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Encontrada Helicoverpa armigera em trigo no norte do RS

Engenheiro agrônomo Carlos Dellavalle Filho recomenda atenção




Mariposas de Helicoverpa armigera – praga vem causando prejuízos bilionários nos últimos anos no Brasil – acabam de serem detectadas em lavoura de trigo no município de Capão Bonito do Sul, localizado no extremo norte do Rio Grande do Sul. O inseto foi capturado em armadilha monitorada pelo engenheiro agrônomo Carlos Dellavalle Filho.


De acordo com o especialista, a descoberta da Helicoverpa armigera na região acende o alerta sobre as dificuldades que podem sobrevir nesta safra 2014/2015. A praga foi recentemente identificada também em lavouras de soja na Região Central do Rio Grande do Sul, nos municípios de Nova Palma e Restinga Seca.

“A simples presença da mariposa ou das lagartas já é motivo para atenção. O monitoramento da praga por detecção precoce pode permitir um manejo adequado, evitando que se desenvolvam e fiquem mais difíceis de controlar. Isso nos serve como alerta para essa nova safra 2014/1015 (Verão) que estamos plantando na região tanto para soja como feijão. Ter cautela é a melhor ferramenta quando nos referimos a Helicoverpa. A melhor forma de combater a praga é monitorar as lavouras diariamente e só usar inseticida na forma e nos casos recomendados por agrônomos, adotando sempre práticas do MIP (Manejo integrado de pragas)”, recomenda Dellavalle, que é diretor da
Deagro Produtos Agrícolas.

A notícia da presença de Helicoverpa armigera no trigo gaúcho é mais uma péssima notícia que se soma a outras tantas dificuldades enfrentadas pelos triticultores do Sul do Brasil. De acordo com o chefe-geral da Embrapa Trigo, Sergio Roberto Dotto, “o ano foi catastrófico” para a região Noroeste do RS. 

Excesso de umidade e temperaturas elevadas provocaram o aparecimento de giberela (50% de incidência) e da brusone – uma doença de difícil controle mesmo com aplicação de fungicidas. “Houve excesso de chuva na semeadora, na floração e na fase de enchimento do grão. E o quadro ficou ainda mais complicado porque foi impossível entrar no campo para fazer o controle das pragas”, explica Dotto.
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