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Greening cresce 56% nos cítricos

A história da agricultura é marcada por várias doenças devastadoras que afetaram plan


O HLB apresenta uma complexa dinâmica epidemiológica O HLB apresenta uma complexa dinâmica epidemiológica - Foto: Canva

A história da agricultura é marcada por várias doenças devastadoras que afetaram plantações, sendo o greening (ou Huanglongbing - HLB) uma das mais ameaçadoras para a citricultura mundial. Em 2023, a média de laranjeiras com sintomas de greening no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste de Minas Gerais atingiu 38,06%, impactando cerca de 77,22 milhões de árvores, o que representa um aumento de 56% em relação a 2022. Este foi o maior crescimento anual registrado desde 2008.

“O HLB é disseminado por um pequeno inseto, o psilídeo asiático Diaphorina citri, e tem sido um desafio para os citricultores em todo o mundo. Ao contrário de muitas outras doenças de plantas, o HLB apresenta uma complexa dinâmica epidemiológica, tornando seu controle ainda mais difícil. Enquanto em culturas anuais existe a possibilidade de reiniciar os cultivos a cada safra, nos citros, uma vez que uma árvore é infectada, pouco pode ser feito para salvá-la”, conta Antonio Coutinho, Diretor de Projetos na BRANDT BRASIL, empresa de inovação tecnológica focada em fisiologia, nutrição vegetal, biossoluções e tecnologia de aplicação.

Além do Brasil, o greening está presente em mais de 130 países, exceto na Europa. Para conter a doença, o governo dos EUA já investiu mais de US$ 2 bilhões. Para aprender com os esforços de contenção na Flórida, a BRANDT Brasil organizou uma viagem para que técnicos e citricultores brasileiros conhecessem as pesquisas e práticas adotadas pelos especialistas locais. Durante a visita, foram exploradas abordagens como injeções no tronco com antibióticos e o uso de telas para proteger as árvores do vetor do HLB.

A Dra. Ute Albrecht, da Universidade da Flórida, tem realizado testes com injeções de oxitetraciclina (OTC) no tronco de árvores cítricas, mostrando melhorias significativas na produtividade e qualidade dos frutos, oferecendo esperança contra o HLB. Outra estratégia é o uso de telas antiafídeos e aplicação de Brassinosteróides, com pesquisas do professor Fernando Alferez indicando árvores mais saudáveis e frutos de melhor qualidade. O Dr. Lukasz Stelinski e sua equipe estão investigando a modificação genética de plantas, apresentando resultados promissores com a introdução de genes específicos em cítricos transgênicos para controlar o vetor do HLB.
 

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