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Antracnose no feijão: manejo integrado é fundamental para evitar perdas

No Brasil, a doença afeta principalmente as regiões Sul e Sudeste



Foto: Arquivo

A antracnose, causada pelo fungo Colletotrichum lindemuthianum, é uma das doenças mais prejudiciais à cultura do feijoeiro, podendo levar a perdas totais da lavoura em condições favoráveis, como temperaturas moderadas e alta umidade. No Brasil, a doença afeta principalmente as regiões Sul e Sudeste, mas também é relatada em estados do Nordeste, evidenciando seu caráter cosmopolita.

Os sintomas são variados e podem ser observados em toda a parte aérea da planta. Desde lesões marrons em plântulas até manchas necróticas nas folhas e vagens, a antracnose reduz drasticamente a produtividade e deprecia os grãos para o mercado. Sementes infectadas representam o principal vetor de disseminação da doença, podendo iniciar epidemias em áreas inteiras.

Para controlar a antracnose, o manejo integrado é apontado como a solução mais eficiente. É essencial combinar diferentes estratégias, como o uso de sementes sadias, eliminação de restos culturais, rotação de culturas e aplicação criteriosa de fungicidas.  O controle químico, embora eficaz, enfrenta desafios devido à alta variabilidade genética do fungo, que pode reduzir a durabilidade da resistência de cultivares e a eficiência de fungicidas. Pesquisas recentes destacam a eficiência de produtos como piraclostrobina e propiconazol, mas alertam para a necessidade de rotacionar ingredientes ativos para evitar resistência do patógeno.

A produção de sementes em regiões semiáridas tem se mostrado uma alternativa promissora para mitigar a disseminação da doença. Além disso, o desenvolvimento de novas cultivares resistentes, com foco na variabilidade do fungo, é uma prioridade para pesquisadores e empresas do setor. Com o aumento da incidência de eventos climáticos extremos, especialistas ressaltam a importância de adotar práticas preventivas e integradas no manejo da antracnose. Sem manejo adequado, os riscos são imensos, tanto para a produção quanto para a segurança alimentar.

 

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