Cooperativas receberam 40% da soja do Rio Grande do Sul
Estimativa da FecoAgro/RS é que associados entreguem 6 milhões de toneladas
No ano passado as cooperativas tinham 35% da participação no mercado de recebimento dos grãos, com 4,5 milhões de toneladas entregues pelos associados. O presidente da entidade, Paulo Pires, avalia que o motivo vem da confiança que os associados tiveram nos programas oferecidos. "Analisamos que as cooperativas apresentaram para os seus associados bons programas de recebimento de produto, com credibilidade e vantagens, além da imagem de tradição e transparência nos números. E isro para o produtor é um item positivo", observa.
Esta confiança também está na assistência técnica dada aos produtores pelas cooperativas. Pires estima que hoje as representações agropecuárias têm aproximadamente 1,5 mil profissionais, entre técnicos agropecuários, agrônomos, veterinários e zootecnistas, espalhados pelo Rio Grande do Sul auxiliando os agricultores. O dirigente lembra que são profissionais que levam tecnologia aos associados das cooperativas nos mais distantes locais do Rio Grande do Sul, principalmente para pequenos produtores. "Além disto, tivemos um bom programa de governo incentivando a armazenagem. O produtor que deposita o grão na cooperativa pode vender aos poucos a produção de acordo com o mercado", explica.
Sobre os números de safra, há uma divergência sobre o montante total colhido. Enquanto algumas instituições esperam uma colheita acima de 15 milhões de toneladas, outras apresentam números abaixo deste total. O presidente da FecoAgro/RS avalia que em função da frustração de safra na Metade Sul com a estiagem no final de ciclo e alguns problemas pontuais por causa de doenças na soja, a informação de uma safra menor é mais próxima da realidade. "Este é o nosso entendimento. De qualquer forma será uma safra recorde", ressalta.