Quais são os modos de ação dos fungicidas?
Leia sobre os modos de ação dos fungicidas!
Escolher o produto correto para cada cenário é um passo fundamental para o controle químico na lavoura. Para o controle de fungos, existem diferentes fungicidas que atuam em diferentes áreas no organismo do patógeno. Vamos ler sobre como atuam os fungicidas, e mais abaixo na página você pode verificar todos os grupos e subgrupos de fungicidas.
Modo de ação dos fungicidas
O modo de ação se refere ao processo bioquímico inibido pelo fungicida, podendo ser a respiração, síntese da parede celular etc. Os subgrupos (dentro de um modo de ação) indicam o local específico de ação bioquímico.
A - Metabolismo de ácidos nucléicos
Esses fungicidas inibem a síntese de ácidos nucléicos (DNA e RNA), responsáveis pelo armazenamento e transmissão das informações genéticas do fungo.
B - Citoesqueleto e proteínas motoras
Esses fungicidas atuam impedindo a multiplicação celular, atuando na mitose e meiose, prejudicando o crescimento e desenvolvimento dos fungos.
C - Respiração
Esses fungicidas atuam na respiração mitocondrial, deixando o organismo do fungo sem ATP, principal produto da respiração.
D - Síntese de aminoácidos e proteínas
Esses fungicidas atuam na síntese de aminoácidos e consequentemente das proteínas.
E - Transdução de sinais
Esses fungicidas interrompem os processos de transdução de sinais nos organismos dos fungos, como por exemplo, os sinais osmóticos.
F - Síntese ou transporte de lipídeos e integridade ou função da membrana
Esses fungicidas inibem a síntese de lipídeos e membranas, resultando na desorganização e morte das células do fungo.
G - Biossíntese de esteróis em membrana
Esses fungicidas inibem a biossíntese de esteróis em membranas celulares, componentes importantes para o funcionamento dessas estruturas.
H - Biossíntese da parede celular
Esses fungicidas atuam na síntese de componentes como a celulose ou glucanas, importantes componentes da parede celular de oomicetos, inibindo assim a síntese da parede celular desses patógenos.
I - Síntese da melanina na parede celular
Esses fungicidas atuam inibindo a síntese da melanina na parede celular, o que auxilia a infecção fúngica na planta.
P - Indução de defesa da planta hospedeira
Esses fungicidas não causam efeitos nos patógenos, mas sim nas plantas, induzindo a defesa destas. Os fungicidas imitam sinais químicos das plantas que ativam os mecanismos de defesa (proteínas antifúngicas, parede celular mais espessa etc.), causando uma resposta da planta chamada de resistência sistêmica adquirida.
U - Modo de ação desconhecido
Esses fungicidas possuem o modo de ação desconhecido.
NC - Não classificado
São os fungicidas não classificados em nenhum grupo. São os óleos minerais, óleos orgânicos, sais inorgânicos, material de origem biológica etc.
M - Elementos químicos com atividade multissítios
Esses fungicidas causam efeitos (citados anteriormente) em dois ou mais sítios no organismo no fungo
BM - Biológicos com múltiplos modos de ação
Trata-se de fungicidas biológicos que causam efeitos (citados anteriormente) em dois ou mais sítios apresentados anteriormente. São divididos em:
Modo de ação | Sítio alvo e Código | Nome do grupo | Grupo químico ou biológico | Nome comum | Comentários |
A - metabolismo de ácidos nucleicos | A1 - RNA polimerase I | PA - fungicidas (Fenilamidas) | acilalaninas | benalaxil benalaxil-M (=kiralaxil) furalaxil metalaxil metalaxil-M (=mefenoxam) | Resistência e resistência cruzada bem conhecidas em vários Oomicetos, porém, mecanismo desconhecido. |
oxazolidinonas | oxadixil | ||||
butirolactonas | ofurace | ||||
A2 - adenosina-deaminase | hidroxi- (2-amino-) pirimidinas | hidroxi- (2-amino-) pirimidinas | bupirimato dimetirimol etirimol | Risco médio. Resistência e resistência cruzada conhecida em oídios. Manejo da resistência necessário. | |
A3 - DNA/RNA síntese (proposta) | heteroaromáticos | isoxazóis | himexazol | Resistência desconhecida | |
isotiazolonas | octilinona | ||||
A4 - DNA topoisomerase tipo II (girase) | Ácidos carboxílicos | ácidos carboxílicos | ácido oxolínico | Bactericida. Resistência conhecida. Risco em fungos desconhecido. Manejo da resistência necessário. | |
A5 - Inibição da diidroorotato desidrogenase na biossíntese de novo de pirimidina | DHODHI fungicidas | Fenil-propanol | Iplufenoquina | Médio a alto risco. | |
B - Citoesqueleto e proteína motora |
B1 Polimerização de tubulina | MBC - fungicidas (Metil Benzimidazol Carbamatos) | Benzimidazóis | benomil carbendazim fuberidazol tiabendazol |
Resistência conhecida em várias espécies de fungos. Alto risco. Consulte as Orientações FRAC para Benzimidazol para manejo de resistência. |
Tiofanatos | Tiofanato Tiofanato metílico | ||||
B2 - Polimerização da tubulina | N-fenil carbamatos | N-fenil carbamatos | dietofencarbe |
Resistência cruzada negativa para benzimidazóis. Alto risco. Manejo de resistência necessário |
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B3 - Polimerização da tubulina | benzamidas | toluamidas | zoxamida | Risco baixo a médio. Manejo de resistência necessário | |
tiazol carboxamida | etilamino-tiazol-carboxamide | etaboxam | |||
B4 - Divisão celular (local desconhecido) | Fenilureias | Fenilureias | penicurom | Resistência desconhecida. | |
B5 - deslocalização de proteínas semelhantes a espectrina | benzamidas | piridinilmetil - benzamidas | fluopicolida fluopimomida | Isolados resistentes detectados em míldio da videira. Risco médio. Manejo de resistência necessário. | |
B6 - Função da actina / miosina / fimbrina | cianoacrilatos | aminocianoacrilatos | fenamacril | Resistência conhecida em Fusarium graminearum. Risco médio a alto. Manejo de resistência necessário | |
aril-fenil-cetonas | benzofenona | metrafenona | Isolados menos sensíveis detectados em oídios (Blumeria e Sphaerotheca) Risco médio. Manejo de resistência necessário | ||
benzolpiridina | piriofenone | ||||
B7 - Modulador da dinâmica da tubulina | Piridazina | Piridazina | Piridaclometil | Alto risco. | |
C - Respiração | C1 - complexo I NADH oxido-redutase | pirimidinaminas | pirimidinaminas | diflumetorim | Resistência desconhecida |
pirazol-MET1 | pirazol-5-carboxamidas | tolfenpirad | |||
quinazolina | quinazolina | fenazaquina | |||
C2 - complexo II: succinato-desidrogenase | SDHI (inibidores de succinato-desidrogenase) | fenil-benzamidas | benodanil flutolanil mepronil |
Resistência conhecida para diversas espécies de fungos. Manejo de resistência necessário. Risco médio a alto. Consulte as orientações FRAC SDHI para manejo da resistência, |
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fenil-oxo-etil tiofeno amida | isofetamid | ||||
piridinil-etil-benzamidas | fluopiram | ||||
fenil-ciclobutil-piridina-amida | ciclobutrifluram | ||||
furan-carboxamidas | fenfuram | ||||
oxatiina-carboxamidas | carboxina oxicarboxina |
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tiazol-carboxamidas | tifluzamida | ||||
pirazol-4-carboxamidas | benzovindiflupir bixafen fluindapir fluxapiroxade furametpir inpirfluxam isopirazam penflufen pentiopirade sedaxane |
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N-ciclopropil-N-benzil-pirazol-carboxamidas | isoflucipram | ||||
N-metoxi-(fenil-etil)-pirazol-carboxamidas | pidiflumetofen | ||||
piridina-carboxamidas | boscalid | ||||
pirazina-carboxamidas | piraziflumid | ||||
C3 - complexo III: citocromo bc1 (ubiquinol oxidase) no sítio Qo (cyt b gene) | Qol-fungicidas (inibidores da quinona externa) | metoxi-acrilatos | azoxistrobina coumoxistrobina enoxastrobina flufenoxistrobina picoxistrobina piraoxistrobina |
Resistência conhecida em várias espécies de fungos. Alto risco. Consulte as orientações FRAC Qol para manejo da resistência. |
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metoxi-acetamida | mandestrobina | ||||
metoxi-carbamatos | piraclostrobina pirametostrobina triclopiricarbe |
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oximino-acetatos | cresoxim-metil trifloxistrobina | ||||
oximino-acetamidas | dimoxistrobina fenaminstrobina metominostrobina orisastrobina |
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oxazolidina-dionas | famoxadona | ||||
dihidro-dioxazinas | fluoxastrobina | ||||
imidazolinonas | fenamidana | ||||
benzil-carbamatos | piribencarbe | ||||
Qol-fungicidas (inibidores da quinona externa; subgrupo A) | tetrazolinonas | metiltetraprole |
Resistência desconhecida. Alto risco. Consulte as Orientações FRAC Qol para manejo da resistência |
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C4 - complexo III: citocromo bc1 (ubiquinone redutase) no sítio Qi | Qil - fungicidas (inibidores internos da quinona) | ciano-imidazol | ciazofamid |
Risco de resistência desconhecido, porém, presumidamente médio a alto. Manejo de resistência necessário. Nenhuma sobreposição de espectros com fungicidas para Oomicetos, ciazofamid e amisulbrom |
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sulfamoil-triazol | amisulbrom | ||||
picolinamidas | fenpicoxamida florilpicoxamida |
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C5 - desacopladores de fosforilação oxidativa | dinitrofenil-crotonatos | binapacryl meptildinocap dinocap |
Resistência desconhecida. Também atividade acaricida. | ||
2,6-dinitro-anilinas | fluazinam | Baixo risco. Resistência considerada em Botrytis no Japão. | |||
(pir.-hidrazonas) | (ferimzona) | Reclassificado para U14 em 2012. | |||
C6 - inibidores de fosforilação oxidativa, ATP sintase | Compostos organoestanho | Compostos tri-fenil estanho | acetato de fentina cloreto de fentina hidróxido de fentina |
Alguns casos de resistência conhecidos. Risco baixo a médio. | |
C7 - transporte de ATP (proposta) | Tiofeno-carboxamidas | tiofeno-carboxamidas | siltiofam | Resistência relatada. Risco baixo. | |
C8 - complexo III: citocromo bc1 (ubiquinona redutase) em Qo, ligação ao sub-sítio da estigmatelina | QoSl fungicidas (inibidor da quinona externa, tipo de ligação ao estigmatelina) | triazol-pirimidilamina | ametoctradina |
Nenhuma resistência cruzada com fungicidas Qol. Risco de resistência presumidamente médio a alto. Manejo de resistência necessário. |
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D - síntese de aminoácidos e proteínas | D1 - biossíntese da metionina (proposta) (gene cgs) | AP - fungicidas (Anilino-Pirimidinas) | anilino-pirimidinas | ciprodinil mepanipirim pirimetanil |
Resistência conhecida em Botrytis e Venturia, espiradicamente em Oculimacula. Risco médio. Consulte as orientações FRAC para Anilinopirimidina para manejo da resistência. |
D2 - Síntese de proteína (ribossomo, fase de terminação) | Ácido enopiranourônico antibiótico | Ácido enopiranourônico antibiótico | blasticidina-S | Risco baixo a médio. Manejo de resistência necessário. | |
D3 - Síntese da proteína (ribossomo, fase de início) | hexopiranosil antibiótico | hexopiranosil antibiótico | casugamicina |
Resistência conhecida em patógenos fúngicos e bacterianos. Risco médio. Manejo de resistência necessário. |
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D4 - Síntese da proteína (ribossomo, fase de início) | glucopiranosil antibiótico | glucopiranosil antibiótico | estreptomicina |
Bactericida. Resistência conhecida. Risco alto. Manejo de resistência necessário. |
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D5 - Síntese da proteína (ribossomo, fase de alongamento) | tetracycline antibiótico | tetracycline antibiótico | oxytetraciclina |
Bactericida. Resistência conhecida. Risco alto. Manejo de resistência necessário. |
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E - Transdução de sinal | E1 - Transdução de sinal (mecanismo desconhecido) | aza-naftalenos | ariloxiquinolina | quinoxifeno |
Resistência a quinxifeno conhecida. Risco médio. Manejo de resistência necessário. Resistência cruzada encontrada em Erysiphe (Uncinula) necator, porém, não em Blumeria graminis. |
quinazolinona | proquinazida | ||||
E2 - MAP / Histidina - Quinase em transdução osmótica de sinal (os-2, HOG1) | PP-fungicidas (fenilpirróis) | Fenilpirróis | fenpiclonil fludioxonil |
Resistência encontrada esporadicamente, mecanismo especulativo. Risco baixo a médio. Manejo de resistência necessário. |
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E3 - MAP / Histidina-Quinase em transdução osmótica de sinal (os-1, Daf1) | dicarboximidas | dicarboximidas | clozolinato dimetaclona iprodiona procimidona vinclozolina |
Resistência comum em Botrytis e em alguns patógenos. Resistência cruzada comum entre membros do grupo. Risco médio a alto. Consulte as Orientações FRAC para Dicarboximida para manejo da resistência. |
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F - síntese de lipídios ou transporte / integridade ou função da membrana | F1 | Anteriormente dicarboximidas | |||
F2 - Biossíntese de fosfolipídeos, metiltransferase | fósforo - tiolatos | fósforo - tiolatos | edifenfos ibropenfos (IBP) pirazofos |
Resistência conhecida em fungos específicos. Risco baixo a médio. Manejo da resistência necessário se usada para patógenos de risco. |
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ditiolanos | ditiolanos | isoprotiolane | |||
F3 - peroxidação celular (proposta) | AH - fungicidas (Hidrocarbonetos aromáticos) (clorofeni, nitroanilinas) | Hidrocarbonetos aromáticos | bifenil cloroneb dicloran quintozeno (PCNB) tecnazeno (TCNB) tolclofos-metil |
Resistência conhecida em alguns fungos. Risco baixo a médio. |
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heteroaromáticos | 1,2,4-tiadiazóis | etridiazol | |||
F4 - permeabilidade da membrana celular, ácidos graxos (proposta) | carbamatos | carbamatos | iodocarb propamocarb protiocarb |
Risco baixo a médio. Manejo de resistência necessário. |
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F5 | Anteriormente fungicidas CAA | ||||
F6 - Disruptores microbianos de membranas celulares do patógeno. | Anteriormente cepas Bacillus amyloliquefaciens. | ||||
F7 Desregulação da membrana celular | Anteriormente extrato de Melaleuca alternifolia (óleo de árvore de chá) e óleos vegetais (eugenol, geraniol, timol) | ||||
F8 - Ligação do ergosterol | Polieno | antibiótico antifúngico macrolídeo anfotérico de Streptomyces natalensis ou S. chattanoogensis. |
natamicina (piramicina) | Resistência desconhecida. Usos agrícolas, alimentares e medicinais tópicos. | |
F9 - Homeostase lipídica e transferência / armazenamento | OSBPI proteína de ligação ao oxisterol inibição homóloga | piperidinil-tiazol-isoxazolinas | oxatiapiprolina fluoxapiprolina |
Risco de resistência presumidamente médio a alto (inibidor de sítio específico). Manejo de resistência necessário. |
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F10 - Interação com a fração lipídica da membrana celular, com múltiplos efeitos na integridade da membrana celular | Fragmento de proteína | Polipeptídeo | Polipeptídeo | Resistência desconhecida. | |
G - biossíntese de esteróis em membranas | G1 - C14-desmetilase em biossíntese de esteróis |
DMI - fungicidas (inibidores da desmetilação) (SBI: Classe I) |
piperazinas | triforina |
Existem grandes diferenças no espectro de atividades de fungicidas DMI. Resistência é conhecida em várias espécies de fungos. É geralmente recomendado aceitar que resistência cruzada está presente entre fungicidas DMI ativos contra os mesmos fungos. Fungicidas DMI são Inibidores da Biossíntese de Esteróis (SBIs), porém não demonstram qualquer resistência cruzada com outras classes de SBI. Risco médio. Consulte as Orientações FRAC SBI para manejo da resistência. |
piridinas | pirifenox pirisoxasol |
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pirimidinas | fenrimol nuarimol |
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imidazóis | imazalil oxpoconazol pefurazoato procloraz triflumizol |
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triazóis / triazolintionas | azaconazol bitertanol, bromuconazol, ciproconazol, difenoconazol, diniconazol, epoxiconazol, etaconazol, fenbuconazol, fluquinconazol, flusilazol, flutriafol hexaconazol, imibenconazol, ipconazol, mefentrifluconazol, metconazol, miclobutanil, penconazol, propiconazol, simeconazol, tebuconazol, tetraconazol, triadimefon, triadimenol, triticonazol, protioconazol |
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G2 - Δ 14-redutase e Δ8→Δ7- isomerase na biossíntese de esteróis |
aminas (morfolinas) (SBI: Classe II) |
morfolinas | aldimorfo dodemorfo fenpropimorfe tridemorfo |
Sensibilidade reduzida para oídios. Resistência cruzada dentro do grupo geralmente encontrada, porém, não a outras classes SBI. Risco baixo a médio. Consulte as Orientações FRAC SBI para manejo da resistência. |
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piperidinas | fenpropidina piperalina |
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espirocetal - aminas | espiroxamina | ||||
G3 - 3-ceto-redutase, C4-desmetilação |
KRI fungicidas (Inibidores da ceto-redutase) (SBI: Classe III) |
hidroxianilidas | fenhexamida |
Risco baixo a médio. Manejo de resistência necessário. |
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amino-pirazolinona | fenpirazamina | ||||
G4 - esqualeno-epoxidase na biossíntese de esteróis | (SBI: Classe IV) | tiocarbamatos | piributicarbe | Resistência desconhecida, atividade fúngica e herbicida. | |
allylaminas | naftifina terbinafina |
Fungicidas medicinais somente. | |||
H - biossíntese da parede celular | H3 | Anteriormente glucopiranosil antibiótico (validamicin) | Reclassificado para U18 | ||
H4 - Quitina sintase | polioxinas | nucleósido peptidil pirimidina | polioxin |
Resistência conhecida. Risco médio. Manejo de resistência necessário. |
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H5 - Celulose sintase | CAA - fungicidas (amidas de ácido carboxílico) | amidas de ácido cinâmico | dimetomorfe flumorfe pirimorfe |
Resistência conhecida em Plasmopara viticola, porém, não em Phytophthora infestans. Resistência cruzada entre todos os membros do grupo CAA. Risco baixo a médio. Consulte as Orientações FRAC CAA para manejo da resistência |
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carbamatos de valinamida | bentiavalicarbe iprovalicarbe valifenalato |
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amidas de ácido mandélico | mandiopropamida | ||||
I - síntese da melanina na parede celular | I1 - Redutase na biossíntese da melanina | MBI-R (Inibidores da biossíntese da melanina - Redutase) | isobenzo-furanone | ftalida | Resistência desconhecida |
pirrol-quinolinona | piroquilon | ||||
triazolobenzotiazol | triciclazol | ||||
I2 - Desidratase na biossíntese da melanina | MBI-D (Inibidores da biossíntese da melanina - Desidratase) | ciclopropano-carboxamida | carpropamida |
Resistência desconhecida. Risco médio. Manejo de resistência desnecessário. |
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carboxamida | diclocimet | ||||
propionamida | fenoxanil | ||||
I3 - Policetídeo sintase na biossíntese da melanina | MBI-P (Inibidores da biossíntese da melanina - policetídeo sintase) | trifluoretil-carbamato | tolprocarbe |
Resistência desconhecida. Atividade adicional contra bactérias e fungos através da indução de defesa da planta hospedeira. |
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P - indução de defesa da planta hospedeira | P01 - relacionado ao salicilato | benzotiadiazol (BTH) | benzo-tiadiazol (BTH) | acibenzolar-S-methil | Resistência desconhecida. |
P02 - Relacionado ao salicilato | benzisotiazol | benzisotiazol | probenazol (também atividades antibacteriana e antifúngica) | Resistência desconhecida. | |
P03 - relacionado ao salicilato | tiadiazol - carboxamida | tiadiazol - carboxamida | tiadinil isotianil |
Resistência desconhecida. | |
P04 - elicitores de polissacarídeos | Composto natural | Polissacarídeos | laminarin | Resistência desconhecida. | |
P05 - elicitores de antraquinona | Extrato vegetal | Mistura complexa, extrato de etanol (antraquinonas, resveratrol) | Extrato de Reinoutria sachalinensis (erva-do-mato gigante) | Resistência desconhecida. | |
P06 - elicitores microbianos | microbiano | bacteriano Bacillus spp. | Bacillus mycoides isolado J. | Resistência desconhecida. | |
fúngico Saccharomyces spp. | Paredes celulares de Saccharomyces cerevisiae cepa LAS117. | ||||
P07 - Fosfonatos | Fosfonatos | Etil fosfonatos | fosetil-Al |
Poucos casos de resistência relatados em alguns patógenos. Risco baixo. Reclassificado de U33 em 2018 |
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Ácido fosforoso e sais | |||||
P08 - relacionado ao salicilato | isotiazol | isotiazolilmetir eter | diclobentiazox |
Ativa SAR tanto para baixo quanto para cima de SA. Resistência desconhecida. |
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U - modo de ação desconhecido. | Desconhecido | cianoacetamida-oxima | cyanoacetamide-oxime | cimoxanil |
Alegações de resistência descritas. Risco médio a baixo. Manejo de resistência necessário. |
Anteriormente fosfonatos (FRAC código 33), reclassificado para P07 em 2018. | |||||
Desconhecido | ácidos ftalâmicos | ácidos ftalâmicos | tecloftalam (Bactericida) | Resistência desconhecida. | |
Desconhecido | benzotriazinas | benzotriazinas | triazóxido | Resistência desconhecida. | |
Desconhecido | benzeno - sulfonamidas | benzeno - sulfonamidas | flusulfamida | Resistência desconhecida. | |
Desconhecido | piridazinonas | piridazinonas | diclomezina | Resistência desconhecida. | |
Anteriormente metassulfocarbe (FRAC código 42), reclassificado para M12 em 2018. | |||||
Desconhecido | fenil-acetamida | fenil-acetamida | ciflufenamida |
Resistência em Sphaerotheca. Manejo de resistência necessário. |
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Desruptor da membrana celular (proposta) | guanidinas | guanidinas | dodine |
Resistência conhecida em Venturia inaequalis. Risco baixo a médio. Manejo de resistência recomendado. |
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Desconhecido | tiazolidina | ciano-metileno-tiazolidinas | flutianil |
Resistência em Sphaerotheca e Podosphaera xanthii. Manejo de resistência necessário. |
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Desconhecido | pirimidinona - hidrazonas | pirimidinona - hidrazonas | ferimzone | Resistência desconhecida (anteriormente C5). | |
complexo III: citocromo bc1, sítio de ligação desconhecido (proposta) | 4-quinolil-acetate | 4-quinolil-acetatos | tebufloquina |
Sem resistência cruzada com Qol. Risco de resistência desconhecido, porém, assume-se como médio. Manejo de resistência necessário. |
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Desconhecido | tetrazoliloxima | tetrazoliloximas | picarbutrazox | Resistência desconhecida. Sem resistência cruzada a PA, Qol, CAA. | |
Desconhecido (inibidor de trealase) | antibiótico glucopiranosil | antibióticos glucopiranosil | validamicina |
Resistência desconhecida. Indução da defesa da planta hospedeira. |
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Não especificado | Desconhecido | Diverso | Diverso | Óleos minerais, óleos orgânicos, sais inorgânicos, material de origem biológica. | Resistência desconhecida. |
M - elementos químicos com atividade multissítio | Atividade de contato multissítio | Inorgânico (eletrófilos) | Inorgânico | Cobre (sais diferentes) | Geralmente considerado grupo de baixo risco sem qualquer sinal de resistência a fungicidas sendo desenvolvida. |
Inorgânico (eletrófilos) | Inorgânico | Enxofre | |||
ditiocarbamatos e relativos (eletrófilos) | ditiocarbamatos e relativos | amobam ferbam mancozeb maneb metiram propineb tirame zinco tiazol zineb ziram |
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ftalimidas (eletrófilos) | ftalimidas | captan captafol folpet |
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cloronitrilas (ftalonitrilas) (mecanismo não especificado) | cloronitrilas (ftalonitrilas) | clorotalonil | |||
sulfamidas (eletrófilos) | sulfamidas | diclofluanida tolifluanida |
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bis-guanidinas (desreguladores de membrana, detergentes) | bis-guanidinas | guazatina iminoctadina |
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triazinas (mecanismo não especificado) | triazinas | anilazina | |||
quinonas (antraquinonas) (eletrófilos) | quinonas (antraquinonas) | ditianon | |||
quinoxalinas (eletrófilos) | quinoxalinas | chinometionato / quinometionato | |||
maleimide (eletrófilos) | maleimide | fluoroimida | |||
tiocarbamato (eletrófilos) | tiocarbamato | metasulfocarbe | |||
BM: elementos biológicos com múltiplos modos de ação: extratos vegetais | Múltiplos efeitos em transportadores de membrana iônica; efeitos quelantes | Extrato vegetal | Polipeptídeo (lectina) | extrato de cotilédones de plântulas de tremoço ("BLAD") | Resistência desconhecida (anteriormente M12). |
Afeta esporos fúngicos e tubos germinativos, defesa da planta induzida | Extrato vegetal | Fenóis, sesquiterpenos, triterpenóides, cumarinas | Extrato de Swinglea glutinosa | Resistência desconhecida. | |
Desregulação da membrana celular, parede celular, mecanismos de defesa induzida da planta. | Extrato vegetal | hidrocarbonetos de terpeno, álcoois de terpeno e fenóis de terpeno | Extrato de Melaleuca alternifolia (óleo do chá de árvore) | Resistência desconhecida | |
Óleos vegetais (misturas): eugenol, geraniol, timol. | |||||
BM: elementos biológicos com múltiplos modos de ação: Microbiano | Múltiplos efeitos (nem todos se aplicam a todos os grupos): competição, parasitismo, antibiose, defesa induzida da planta etc. | microbiano (cepas de micróbios vivos ou extrato, metabólitos) | fungo Trichoderma spp. | Trichoderma atroviride cepas I-1237, LU132, SC1, SKT-1 e 77B |
Nomenclatura mudou de Gliocladium catenulatum para Clonostachys rosea Resistência desconhecida Bacillus amyloliquefaciens reclassificado de F6, Código 44 em 2020 Sinônimos de Bacillus amyloliquefaciens são Bacillus subtilis e B. subtilis var. amyloliquefaciens (classificação taxonômica anterior).
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Trichoderma asperellum cepas T34 e kd | |||||
Trichoderma harzianum cepa T-22 | |||||
Trichoderma virens cepa G-41 | |||||
fungo Clonostachys spp. | Clonostachys rosea cepas J1446 CR-7 | ||||
fungo Coniothyrium spp. | Coniothyrium minitans cepa CON/M/91-08 | ||||
fungo Talaromyces spp. | Talaromyces flavus cepa SAY-Y-94-01 | ||||
fungo Saccharomyces spp. | Saccharomyces cerevisae cepas LAS02 e DDSF623 | ||||
bactéria Bacillus spp. | Bacillus amyloliquefaciens cepas QST713, FZB24, MBI600, D747, F727 e AT-332. | ||||
Bacillus subtilis cepas AFS032321, Y1336 e HAI-0404 | |||||
bactéria Erwinia spp. (petídeo) | PHC25279 | ||||
bactéria Pseudomonas spp. | G. cerinus strain BC18B Pseudomonas chlororaphis cepa AFS009. | ||||
bactéria Streptomyces spp. | Streptomyces griseovirides cepa K61 | ||||
Streptomyces lydicus cepa WYEC108 |
Fonte: COMITÊ DE AÇÃO A RESISTÊNCIA A FUNGICIDAS - FRAC.
Anderson Wolf Machado - Engenheiro Agrônomo
Referências:
COMITÊ DE AÇÃO A RESISTÊNCIA A FUNGICIDAS - FRAC. 2022.. Disponível em: https://irac-online.org/documents/classificacao-do-modo-de-acao. Acesso em: 12 dez. 2023.