem: para máquinas com tanque de polietileno e aço inox, colocar água limpa no tanque até no mínimo 50% de sua capacidade, enxaguando as paredes internas do tanque durante o enchimento. Para máquinas com tanque de fibra de vidro, colocar água limpa no tanque até 100% de sua capacidade, enxaguando as paredes internas do tanque durante o enchimento. Acione o sistema de agitação e recirculação para manter circulando a água em todo o sistema (tanque, barra, pontas e filtros) e mantenha ligado por, no mínimo, 20 minutos. Com o equipamento ainda ligado, esgote ao máximo o conteúdo do tanque pelas pontas de pulverização.
- 2ª lavagem: remova as capas, pontas de pulverização, finais de seção (quando houver) e telas/cestos de filtros, e coloque-as em recipiente contendo água limpa e solução comercial de limpeza de tanque. Coloque água limpa no tanque até no mínimo 50% de capacidade para tanques de polietileno e aço inox e 100% da capacidade para tanques de fibra de vidro, enxaguando as paredes internas do tanque durante o enchimento. Adicione solução comercial de limpeza de tanque, conforme recomendação do fabricante. Acione o sistema de agitação e recirculação para manter circulando a água em todo o sistema (tanque, barra, pontas e filtros) e mantenha ligado por, no mínimo, 20 minutos. Com o equipamento ainda ligado, esgote ao máximo o conteúdo do tanque pelas barras de pulverização. Reinstale as telas/cestos dos filtros, capas e pontas de pulverização, limpas na barra de pulverização.
- 3ª lavagem: coloque água limpa no tanque até no mínimo 50% de capacidade para tanques de polietileno e aço inox e 100% da capacidade para tanques de fibra de vidro, enxaguando as paredes internas do tanque durante o enchimento. Acione o sistema de agitação e recirculação para manter circulando a água em todo o sistema (tanque, barra, pontas e filtros) e mantenha ligado por, no mínimo, 20 minutos. Com o equipamento ainda ligado, esgote ao máximo o conteúdo do tanque pelas pontas de pulverização. Certifique-se de que o tanque do equipamento de pulverização esteja limpo (isento de resíduos) antes de iniciar uma nova preparação de calda de agroquímicos.
Realize a limpeza externa do pulverizador após tríplice lavagem.
Atenção à limpeza em “zonas mortas” dos equipamentos, como áreas terminais de linha, filtros, válvulas, mangueiras dobradas, além do tanque de pré-diluição e lavagem de embalagem de agroquímicos. Descarte as águas de lavagem em área adequada e de acordo com a Legislação local. Após a limpeza do pulverizador, sempre manter o tanque com 50% da capacidade de água e com água no sistema entre aplicações. A repetição desse procedimento após períodos de aplicação é de extrema importância para a manutenção do tanque limpo.
O responsável pela aplicação da calda herbicida deve considerar todos estes fatores para uma adequada utilização do produto evitando atingir áreas não alvo. Todos os equipamentos de aplicação devem ser corretamente calibrados e o responsável pela aplicação deve estar familiarizado com todos os fatores que interferem na ocorrência da deriva.
INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NAS CULTURAS E ÁREAS TRATADAS
Não entre na área em que o produto foi aplicado antes da secagem completa da calda (no mínimo 24 horas após a aplicação). Caso necessite entrar antes desse período, utilize os equipamentos de proteção individual (EPIs) recomendados para o uso durante a aplicação.
LIMITAÇÕES DE USO
- Os usos do produto estão restritos aos indicados no rótulo e bula.
- O produto não deve ser aplicado em pulverização aérea.
- São exemplos de culturas sensíveis ao herbicida Dicamba: Batata, café, cítricos, crucíferas, feijão, flores ornamentais, girassol, leguminosas, maçã, pepino, tabaco, tomate, uva, além de algodão e soja não tolerantes ao herbicida Dicamba.
- Deve-se adotar uma área de bordadura de no mínimo 50 metros entre a área de aplicação e estas culturas para evitar potenciais efeitos adversos em culturas sensíveis a esse herbicida.
- Deve-se observar condições de inversão térmica para prevenir potenciais riscos de deriva e volatilidade.
- Evite aplicar em condições de estresse hídrico das plantas daninhas, visto que a sua translocação dentro das plantas, nestas condições é reduzida.
- Recomenda-se que a calda seja preparada e aplicada no mesmo dia. Isso visa reduzir o acúmulo de resíduos e contaminação das partes do pulverizador (barra, pontas, filtros e mangueiras)
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pela Saúde Humana – ANVISA/MS.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pelo Meio Ambiente – IBAMA/MMA.
O manejo de plantas daninhas é um procedimento sistemático adotado para minimizar a interferência das plantas infestantes e otimizar o uso do solo, por meio da combinação de métodos preventivos de controle. A integração de métodos de controle:
(1) Cultural (rotação de culturas, variação de espaçamento e uso de cobertura verde);
(2) Mecânico ou físico (monda, capina manual, roçada, inundação, cobertura não viva e cultivo mecânico);
(3) Controle biológico;
(4) Controle químico tem como objetivo mitigar o impacto dessa interferência com o mínimo de dano ao meio ambiente.
O uso sucessivo de herbicidas do mesmo mecanismo de ação para o controle do mesmo alvo pode contribuir para o aumento da população da planta daninha alvo resistente a esse mecanismo de ação, levando a perda de eficiência do produto e um consequente prejuízo. Como prática de manejo de resistência de plantas daninhas e para evitar os problemas com a resistência, seguem algumas recomendações:
- Rotação de herbicidas com mecanismos de ação distintos do Grupo O para o controle do mesmo alvo, quando apropriado;
- Adotar outras práticas de controle de plantas daninhas seguindo as boas práticas agrícolas;
- Utilizar as recomendações de dose e modo de aplicação de acordo com a bula do produto;
- Sempre consultar um engenheiro agrônomo para o direcionamento das principais estratégias regionais para o manejo de resistência e a orientação técnica da aplicação de herbicidas.
Informações sobre possíveis casos de resistência em plantas daninhas devem ser consultados e, ou, informados à: Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas (SBCPD: www.sbcpd.org), Associação Brasileira de Ação à Resistência de Plantas Daninhas aos Herbicidas (HRAC-BR: www.hrac-br.org), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA: www.agricultura.gov.br).
GRUPO O HERBICIDA
O herbicida é composto por Dicamba que apresenta mecanismo de ação dos mimetizadores das auxinas, pertencente ao Grupo O, segundo classificação internacional do HRAC (Comitê de Ação à Resistência de Herbicidas).