BioPrecioso
Geral | ||
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Nome Técnico:
Trichogramma pretiosum
Registro MAPA:
20522
Empresa Registrante:
Morsoletto |
Composição | ||
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Ingrediente Ativo | Concentração | |
Trichogramma pretiosum | 25000 Pupas/mL |
Classificação | ||
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Técnica de Aplicação:
Aérea
Classe Agronômica:
Agente Biológico de Controle
Toxicológica:
Não Classificado
Ambiental:
IV - Produto pouco perigoso ao meio ambiente
Corrosividade:
Não corrosivo
Formulação:
Insetos vivos
Modo de Ação:
Agente biológico de controle |
Indicações de Uso
Tipo: Tubo carbonado
Material: Fibra celulósica(papelão)
Capacidade: 500 mL;
Tipo: Cartela
Material: Fibra celulósica(papelão)
Capacidade: 50 mL.
INSTRUÇÕES DE USO
O produto é um agente de controle biológico utilizado no controle da Traça-do-tomateiro (Tuta absoluta), da Broca-grande-do-tomate / Lagarta-da-espiga-do-milho (Helicoverpa zea), da Lagarta-do-cartucho-do-milho (Spodoptera frugiperda), da Lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis), da Lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens) da Traça-da-videira-sul-americana (Lasiothyris luminosa) e da Traça-dos-cachos (Cryptoblabes gnidiella) em todas as culturas com ocorrência do alvo biológico, na forma inundativa. As fêmeas do Trichogramma pretiosum localizam a pupa no campo e depositam seus ovos no interior da pupa, interrompendo o desenvolvimento das pragas antes de se tornarem insetos adultos e completarem o ciclo.
NÚMERO, EPOCA E INTERVALO DE APLICAÇÃO
Realizar aplicação conforme o alvo biológico
Alvos Biológicos
Traça-do-tomateiro (Tula absoluta)
Em todas as culturas com ocorrência do alvo biológico.
Modo e Tecnologia de aplicação, número de aplicação, intervalo de aplicação
Liberação de 450.000 adultos por hectare, por semana, distribuídos em pelo menos 30 pontos. As liberações devem ser iniciadas a partir de 15 a 20 dias após o transplante ou a partir de 20 a 30 dias, no caso de semeadura direta, e se estenderem por, no mínimo, doze semanas. Como medidas complementares recomendam-se, rotação de culturas, destruição e incorporação de restos culturais imediatamente após a colheita e a utilização de cultivares mais adaptadas a região.
Broca-grande-do-tomate/Lagarta-da-espiga-do-milho (Helicoverpa zea)
Em todas as culturas com ocorrência do alvo biológico.
Modo e Tecnologia de aplicação, número de aplicação, intervalo de aplicação
As liberações de Trichogramma pretiosum devem ser iniciadas vinte a trinta dias após o plantio/transplante e devem continuar até o fim do ciclo da cultura. O local de liberação dos parasitoides deve corresponder ao terço médio e superior da planta. Liberações semanais de 400.000 adultos de Trichogramma pretiosum por hectare em pelo menos 30 pontos por hectare, preferencialmente nas horas mais frescas do dia. Eficiência agronômica comprovada para a cultura do milho. As liberações de Trichogramma pretiosum devem ser iniciadas quando da emissão de 20% dos estilo-estigmas. Em cada liberação, distribuir em pelo menos 25 pontos por hectare, 100.000 adultos de Trichogrammia pretiosum. Devem ser realizadas uma a duas liberações por semana, com pelo menos 3 liberações no ciclo de cultura.
Lagarta-do-cartucho-do-milho (Spodoptera frugiperda)
Em todas as culturas com ocorrência do alvo biológico.
Modo e Tecnologia de aplicação, número de aplicação, intervalo de aplicação
Eficiência agronômica comprovada para a cultura do milho. As liberações de Trichogramma pretiosum devem ser iniciadas quando forem observadas as primeiras mariposas de Spodoptera frugiperda. Para determinar o nível de controle de praga, pode-se utilizar armadilhas com feromônios, na densidade de uma para cada cinco hectares. A primeira liberação deverá ocorrer quando a armadilha capturar três mariposas de Spodoptera frugiperda. Realizar três liberações de 100.000 adultos por hectare, distribuídos em 25 pontos por hectare, em intervalos de sete dias. Como medidas complementares indicamse a manutenção da diversidade vegetal no entorno da lavoura, o plantio consorciado e a rotação de culturas.
Lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalise) e Lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens)
Em todas as culturas com ocorrência do alvo biológico. Eficiência agronômica comprovada para a cultura da soja.
Modo e Tecnologia de aplicação, número de aplicação, intervalo de aplicação
As liberações de Trichogramma pretiosum promovem o controle conjunto dos dois alvos biológicos e devem ser realizadas quando se observar a presença de adultos ou lagartas de Chrysodeixis includens e/ou Anticarsia gemmatalis na cultura. A maior incidência de Anticarsia gemmatalis ocorre no período vegetativo da cultura da soja e a maior incidência de Chrysodeixis includens ocorre no período reprodutivo. Recomenda-se a liberação de 500.000 adultos por hectare quando a soja estiver no período reprodutivo. As liberações devem ser em pelo menos 50 pontos por hectare. O número de liberações dependerá da pressão de mariposas no campo sendo necessárias, no mínimo, duas liberações. O intervalo entre as liberações deve ser de 4 (quatro) dias.
Traça-da-videira-sul-americana (Lasiothyris luminosa) e Traça-dos-cachos (Cryptoblabes gnidiella)
Em todas as culturas com ocorrência do alvo biológico. Eficiência agronômica comprovada para a cultura da uva.
Modo e Tecnologia de aplicação, número de aplicação, intervalo de aplicação
Liberar semanalmente 200.000 parasitoides por hectare, em pelo menos 50 pontos equidistantes. Alternativamente, pode-se realizar 2 liberações por semana na dose de 100.000 parasitoides por hectare. As liberações devem ser iniciadas na fase de pré-floração (botão floral) e ocorrerem até a fase de colheita, enquanto forem observados a presença ou os danos causados pelos alvos biológicos. Realizar as liberações no final da tarde, após as 17 horas. É necessário realizar o monitoramento dos alvos biológicos da fase de botão floral até a colheita.
MODO DE APLICAÇÃO
As liberações do parasitoide devem ser realizadas no início ou final do dia, na ausência de chuva e de ventos fortes com velocidade máxima até 5 metros por segundos (18 km/h).
Aplicação aérea
O produto é destinado à aplicação aérea via drone. A dose deve ser ajustada de acordo com o alvo biológico. Devem ser utilizados drones com lançadores adaptados para liberação de Trichogramma pretiosum. Após a calibração do drone de acordo com a dose recomendada, o mesmo deverá percorrer a área mapeada pelas coordenadas geográficas, levantadas com um GPS, e liberar as pupas de acordo com a programação do software realizada por um técnico especializado, seguindo as recomendações da bula.
LIMITAÇÕES DE USO
Produto de uso restrito às indicações em rótulo e bula. O produto não é fitotóxico quando aplicado nas doses recomendadas. A atividade do parasitoide pode ficar comprometida em temperatura inferior a 7,5°C e superior a 31°C.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pela Saúde Humana – ANVISA/MS.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pelo Meio Ambiente – IBAMA/MMA.
Recomenda-se, de maneira geral, o manejo integrado de pragas, envolvendo todos os princípios e medidas disponíveis e viáveis de controle, como o controle cultural, controle biológico (predadores e parasitóides), controle microbiano, controle por comportamento, variedades resistentes e controle químico, sempre alternando produtos de diferentes grupos químicos com mecanismo de ação distinto.
A resistência de pragas a agrotóxicos ou qualquer outro agente de controle pode tornar-se um problema econômico, ou seja, fracassos no controle da praga podem ser observados devido à resistência. O uso repetido deste ou de outro produto do mesmo grupo pode aumentar o risco de desenvolvimento de populações resistentes em algumas culturas.
Para manter a eficácia e longevidade do produto como uma ferramenta útil de manejo de pragas agrícolas, é necessário seguir as seguintes estratégias que podem prevenir, retardar ou reverter a evolução da resistência: Adotar as práticas de manejo a inseticidas, tais como:
- Rotacionar produtos com mecanismo de ação distinto. Sempre rotacionar com produtos de mecanismo de ação efetivos para a praga alvo.
- Seguir as recomendações de bula quanto ao número máximo de aplicações permitidas;
- Respeitar o intervalo de aplicação para a reutilização deste ou outros produtos quando for necessário;
- Sempre que possível, realizar as aplicações direcionadas às fases mais suscetíveis das pragas a serem controladas;
- Adotar outras táticas de controle, previstas no Manejo Integrado de Pragas (MIP) como rotação de culturas, controle biológico, controle por comportamento etc., sempre que disponível e apropriado;
- Utilizar as recomendações e da modalidade de aplicação de acordo com a bula do produto;
- Sempre consultar um Engenheiro Agrônomo para o direcionamento das principais estratégias regionais para o manejo de resistência e para a orientação técnica na aplicação de inseticidas;
- Informações sobre possíveis casos de resistência em insetos e ácaros devem ser encaminhados para o IRAC-BR (www.irac-br.org.br), ou para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (www.agricultura.gov.br).