Suinocultores do Sul do país temem quebra-quebra
Alta do milho deve levar produtores à falência
O setor de suinocultura no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, região que é responsável pela maior parte da produção para consumo doméstico e exterior, emitiu um alerta que deve gerar preocupação. De acordo com a Associação Catarinense de Criadores Suínos (ACSS), a suinocultura nos três estados está muito próxima de um quebra-quebra em função dos altos custos. A previsão é de que muitas falências aconteçam nos próximos dias.
Os prejuízos contabilizados pela associação catarinense chega a R$ 100 por animal de 100 quilos. Com isso, há produtores que já consideram abandonar as atividades em até 40 dias. O principal motivo das dificuldades é apontado pela CSS como o preço do milho, principal insumo dos suinocultores, acima de R$ 50 a saca nos três estados e a falta de crédito.
No Rio Grande do Sul, o problema é considerado menos grave pela oferta maior de milho e há uma perspectiva de recuperação no setor nos segundo semestre do ano, mas algumas falências em terras gaúchas também devem acontecer. "O setor deve se reequilibrar, mas vai ficar gente pelo caminho, que não vai conseguir arcar com os prejuízos até a estabilidade voltar", explica Mauro Antonio Gobbi, vice-presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul.