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Workshop discute sanidade animal e agricultura sustentável

Fepagro promoveu seu primeiro Workshop de Pós-graduação, uma oportunidade para que estudantes apresentem seus projetos



A Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) promoveu, nesta quarta-feira (19), seu primeiro Workshop de Pós-graduação, uma oportunidade para que estudantes dos cursos de pós-graduação mantidos pela Fundação apresentem seus projetos de pesquisa. A Fepagro oferece o mestrado em Saúde Animal no Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, em Eldorado do Sul, e é parceira da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) na especialização em Agricultura e Sustentabilidade, unidade Cachoeira do Sul.

Agricultura sustentável

A pós-graduanda Letícia Rutz Dewantier da Cruz apresentou os resultados de seu trabalho de conclusão de curso, que avaliou o desenvolvimento e a qualidade de hastes florais de gladíolos cultivados com Trichoderma sp., fungo que inibe o crescimento de doenças nas plantas, e vermicomposto em substrato. “Com a adição do Trichoderma e do vermicomposto no substrato, procuramos diminuir uso de insumos químicos, antecipar o ciclo da planta e, por consequência, aumentar renda do produtor”, detalhou.

Dos quatro tipos de tratamento que Letícia utilizou, o desenvolvimento e a qualidade das hastes florais de gladíolo foram favorecidos pelo uso do vermicomposto na concentração de 40%, adicionado ao substrato padrão, composto por 50% de solo e 50% de substrato comercial. Não se observou diferenças significativas com a inclusão do Trichoderma no substrato.

Ricardo Silva de Lara mostrou seu trabalho de conclusão de curso, sobre insumos alternativos no controle de ácaros e doenças fúngicas no cultivo do morangueiro. Ele avaliou a eficácia de do óleo de nim e da calda bordalesa no controle dessas doenças e na repelência dos ácaros. “Os resultados do projeto sugerem que a aplicação quinzenal de calda bordalesa, a alternância semanal com óleo de nim e a limpeza das plantas são insumos com potencial para a prevenção de doenças por fungos e redução populacional de ácaros no cultivo de morangueiro”, destacou.

Sanidade animal

A mestranda Bárbara Conte Weck apresentou resultados da investigação que vem conduzindo para sua dissertação, que mapeia a ocorrência de febre maculosa no Rio Grande do Sul. A estudante visitou três regiões do estado com casos registrados de febre maculosa para analisar os carrapatos do local e as espécies de Rickettsia, as bactérias que causam a doença. “Encontramos, pela primeira vez no Brasil, a espécie Rickettsia parkeri”, informou. A descoberta foi encaminhada e reconhecida pelo Ministério da Saúde.

A dissertação também terá as primeiras informações a respeito da febre maculosa no Rio Grande do Sul, com relatos sobre os primeiros casos registrados no Pampa. “A intenção é que as informações sejam usadas para a elaboração de material informativo para a população dessas regiões”, concluiu Bárbara.

João Juliano Pinheiro mostrou resultados parciais de seu projeto de mestrado, que investiga a ocorrência de genes de virulência em Escherichia coli isolada de carcaças em diferentes etapas do abate de frangos e sua relação com as condenações. Ele coletou amostras de carcaças de frango em sete pontos diferentes do abate e mais a água do tanque de escalda. “Ainda estamos testando os lotes, mas em 40% dos isolados testados foram confirmados casos de APEC, que é uma forma de E. coli patogênica para aves”, explicou.

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