Novas cultivares de mandioca prometem melhorar a produção

Na região de Santa Rosa, o cultivo de mandioca é uma prática disseminada entre os agricultores familiares. No entanto, ao longo dos anos, eles têm enfrentado diversos desafios relacionados a pragas e doenças, como a mosca-branca e bacterioses. Para contornar esse cenário, o extensionista rural do município de Caibaté empreendeu esforços em busca de novas cultivares mais tolerantes ou até mesmo resistentes a essas enfermidades.

De acordo com o recente Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (22/02), foram implantadas duas novas cultivares - BRS 366 e BRS 399 - em um viveiro no município de Ijuí. Com a plantação de 100 exemplares de cada variedade no início de setembro, os resultados têm sido promissores. As plantas apresentam vigor e saúde, demonstrando-se altamente produtivas.

Destaca-se que a colheita da cultivar BRS 399 alcançou uma produtividade de 2 kg/planta, em apenas 5 meses após o plantio. Além disso, em uma propriedade local, foi estabelecida uma Unidade de Referência Técnica, fruto da parceria entre a Emater/RS-Ascar e o Instituto Federal Farroupilha. Essa unidade tem como objetivo principal monitorar as características de cada cultivar, bem como sua resistência a doenças, a fim de selecionar o melhor material para multiplicação na região. Até o momento, todas as cultivares têm demonstrado boa tolerância à bacteriose.

No que diz respeito ao mercado, a mandioca está sendo comercializada diretamente ao consumidor a R$ 3,00 (com casca) e R$ 10,00/kg (descascada). Já a mandioca descascada e congelada pode ser encontrada nos mercados locais ao preço de R$ 7,40/kg. Esses novos avanços na produção de mandioca prometem impulsionar ainda mais a economia local e melhorar a qualidade de vida dos agricultores familiares da região de Santa Rosa.