Trabalho infantil na mira do setor do tabaco
SindiTabaco (Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco) celebra 2º ano do Programa Crescer Legal
Já em seu primeiro ano, o programa impactou milhares de famílias e comunidades e, em 2012, não foi diferente. Por meio de uma extensiva campanha de mídia, os produtores receberam dicas e informações sobre segurança e saúde do produtor nas etapas de produção do tabaco, assim como sobre os benefícios da educação para os filhos dos produtores integrados. Foram veiculados, somente no ano de 2012, nos três estados da região sul, mais de 6,2 mil anúncios, em 149 veículos de comunicação, entre os quais TV, rádio e jornais. Em 2012, o 4º Ciclo de Conscientização reuniu mais de 3 mil participantes em oito municípios da Região Sul do país. Em 2013, o 5º Ciclo inicia no mês de junho, em Santa Catarina.
No âmbito escolar, a parceria com a Escola Família Agrícola, firmada em 2011, foi renovada em 2012, com ampliação de bolsas escolares. Iniciativas individuais das empresas também contribuíram no balanço de ações, proporcionando aos filhos de produtores alternativas educacionais e de lazer no contraturno escolar. Além disso, a capacitação de toda a equipe de campo das empresas associadas foi um dos grandes passos dados na direção do objetivo do programa. Cerca de 1.300 técnicos foram treinados, com a participação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), visando torna-los agentes de mudança e líderes em suas comunidades.
Na região Sul do Brasil, o tabaco está presente em 656 municípios e gerou mais de R$ 4,6 bilhões de receita a 165 mil produtores. No Rio Grande do Sul, estado que concentra 53% da produção de tabaco no país, o índice de trabalho infantil no setor reduziu 58%, segundo dados do último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Para o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, crianças e adolescentes precisam ter seus direitos preservados. “Já estamos colhendo resultados positivos e vamos continuar trabalhando no sentido de erradicar completamente o trabalho infantil deste importante segmento do agronegócio”, avalia.