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Parque citrícola tem 2% de área com pomares abandonados

Censo feito pelo Fundecitrus aponta 9.953 hectares de citros com alta infestação de pragas



Censo feito pelo Fundecitrus aponta 9.953 hectares de citros com alta infestação de pragas e em más condições

O parque citrícola, formado por municípios de São Paulo e do Triângulo e Sudoeste Mineiro tem 9.953 hectares de pomares de citros abandonados, o que corresponde a 2% de sua área total, de acordo com o censo da citricultura, realizado pelo Fundo de Defesa da Citricultura – Fundecitrus. 

Estas áreas representam risco aos pomares sadios e produtivos devido à alta incidência de pragas e doenças, por estarem sem tratos culturais, com frutas apodrecidas no chão, mato alto, plantas com galhos secos ou mortas.

A macrorregião Centro é a mais afetada pela presença desses pomares. Nela, estão as regiões de Duartina, primeira colocada do abandono com 1.889 hectares (3% de sua área), e Matão com 1.353 ha (2%) abandonados, além de Brotas, que tem a maior área abandonada proporcional ao seu tamanho, com 1.339 ha (mais de 5%).

O Triângulo Mineiro é a macrorregião com menor área de pomares abandonados ou em más condições, com 0,88% do seu território nestes estados. 

O parque citrícola tem outros 24.672 hectares (5,5%) em condições ruins, com deficiência de tratos culturais, plantas com produtividade em baixa e manejo inadequado de pragas e doenças. Neste quesito, a região de Limeira está disparada na frente com 6.517 ha em mau estado, representando 14% da sua área. Seguida pela região de Porto Ferreira, com 3.674 ha (9%) e Brotas com 2.858 ha (12%).  

De acordo com o gerente geral do Fundecitrus, Antonio Juliano Ayres, estes pomares representam um grande risco para a citricultura. “Essas plantações servem de constante fonte de doença e criadouro de pragas, sobretudo do psilídeo, transmissor do HLB (greening). Eles devem ser erradicados porque prejudicam os citricultores que estão cuidando de seus pomares e desenvolvendo um bom trabalho”, afirma. 

O Fundecitrus tem investido em ações para minimizar o impacto causado por estes pomares. A principal delas é a criação e soltura da vespinha Tamarixia radiata, inimigo natural do psilídeo. Também tem incentivado os citricultores a buscar soluções com os proprietários de pomares vizinhos que estão em más condições, entre elas a erradicação ou pulverização da área.

O assunto também foi tratado pelo Fundecitrus junto à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA) e ao Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento (MAPA), solicitando formalmente agilidade e prioridade dos órgãos de defesa para soluções para áreas de alto risco. 
 

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