Carvão da cana-de-açúcar: identificação no campo

De acordo com o engenheiro agrônomo João Vitor Araujo da Silva, o carvão da cana-de-açúcar é uma doença fúngica de fácil identificação visual no campo. Causada pelo fungo Sporisorium scitamineum, ela compromete o desenvolvimento da planta ao afetar diretamente o meristema apical, que é a região responsável pelo crescimento. O patógeno induz uma alteração no ciclo normal da cana, substituindo a formação de folhas por uma estrutura alongada e escura, conhecida como “chicote”, composta por milhões de esporos pretos.  

A principal função do chicote é facilitar a dispersão do fungo com o auxílio do vento, tornando-o altamente eficiente na contaminação de novas plantas. A presença dessa estrutura é um indicativo claro de infecção ativa e exige resposta imediata. Se não controlado a tempo, o carvão pode comprometer severamente a produtividade do canavial, já que reduz o vigor das plantas e favorece a disseminação do patógeno.  

A detecção precoce é essencial para conter o avanço da doença. Ao observar os primeiros sinais, o ideal é eliminar os focos de infecção e adotar medidas como o uso de mudas sadias, variedades resistentes e manejo adequado da brotação. A rotação de culturas e o controle da umidade também podem auxiliar na redução da incidência.  

Nesse contexto, a recomendação de João Vitor, por meio de publicação na rede social LinkedIn, reforça a importância de um acompanhamento técnico contínuo. Monitorar os canaviais com frequência e aplicar boas práticas agrícolas são ações fundamentais para evitar prejuízos causados por essa doença silenciosa, porém agressiva.