Fiscais federais agropecuários: atividades paralisadas no Rio Grande do Sul
Governo havia oferecido reajuste de 21,3% em quatro anos, proposta que não foi aceita pela categoria
Também estão paralisados os fiscais federais agropecuários que atuam nos dez postos terrestres de fronteira, no Porto de Rio Grande e no Aeroporto Internacional Salgado Filho. “Estamos inspecionando apenas as bagagens de pessoas físicas, mas as cargas não estão sendo liberadas”, informa o dirigente.
Na área vegetal, um ponto importante da atuação dos fiscais é a inspeção e liberação dos pallets de madeira que são utilizados para a acomodação de produtos de diversas áreas, como peças e equipamentos industriais. “Nos procedimentos de importação, estes pallets podem trazer pragas exóticas para o Brasil, por isso, precisam passar pelo crivo dos fiscais agropecuários”, afirma Mazzini.
A exportação de tabaco também está sendo impactada pela paralisação dos servidores. Em Santa Cruz do Sul, maior polo produtor do Rio Grande do Sul, a emissão de certificados internacionais está suspensa.
Em reunião-almoço realizada nesta quinta-feira (17) no salão de festas do Ministério da Agricultura em Porto Alegre, foi apresentando o balanço do movimento para os servidores. A categoria deverá realizar nova assembleia geral nacional na tarde da sexta-feira, para definir se a mobilização continuará ou será suspensa.
Pauta de reivindicações
O governo havia oferecido reajuste de 21,3% em quatro anos, proposta que não foi aceita pela categoria. O pleito do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários é de correção de 10,8% em dois anos. Os fiscais federais agropecuários também lutam pela transformação da nomenclatura do cargo para “auditor fiscal federal agropecuário”. Outro item das reivindicações é a pauta funcional, com itens como a meritocracia, a instituição de adicionais por atividades penosas e a realização de concurso público.
A luta contra a terceirização da fiscalização agropecuária é outra pauta de mobilização da categoria. O tema vem sendo levantado pelos fiscais desde o começo do ano, diante da intenção do Ministério da Agricultura de levar a inspeção de produtos de origem animal para a iniciativa privada.