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Como identificar e combater o percevejo marrom

Percevejo marrom ataca ramos, hastes e vagens



Foto: Arquivo

O percevejo marrom (Euschistus heros) é um dos principais desafios enfrentados pelos sojicultores no Brasil. Com ampla distribuição geográfica e alta capacidade de adaptação, essa praga tem causado prejuízos à produção de soja e outras culturas. Em regiões mais quentes, o inseto encontra condições ideais para sua proliferação, comprometendo a qualidade e a produtividade das lavouras.

Medindo até 11 mm de comprimento, o percevejo marrom ataca ramos, hastes e vagens, sugando a seiva das plantas. Além disso, ele injeta toxinas que provocam a chamada “retenção foliar”, prejudicando a formação dos grãos. Estima-se que um único percevejo pode consumir até 30 kg de soja por hectare em 35 dias. Se a infestação atingir 10 insetos por hectare, a perda pode chegar a 2 toneladas.

Os agricultores enfrentam o desafio adicional da resistência do percevejo a alguns inseticidas. Isso reforça a necessidade de adotar o Manejo Integrado de Pragas (MIP), que combina estratégias de controle químico, biológico e cultural. O uso de fungos entomopatogênicos, como o Beauveria bassiana, e o parasitoide Telenomus podisi são exemplos de medidas biológicas eficazes.

Outra prática essencial é o monitoramento contínuo. Técnicas como o pano de batida permitem identificar infestações precocemente, garantindo a aplicação precisa de defensivos. O controle químico, embora necessário, deve ser utilizado de forma criteriosa, priorizando produtos seletivos e de carência curta, especialmente em produções para consumo verde.

 

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