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Lançados primeiros produtos de matriz “biobotânica”

“Além de 100% naturais, essas soluções concentram alta potência para controle de pragas e nutrição de culturas”


Foto: Pixabay

Os três primeiros bioprodutos de matriz biobotânica, desenvolvidos para controle de pragas na agricultura e bioestimulação em culturas agrícolas brasileiras, foram lançados no mercado recentemente. Valente (bioinseticida), Brutus (bionematicida) e Ânima (bioestimulante) introduzem a classe química dos triterpenoides, possuem mais de 300 compostos e foram lançados pela Openeem Bioscience.

“São produtos que além de não causar nenhum impacto desfavorável ao homem e ao meio ambiente, e preencher com excelência uma série de demandas fitossanitárias complexas do produtor, têm impacto positivo em todo sistema”, resume Gabriela Lindemann, CEO e fundadora da Openeem Bioscience. A ‘fonte’ de suprimento da manufatura dos primeiros produtos da empresa é uma floresta da ordem de 500 hectares, cultivada com a milenar árvore do Neem, na paraense São João de Pirabas.

“Além de 100% naturais, essas soluções concentram alta potência para controle de pragas e nutrição de culturas”, resume Gabriela. O bioinseticida Valente, por exemplo, ela esclarece, “age com eficácia comprovada” em soja, milho, café, citros, algodão e cana-de-açúcar. No alvo do produto estão percevejos, ácaros, mosca-branca, lagartas, tripes, cigarrinha, pulgões, brocas e o bicho-mineiro. Outras aplicações se estendem ao manejo integrado de pragas e manejo de resistência de inseticidas a pragas, acrescenta a CEO.

“Trata-se de solução com amplo espectro de controle, facilidade de manuseio e que não requer condições climáticas específicas para a aplicação. Estudos em nível de campo mostram que a correta utilização de Valente eleva ganhos de produtores de soja, milho e outras culturas, em produtividade e rentabilidade.”

Bionematicida e bioestimulante

Igualmente um produto multicultura, o bionematicida Brutus traz na composição fenois, taninos e flavonoides que causam ruptura de membranas de nematoides, pragas de alta complexidade que desafiam produtores, sobretudo os de soja, safra após safra, segundo enfatiza Gabriela Lindemann.

De acordo com ela, a formulação de Brutus potencializa a exsudação radicular de plantas. “Estimula aumento de microrganismos benéficos no solo. Estes, conferem equilíbrio e consequentemente a supressão de populações de nematoides. O produto pode ser aplicado associado a defensivos químicos e biológicos, sem restrição de mistura.”

Já o bioestimulante Ânima, complementa a executiva, contém alta concentração de carbono orgânico, além de 16 de 20 aminoácidos considerados essenciais ao desenvolvimento de plantas, a uma concentração de 20%. Pode, também, ser aplicado em todas as culturas agrícolas. “O produto fomenta processos fisiológicos, solubilidade e absorção de nutrientes, além de retardar o crescimento de bactérias responsáveis pela volatilização da ureia. Resulta no estabelecimento de plantas mais robustas e resistentes a intempéries ou estresse climático”, afirma Gabriela Lindemann.

Ainda de acordo com a executiva, a Openeem Bioscience colocará no mercado, em breve, outras quatro soluções biobotânicas. A expectativa da empresa é movimentar R$ 400 milhões em vendas até 2032, principalmente nas culturas de soja, milho, café, citros, algodão e cana-de-açúcar.

Conforme Gabriela, a árvore do Neem, que fornece as matérias-primas de base dos produtos da Openeem Bioscience, é originária da Burma e de regiões áridas da Índia. A planta tornou-se mundialmente conhecida por ser dotada de propriedades protetivas, registradas, inclusive, nas antigas escrituras Hindus.

 

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