Aura 200
Geral | ||
---|---|---|
Nome Técnico:
Profoxidim
Registro MAPA:
7107
Empresa Registrante:
Basf |
Composição | ||
---|---|---|
Ingrediente Ativo | Concentração | |
Profoxidim | 200 g/L |
Classificação | ||
---|---|---|
Técnica de Aplicação:
Terrestre/Aérea
Classe Agronômica:
Herbicida
Toxicológica:
5 - Produto Improvável de Causar Dano Agudo
Ambiental:
II - Produto muito perigoso
Inflamabilidade:
Não inflamável
Corrosividade:
Não corrosivo
Formulação:
Concentrado Dispersível (DC)
Modo de Ação:
Seletivo, Pós-emergência |
Indicações de Uso
Conteúdo: 0,1; 0,25; 0,5; 0,6; 0,875; 1; 1,3; 4,375; 5; 8,750; 10; 17,5; 20; 50; 100; 200 e 1000 L.
INSTRUÇÕES DE USO
Aura® 200 é um herbicida seletivo à base do ingrediente ativo profoxidim (Grupo A – HRAC), recomendado para o controle em pós-emergência de plantas daninhas na cultura do arroz.
Aura® 200 é um herbicida de ação sistêmica da classe dos ciclohexanodionas (DIMs) e do grupo dos inibidores da enzima ACCase (Grupo A). Após a aplicação sobre a superfície das folhas, o ingrediente ativo é rapidamente absorvido, ocorrendo um processo de translocação, com acúmulo em regiões meristemáticas, onde o produto inibe rapidamente a enzima ACCase, interferindo na formação de malonil-CoA, consequentemente bloqueando a reação inicial da rota metabólica da síntese de lipídios, o que resulta na paralisação do crescimento. O secamento das gramíneas completa-se num período de 1 a 3 semanas.
Aura® 200 controla as seguintes espécies de gramíneas, incluindo os biótipos resistentes aos herbicidas inibidores da enzima ALS, resistentes as auxinas sintéticas e resistentes ao herbicida glifosato.
Em variedades sensíveis de arroz pode surgir leves manchas cloróticas nas folhas, os quais desaparecem após alguns dias não afetando o potencial produtivo da cultura.
ADIÇÃO DE ADJUVANTES
A adição de adjuvante a base de óleo mineral não iônico favorece a distribuição da calda sobre a folhagem, favorecendo a penetração, o que resulta num melhor controle das plantas daninhas. Deve-se acrescentar sempre um adjuvante não iônico nas caldas de Aura® 200. Em aplicação terrestre: 0,3% do volume de calda (equivalente a 300 mL/ha em 100 L/ha de calda). Em aplicação aérea: 0,3 a 0,5% do volume de calda (equivalente a 100 a 150 mL/ ha em 30 L/ha de calda).
NÚMERO, ÉPOCA E INTERVALO DE APLICAÇÃO
A aplicação de Aura® 200 deve ser realizada quando as plantas infestantes atingirem os estádios de desenvolvimentos indicados. Passados esses estágios, a eficiência do produto é reduzida, podendo não ser eficiente no controle das plantas daninhas.
MODO DE APLICAÇÃO
Aura® 200 deve ser diluído em água e aplicado por pulverização em pós-emergência sobre a folhagem das gramíneas infestantes. Aplicação deverá ser em pós emergência das gramíneas, provindas de semente, quando estiverem nos estágios de 4 folhas a 3 perfilhos.
PREPARO DA CALDA
O responsável pela preparação da calda deve usar equipamento de proteção individual (EPI) indicado para esse fim. Colocar água limpa no tanque do pulverizador (pelo menos 3/4 de sua capacidade) ou de tal forma que atinja a altura do agitador (ou retorno) e, com a agitação acionada, adicionar a quantidade recomendada do produto. Também manter a calda sob agitação constante durante a pulverização. A aplicação deve ser realizada no mesmo dia da preparação da calda. Adicionar o adjuvante à calda após o produto, conforme recomendações no item Adição de Adjuvantes. Para os menores volumes de aplicação, não exceder a concentração de 0,3% v/v da calda em aplicação terrestre e 0,5% v/v da calda em aplicação aérea, ou a recomendação descrita na bula do adjuvante.
APLICAÇÃO TERRESTRE
Seguir as recomendações abaixo para uma correta aplicação:
EQUIPAMENTO DE APLICAÇÃO
Utilizar equipamento de pulverização provido de barras apropriadas. Ao aplicar o produto, seguir sempre as recomendações da bula. Proceder a regulagem do equipamento de aplicação para assegurar uma distribuição uniforme da calda e boa cobertura do alvo desejado. Evitar a sobreposição ou falha entre as faixas de aplicação utilizando tecnologia apropriada.
SELEÇÃO DE PONTAS DE PULVERIZAÇÃO
A seleção correta da ponta é um dos parâmetros mais importantes para boa cobertura do alvo e redução da deriva. Pontas que produzem gotas finas apresentam maior risco de deriva e de perdas por evaporação (vide CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS). Dentro deste critério, usar pontas que possibilitem boa cobertura das plantas alvo e produzam gotas de classe acima de muito grossas (VC), conforme norma ASABE. Em caso de dúvida quanto a seleção das pontas, pressão de trabalho e tamanho de gotas gerado, consultar a recomendação do fabricante da ponta (bico).
PRESSÃO DE TRABALHO
Observar sempre a recomendação do fabricante e trabalhar dentro da pressão recomendada para a ponta, considerando o volume de aplicação e o tamanho de gota desejado. Para muitos tipos de pontas, menores pressões de trabalho produzem gotas maiores. Quando for necessário elevar o volume de aplicação, optar por pontas que permitam maior vazão (maior orifício) ao invés do aumento da pressão de trabalho. Caso o equipamento possua sistema de controle de aplicação, assegurar que os parâmetros de aplicação atendam a recomendação de uso.
Velocidade do equipamento
Selecionar uma velocidade adequada às condições do terreno, do equipamento e da cultura. Observar o volume de aplicação e a pressão de trabalho desejada. A aplicação efetuada em velocidades mais baixas, geralmente resulta em uma melhor cobertura e deposição da calda na área alvo.
ALTURA DE BARRAS DE PULVERIZAÇÃO
A barra deverá estar posicionada em distância adequada do alvo, conforme recomendação do fabricante do equipamento e pontas, de acordo com o ângulo de abertura do jato. Quanto maior a distância entre a barra de pulverização e o alvo a ser atingido, maior a exposição das gotas às condições ambientais adversas, acarretando perdas por evaporação e transporte pelo vento.
APLICAÇÃO AÉREA
Equipamento de aplicação: Utilizar aeronaves providas de barras apropriadas. Ao aplicar o produto, seguir sempre as recomendações da bula. Proceder a regulagem do equipamento de aplicação para assegurar uma distribuição uniforme da calda e boa cobertura do alvo desejado. Evitar a sobreposição ou falha entre as faixas de aplicação utilizando tecnologia apropriada.
Volume de calda por hectare (taxa de aplicação): Recomenda-se o volume de calda entre 30 a 50 litros/ha.
Seleção de pontas de pulverização: A seleção correta da ponta é um dos parâmetros mais importantes para boa cobertura do alvo e redução da deriva. Pontas que produzem gotas finas apresentam maior risco de deriva e de perdas por evaporação. Dentro deste critério, usar pontas que possibilitem boa cobertura das plantas alvo e produzam gotas de classe acima de muito grossas (VC), conforme norma ASABE. Bicos centrífugos produzem gotas menores, podendo favorecer as perdas por evaporação e/ou deriva das gotas (vide CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS). Em caso de dúvida quanto à seleção das pontas, pressão de trabalho e tamanho de gotas gerado, consultar a recomendação do fabricante da ponta (bico). Quando for necessário elevar o volume de aplicação, optar por pontas que permitam maior vazão (maior orifício) ao invés do aumento da pressão de trabalho.
ALTURA DE VOO E FAIXA DE APLICAÇÃO
Altura de voo deverá ser de 3 a 6 metros do alvo a ser atingido, atentando à segurança da operação e à cobertura adequada do alvo. Evitar a sobreposição ou falha entre as faixas de aplicação utilizando tecnologia apropriada. O uso de marcadores humanos de faixa não é recomendado, pois trata-se de situação potencialmente perigosa devido à exposição direta destes marcadores aos agroquímicos. Atentar à legislação vigente quanto às faixas de segurança, distância de áreas urbanas e de preservação ambiental. A aplicação deve ser interrompida, imediatamente, caso qualquer pessoa, área, vegetação, animais ou propriedades não envolvidos na operação sejam expostos ao produto.
O aplicador do produto deve considerar todos estes fatores para uma adequada utilização, evitando atingir áreas não alvo. Todos os equipamentos de aplicação devem ser corretamente calibrados e o responsável pela aplicação deve estar familiarizado com todos os fatores que interferem na ocorrência da deriva, minimizando assim o risco de contaminação de áreas adjacentes.
CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS
Velocidade do vento: A velocidade do vento adequada para pulverização deve estar entre 05 e 10 Km/h dependendo da configuração do sistema de aplicação. A ausência de vento pode indicar situação de inversão térmica, que deve ser evitada. A topografia do terreno pode influenciar os padrões de vento e o aplicador deve estar familiarizado com estes padrões. Ventos e rajadas acima destas velocidades favorecem a deriva e contaminação das áreas adjacentes. Deixar uma faixa de bordadura adequada para aplicação quando houver culturas sensíveis na direção do vento.
Temperatura e umidade: Aplicar apenas em condições ambientais favoráveis. Baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas aumentam o risco de evaporação da calda de pulverização, reduzindo a eficácia do produto e aumentando o potencial de deriva. Evitar aplicações em condições de baixa umidade relativa do ar (menores que 60%) e altas temperaturas (maiores que 30ºC). Não aplicar o produto em temperaturas muito baixas ou com previsão de geadas.
PERÍODO DE CHUVAS
A ocorrência de chuvas dentro de um período de quatro (4) horas após a aplicação pode afetar o desempenho do produto. Não aplicar logo após a ocorrência de chuva ou em condições de orvalho.
As condições de aplicação poderão ser alteradas a critério do engenheiro agrônomo da região. O potencial de deriva é determinado pela interação de fatores relativos ao equipamento de pulverização e ao clima (velocidade do vento, umidade e temperatura). Adotar práticas que reduzam a deriva é responsabilidade do aplicador.
LIMPEZA DE TANQUE
Logo após o uso, limpar completamente o equipamento de aplicação (tanque, barra, pontas e filtros) realizando a tríplice lavagem antes de utilizá-lo na aplicação de outros produtos / culturas. Recomenda-se a limpeza de todo o sistema de pulverização após cada dia de trabalho, observando as recomendações abaixo: Antes da primeira lavagem, assegurar-se de esgotar ao máximo a calda presente no tanque. Lavar com água limpa, circulando a água por todo o sistema e deixando esgotar pela barra através das pontas utilizadas. A quantidade de água deve ser a mínima necessária para permitir o correto funcionamento da bomba, agitadores e retornos/aspersores internos do tanque. Para pulverizadores terrestres, a água de enxague deve ser descartada na própria área aplicada. Para aeronaves, efetuar a limpeza e descarte em local adequado. Encher novamente o tanque com água limpa e agregar uma solução para limpeza de tanque na quantidade indicada pelo fabricante. Manter o sistema de agitação acionado por no mínimo 15 minutos. Proceder o esgotamento do conteúdo do tanque pela barra pulverizadora à pressão de trabalho. Retirar as pontas, filtros, capas e filtros de linha quando existentes e colocá-los em recipiente com água limpa e solução para limpeza de tanque. Realizar a terceira lavagem com água limpa e deixando esgotar pela barra.
Todas as condições descritas acima para aplicações terrestres e aéreas poderão ser alteradas a critério do Engenheiro Agrônomo da região, observando-se as indicações de bula. Observar também as orientações técnicas dos programas de manejo integrado e de resistência de pragas.
INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NAS CULTURAS E ÁREAS TRATADAS
Não entre na área em que o produto foi aplicado antes da secagem completa da calda (no mínimo 24 horas após a aplicação). Caso necessite entrar antes desse período, utilize os equipamentos de proteção individual (EPIs) recomendados para o uso durante a aplicação.
LIMITAÇÕES DE USO
Aura® 200 é indicado para uso em culturas num estado normal de sanidade e desenvolvimento. Não apresenta limitações de uso desde que seja usado em plantas daninhas, conforme indicações de uso recomendadas. A aplicação de Aura® 200 deverá ser realizada sob boas condições de umidade do solo, e as gramíneas deverão estar em pleno crescimento. Aura® 200 é absorvido pelas folhas num período de algumas horas. Chuvas a menos de 2 horas do final da aplicação podem afetar os resultados, com diminuição das porcentagens de controle. Deve-se evitar fazer adubações nitrogenadas de cobertura com intervalos de até 7 dias antes ou após a aplicação. Na cultura de arroz, a aplicação de Aura® 200 com folhas molhadas, por orvalho ou neblina, pode causar maior fitotoxicidade. Dessa forma recomenda-se esperar que as folhas sequem primeiro. A aplicação de Aura® 200 no arroz irrigado, deverá ser efetuada no estágio a partir da 4ª folha do arroz. Na cultura do arroz irrigado, não colocar a água de irrigação antes de 2 dias após a aplicação, e deverá ser colocada até sete dias após a mesma. A aplicação de Aura® 200 no arroz de terras altas deverá ser efetuada no estágio 1 a 3 perfilhos do arroz não devendo ser aplicado na parte da tarde.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pela Saúde Humana – ANVISA/MS.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pelo Meio Ambiente – IBAMA/MMA.
O manejo de plantas daninhas é um procedimento sistemático adotado para minimizar a interferência plantas daninhas e otimizar o uso do solo, por meio da combinação de métodos preventivos de controle. A integração de métodos de controle:
(1) cultural (rotação de culturas, variação de espaçamento e uso de cobertura verde);
(2) mecânico ou físico (monda, capina manual, roçada, inundação, cobertura não viva e cultivo mecânico);
(3) controle biológico;
(4) controle químico tem como objetivo mitigar o impacto dessa interferência com o mínimo de dano ao meio ambiente.
O uso sucessivo de herbicidas do mesmo mecanismo de ação para o controle do mesmo alvo pode contribuir para o aumento da população da planta daninha alvo resistente a esse mecanismo de ação, levando a perda de eficiência do produto e um consequente prejuízo. Como prática de manejo de resistência de plantas daninhas e para evitar os problemas com a resistência, seguem algumas recomendações:
• Rotação de herbicidas com mecanismos de ação distintos do Grupo A para o controle do mesmo alvo, quando apropriado.
• Adotar outras práticas de controle de plantas daninhas seguindo as boas práticas agrícolas.
• Utilizar as recomendações de dose e modo de aplicação de acordo com a bula do produto.
• Sempre consultar um engenheiro agrônomo para o direcionamento das principais estratégias regionais para o manejo de resistência e a orientação técnica da aplicação de herbicidas.
• Informações sobre possíveis casos de resistência em plantas daninhas devem ser consultados e/ou, informados à: Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas (SBCPD: www.sbcpd.org), Associação Brasileira de Ação à Resistência de Plantas Daninhas aos Herbicidas (HRAC-BR: www.hrac-br.org), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA: www.agricultura.gov.br).
GRUPO A HERBICIDA
O produto herbicida Aura® 200 é composto por Profoxidim, que apresenta mecanismo de ação dos inibidores da ACCase (Acetil CoA carboxilase), pertencente ao Grupo A, segundo classificação internacional do HRAC (Comitê de Ação à Resistência de Herbicidas).