Integração lavoura-pecuária é tendência entre produtores do Mato Grosso
MT tem o maior rebanho bovino do país, com 28,4 milhões de cabeças
Usar parte da terra para plantar soja ou milho, enquanto o gado se alimenta do pasto em outra região da fazenda, foi a escolha feita pelo produtor Aroldo Kuzai, de 33 anos. Administrando a fazenda São Paulo, em Rosário Oeste, 120 km de Cuiabá, Kuzai começou recentemente sua experiência na lavoura de milho. “Quando meu pai comprou a fazenda, em 2012, a tendência natural foi colocar gado nela, mas estamos tentando diversificar a produção agora com a plantação de soja e de milho”, conta Aroldo.
Os motivos que levaram o jovem produtor a iniciar o plantio de grãos junto à criação de gado foi a rentabilidade. Segundo Aroldo Kuzai, embora os custos do investimento inicial em máquinas seja alto, a possibilidade de diversas culturas ao longo do ano é motivadora. “O gado leva, no mínimo, cinco anos para dar lucro. Esse é o tempo do bezerro crescer e ganhar peso. Se ele morre, perdemos o produto. Na agricultura, mesmo com o clima instável, podemos ter produção de cinco em cinco meses”, explica.
Para iniciar o negócio, o produtor arrendou parte da terra para parceiro fornecendo máquinas e insumos necessários para preparação do solo. A parceria se dá no resultado da safra. Do total dos 4.750 hectares de terra, 940 estão sendo usados para agricultura. “Tivemos sucesso. Começamos com soja e agora estamos plantando milho. Na safra passada, colhemos 56 sacas por hectare. Ainda é pouco, mas a ideía é melhorar de agora em diante”, comenta. A meta do produtor é destinar mais 800 hectares ao plantio de grãos até o final deste ano.