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Produtores dos EUA contestam projeções do USDA para safra 2015/16

A informação foi passada a um grupo de técnicos e produtores da Cocamar




Produtores norte-americanos de soja e milho da Região do Meio Oeste contestam o último relatório sobre o andamento da safra de grãos divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Segundo eles, a quebra de produtividade pode ser superior a que vem sendo divulgada.


A informação foi passada a um grupo de técnicos e produtores da Cocamar (Maringá/PR) que realiza viagem técnica naquele país desde a última segunda-feira (31.08). Visitando propriedades rurais, cooperativas e empresas do agronegócio, os brasileiros se depararam com contradições. 

No último relatório, liberado pelo USDA no dia 12 de agosto, as projeções de produtividade das lavouras foram revisadas para cima, além de estimar uma relação mais folgada entre estoques e demanda. A informação acabou influindo nas cotações das commodities em todo o mundo, provocando ainda mais desvalorizações.


Porém, no estado de Illinois (uma das principais regiões de soja e milho no país) os produtores visitados afirmaram aos representantes da Cocamar que os danos nas lavouras podem ser maiores que os projetados pelo Departamento. Segundo Jeff Fischer, dono de 600 hectares em Champaign, as chuvas intensas na fase de plantio causaram inundação, e as perdas podem ficar entre 5 a 10%, com produtividade ao redor de 60 a 70 sacas de soja e de 220 a 240 sacas de milho por hectare. 

O vizinho Randy Schertiz, que cultiva 800 hectares, também diz não confiar nos relatórios do USDA. Acredita que, por causa dos mesmos problemas, a safra norte-americana será menor que a que está sendo anunciada. Ele ainda não vendeu sua produção e espera que as cotações voltem a subir com possíveis correções apontando perdas maiores nos próximos relatórios. Além disso, espera pelo andamento da safra na América do Sul, que começa a ser semeada neste mês. 


Nos contatos mantidos pelo grupo da Cocamar com dirigentes de empresas e cooperativas – entre elas a “The Andersons Grain Group”, do Illinois, também foi constatado descrédito nas informações oficiais. A informação é do engenheiro agrônomo Emerson Nunes, coordenador técnico de culturas anuais da Cocamar, integrante da delegação.
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