Atectra
Geral | ||
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Nome Técnico:
Dicamba
Registro MAPA:
4916
Empresa Registrante:
Basf |
Composição | ||
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Ingrediente Ativo | Concentração | |
Dicamba | 480 g/L |
Classificação | ||
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Técnica de Aplicação:
Terrestre
Classe Agronômica:
Herbicida
Toxicológica:
Não Classificado
Ambiental:
III - Produto perigoso
Inflamabilidade:
Não inflamável
Corrosividade:
Não corrosivo
Formulação:
Concentrado Solúvel (SL)
Modo de Ação:
Sistêmico, Pós-emergente das plantas invasoras |
Indicações de Uso
Frasco (plástico): 100; 250; 500 e 600 mL;
Frasco (plástico): 1; 1,5 e 1,6 L;
Bombona (plástica): 2; 2,5; 5; 10; 20; 50 e 100 L;
Bag in box (papelão ou plástico): 100; 250; 500 e 600 mL;
Bag in box (papelão ou plástico): 1; 1,5; 1,6; 2; 2,5; 5; 10 e 20 L;
Stand-up pouch (com tampa de plástico ou plástico metalizado): 100; 250; 500 e 600 mL;
Stand-up pouch (com tampa de plástico ou plástico metalizado): 1; 1,5; 1,6; 2; 2,5; 5; 10 e 20 L;
Lata/balde (metálica ou plástica): 1; 5; 10 e 20 L;
Tambor (plástico ou metálico): 50; 100; 190; 200 e 210 L;
Tanque/ Container intermediário de plástico, metal ou fibra de papel com bolsa plástica interna; Metal/plástico; Metal/ plástico com pallet (madeira): 950; 960; 970; 980; 990; 1000; 1800; 2000; 2700 e 3000 L;
Tanque/ Isocontainer/Caminhão tanque (metálico): 5000; 10000; 15000; 16000; 17000; 18000; 19000; 20000; 21000; 22000; 23000; 24000; 25000; 29000 e 30000L.
INSTRUÇÃO DE USO
MODO DE AÇÃO
O produto é um herbicida auxínico, à base de dicamba (sal de DGA), sistêmico, pós-emergente, derivado do grupo dos ácidos benzoicos e específico para controle de plantas daninhas de folhas largas. É absorvido pelas folhas e pela raiz, via floema e xilema, sendo transportado a todas as partes da planta de forma rápida, acumulando-se nas áreas de crescimento ativo, inibindo seu desenvolvimento. As aplicações devem ser feitas em plena atividade de crescimento vegetativo e nas condições recomendadas, requerendo um período mínimo de 4 horas para ser completamente absorvido pelas plantas. Em condições estressantes do ambiente, a translocação do produto dentro das plantas pode ser diminuída.
INSTRUÇÕES DE USO
É recomendado para aplicação em área total, em pós-emergência das plantas daninhas e no pré-plantio dos cultivos de Algodão e Soja. Respeitar o intervalo de 30-60 dias entre a aplicação e o plantio da Soja Não Tolerante ao Herbicida Dicamba, e o intervalo de 15-20 dias entre a aplicação e o plantio do Algodão Não Tolerante ao Herbicida Dicamba, dependendo da dose e condições climáticas após a aplicação.
NÚMERO, ÉPOCA E INTERVALO DE APLICAÇÃO
- Utilizar a maior dose em situações onde haja maior infestação e/ou estádio mais avançado das plantas daninhas.
- As aplicações deverão ser feitas em fases iniciais do desenvolvimento das plantas daninhas (até no máximo 10 cm), fisiologicamente ativas e preferencialmente até 6 folhas.
- Para uso em pré-plantio da cultura da Soja, recomenda-se aplicação única, respeitando o seguinte intervalo entre a aplicação e o plantio da soja:
- 30 dias para doses a partir de 0,6 L/ha
- 45 dias para a dose de 0,8 L/ha
- 60 dias para doses a partir de 1,0 L/ha
- Para uso em pré-emergência da cultura do Algodão, recomenda-se aplicação única, respeitando o intervalo de 15 dias para doses de 1 L/ha e o intervalo de 20 dias para doses de 1,5 L/ha entre a aplicação e o plantio.
- Para a cultura da Soja Geneticamente Modificada Tolerante ao herbicida dicamba, recomenda-se aplicação única em torno de 14 dias ou sequencial em torno de 14 e 28 dias, após a emergência da cultura.
- Para a cultura do Algodão Geneticamente Modificado Tolerante ao herbicida dicamba recomenda-se aplicação sequencial em torno de 14 e 28 dias, após a emergência da cultura.
- Para as culturas do Algodão e da Soja Tolerantes ao herbicida dicamba, não há restrições quanto ao intervalo entre a aplicação em pré-plantio e os plantios destes cultivos.
- Para manejo em dessecação antes do plantio da cultura, e complementação no controle de infestações de Conyza bonariensis, pode-se utilizar a dose de 0,6 – 0,8 L p.c/ha, desde que seja realizada uma aplicação sequencial com herbicida registrado a base de saflufenacil, conforme dose e recomendações de uso descritos na bula.
- As aplicações onde o manejo é feito previamente com herbicidas a base de glifosato tem mostrado excelente complementação para o controle de plantas daninhas.
MODO DE APLICAÇÃO
Aplicação Terrestre
As recomendações a seguir relacionadas são importantes para uma correta aplicação e para se obter os efeitos desejados:
Equipamento de aplicação
Utilizar equipamento de pulverização tratorizado ou automotriz provido de barras apropriadas. Ao aplicar o produto, siga sempre as recomendações da bula garantindo uma boa cobertura da pulverização sobre o alvo desejado, evitando a sobreposição das faixas de aplicação. Proceda a regulagem e manutenção preventiva e periódica do equipamento de aplicação para assegurar uma distribuição uniforme na dose correta sobre o alvo desejado.
- Seleção de Pontas de Aplicação
A seleção correta da ponta de aplicação é um dos parâmetros mais importantes para redução da deriva. Pontas que produzem gotas de diâmetro mediano volumétrico (DMV) maior apresentam menor risco de deriva de produto para áreas não-alvo. Dentro deste critério, utilize pontas que forneçam gotas de categoria extremamente grossa a ultra grossa, conforme norma ASABE S572.1. Em caso de dúvida quanto a pressão de trabalho correta e o tamanho das gotas consulte a recomendação do fabricante da ponta (bico).
- Volume de aplicação
Utilize o volume de calda entre 100 a 150 L/ha.
- Pressão de trabalho
Observar sempre à recomendação do fabricante e trabalhar dentro da pressão recomendada da ponta, considerando o volume de aplicação e o tamanho de gota desejado.
A pressão de trabalho deve estar de acordo com a classe de gota a ser gerada extremamente grossa a ultra grossa e a recomendação do fabricante. Caso o equipamento possua sistema de controle de aplicação, assegure que a pressão de trabalho atenda a recomendação de uso.
- Altura de barras de aplicação
A barra pulverizadora deverá estar posicionada a 50 cm de altura do alvo a ser atingido. Quanto menor a distância entre a altura da barra e o alvo a ser atingido (desde que não comprometa a qualidade da aplicação), menor a exposição das gotas e menor o impacto na aplicação pelas condições ambientais, como a evaporação e transporte pelo vento. Recomenda-se o uso de controladores automáticos de altura da barra para manter a altura ideal da ponta em relação ao alvo a ser atingido.
- Velocidade do equipamento
Selecione uma velocidade adequada às condições do terreno e topografia, equipamento e cultura, não devendo ser superior a 25 km/h observando o volume de aplicação e a pressão de trabalho desejada. A aplicação efetuada em velocidades mais baixas, geralmente resultam em uma melhor cobertura e deposição na área alvo.
PREPARAÇÃO DA CALDA
Certifique-se de que o tanque do equipamento de pulverização esteja limpo (isento de resíduos) antes de iniciar a operação.
Coloque água limpa no tanque do pulverizador até 3/4 de sua capacidade de tal forma que atinja a altura do agitador (ou retorno), adicione a quantidade recomendada. Com o agitador ligado complete o volume do tanque com água e mantenha a calda sob constante agitação durante a pulverização. A aplicação deve ser realizada no mesmo dia da preparação da calda. Não adicione redutor de pH, ácido bórico ou produtos à base de sal de amônio.
Não deixe a calda de agroquímicos preparada de um dia para outro dentro do tanque de pulverização ou no sistema (mangueiras, filtros, barras, etc.).
CONDIÇÕES METEREOLÓGICAS QUE DEVEM SER OBSERVADAS PARA APLICAÇÃO
- Velocidade do vento
A faixa para pulverização entre 03 a 10 km/h dependendo da configuração do sistema de aplicação, reduz o efeito de deriva do produto. A topografia do terreno pode influenciar os padrões de vento. Umaplicador familiarizado com os padrões de ventos locais minimiza possíveis riscos da pulverização atingir áreas não alvo. Deixar uma faixa de bordadura adequada para aplicação quando há culturas sensíveis presentes na direção do vento (vide limitações de uso).
- Inversão térmica
O potencial de deriva é alto durante uma inversão térmica. Inversões térmicas diminuem o movimento do ar, formando uma nuvem de pequenas gotas suspensas próxima ao solo. Sua presença pode ser identificada pela neblina no nível do solo. No entanto, se não houver neblina, as inversões térmicas podem ser identificadas pelo movimento da fumaça originária de uma fonte no solo.
Não realizar aplicações noturnas. Realizar as aplicações a partir de uma hora após o nascer do sol até duas horas antes do pôr do sol.
- Temperatura e umidade
As condições meteorológicas recomendadas para aplicação são: temperatura inferior a 30oC e umidade relativa do ar maior que 55%. Evite aplicar em condições desfavoráveis. A baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas aumentam o risco da evaporação da calda de pulverização, reduzindo o tamanho das gotas e aumentando o potencial de deriva.
Consulte um engenheiro agrônomo em caso de dúvidas.
- Período de chuvas
A ocorrência de chuvas dentro de um período de quatro (4) horas após aplicação pode afetar o desempenho do produto. Evite aplicar logo após a ocorrência de chuva ou em condições de orvalho.
O responsável pela aplicação da calda herbicida deve considerar todos estes fatores para uma adequada utilização do produto evitando atingir áreas não alvo. Todos os equipamentos de aplicação devem ser corretamente calibrados e o responsável pela aplicação deve estar familiarizado com todos os fatores que interferem na ocorrência da deriva.
LIMPEZA DE TANQUE E SISTEMA DE PULVERIZAÇÃO
Logo após a pulverização, esgote o tanque imediatamente e limpe completamente o equipamento de aplicação (tanque, barra, pontas e filtros) realizando a tríplice lavagem, conforme procedimento abaixo:
- Esgote ao máximo a calda presente no tanque;
- 1ª. Lavagem: Coloque água limpa no tanque até no mínimo 50% de sua capacidade, enxaguando as paredes internas do tanque durante o enchimento. Acione o sistema de agitação e recirculação para manter circulando a água em todo o sistema (tanque, barra, pontas e filtros) e mantenha ligado por, no mínimo, 15 minutos. Com o equipamento ainda ligado, esgote ao máximo o conteúdo do tanque pelas pontas de pulverização.
- 2ª. Lavagem: Remova as capas, pontas de pulverização e telas/cestos de filtros, e coloque-as em recipiente contendo água limpa e solução comercial de limpeza de tanque. Coloque água limpa no tanque até no mínimo 50% de sua capacidade, enxaguando as paredes internas do tanque durante o enchimento. Adicione solução comercial de limpeza de tanque, conforme recomendação do fabricante. Acione o sistema de agitação e recirculação para manter circulando a água em todo o sistema (tanque, barra, pontas e filtros) e mantenha ligado por, no mínimo, 15 minutos. Com o equipamento ainda ligado, esgote ao máximo o conteúdo do tanque pelas barras de pulverização. Reinstale as telas/cestos dos filtros, capas e pontas de pulverização, limpas na barra de pulverização. Não utilize como produto de limpeza, produtos à base de hipoclorito de sódio, conhecidos como água sanitária ou cloro.
- 3ª. Lavagem: Coloque água limpa no tanque até no mínimo 50% de sua capacidade, enxaguando as paredes internas do tanque durante o enchimento. Acione o sistema de agitação e recirculação para manter circulando a água em todo o sistema (tanque, barra, pontas e filtros) e mantenha ligado por, no mínimo, 15 minutos. Com o equipamento ainda ligado, esgote ao máximo o conteúdo do tanque pelas pontas de pulverização.
Certifique-se de que o tanque do equipamento de pulverização esteja limpo (isento de resíduos) antes de iniciar uma nova preparação de calda de agroquímicos.
Realize a limpeza externa do pulverizador após tríplice lavagem.
Atenção à limpeza em “zonas mortas” dos equipamentos, como áreas terminais de linha, filtros, válvulas, mangueiras dobradas, além do tanque de pré-diluição e lavagem de embalagem de agroquímicos. Descarte as águas de lavagem em área adequada e de acordo com a Legislação local.
INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NAS CULTURAS E ÁREAS TRATADAS
Recomenda-se aguardar 24 horas para reentrada na lavoura ou após a secagem completa da calda. Caso haja necessidade de entrar na área tratada antes da secagem total da calda aplicada, utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) indicados para uso durante a aplicação.
LIMITAÇÕES DE USO
- Os usos do produto estão restritos aos indicados no rótulo e bula.
- O produto não deve ser aplicado em pulverização aérea.
- São exemplos de culturas sensíveis ao herbicida dicamba: Batata, café, cítricos, crucíferas, feijão, flores ornamentais, girassol, leguminosas, maçã, pepino, tabaco, tomate, uva, além de algodão e soja não tolerantes ao herbicida dicamba.
- Deve-se adotar uma área de bordadura de no mínimo 50 metros entre a área de aplicação e estas culturas para evitar potenciais efeitos adversos em culturas sensíveis a esse herbicida.
- Deve-se observar condições de inversão térmica para prevenir potenciais riscos de deriva e volatilidade.
- Evite aplicar em condições de estresse hídrico das plantas daninhas, visto que a sua translocação dentro das plantas, nestas condições é reduzida.
- Recomenda-se que a calda do produto seja preparada e aplicada no mesmo dia. Isso visa reduzir o acúmulo de resíduos e contaminação das partes do pulverizador (tanque, barra, pontas, filtros e mangueiras).
- Não aplicar o produto com previsão de geadas.
Para maiores esclarecimentos consulte um representante técnico da BASF S.A.
ATENÇÃO QUANTO À RECOMENDAÇÃO DE USO DO PRODUTO
Deve-se observar TODAS as recomendações descritas no item MODO DE APLICAÇÃO, como os equipamentos de aplicação, seleção da ponta de aplicação, etc, das CONDIÇÕES METEREOLÓGICAS que devem ser observadas, como temperatura e umidade, condições de inversão térmica, dentre outros descritos no referido tópico, e LIMITAÇÕES DE USO, para prevenir potenciais riscos de deriva e volatilidade.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pela Saúde Humana – ANVISA/MS.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pelo Meio Ambiente – IBAMA/MMA.
O manejo de plantas daninhas é um procedimento sistemático adotado para minimizar a interferência das plantas daninhas e otimizar o uso do solo, por meio da combinação de métodos preventivos de controle. A integração de métodos de controle:
(1) cultural (rotação de culturas, variação de espaçamento e uso de cobertura verde);
(2) mecânico ou físico (monda, capina manual, roçada, inundação, cobertura não viva e cultivo mecânico);
(3) controle biológico;
(4) controle químico tem como objetivo mitigar o impacto dessa interferência com o mínimo de dano ao meio ambiente.
O uso sucessivo de herbicidas do mesmo mecanismo de ação para o controle do mesmo alvo pode contribuir para o aumento da população da planta daninha alvo resistente a esse mecanismo de ação, levando a perda de eficiência do produto e um consequente prejuízo. Como prática de manejo de resistência de plantas daninhas e para evitar os problemas com a resistência, seguem algumas recomendações:
- Rotação de herbicidas com mecanismos de ação distintos do Grupo O para o controle do mesmo alvo, quando apropriado.
- Adotar outras práticas de controle de plantas daninhas seguindo as boas práticas agrícolas.
- Utilizar as recomendações de dose e modo de aplicação de acordo com a bula do produto.
- Sempre consultar um engenheiro agrônomo para o direcionamento das principais estratégias regionais para o manejo de resistência e a orientação técnica da aplicação de herbicidas.
- Informações sobre possíveis casos de resistência em plantas daninhas devem ser consultados e, ou, informados à: Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas (SBCPD: www.sbcpd.org), Associação Brasileira de Ação à Resistência de Plantas Daninhas aos Herbicidas (HRAC-BR: www.hrac-br.org), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA: www.agricultura.gov.br).
GRUPO O HERBICIDA
O produto herbicida é composto por dicamba, que apresenta mecanismo de ação dos mimetizadores da auxina, pertencente ao Grupo O, segundo classificação internacional do HRAC (Comitê de Ação à Resistência de Herbicidas).
Dicamba Técnico - Reg. 7408