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Compra de defensivos agrícolas tem atraso de 40%

Pode provocar inflação no frete e atrasos nas entregas



As aquisições de defensivos agrícolas para a safra 2016/2017 estão 40% atrasadas em relação ao ciclo anterior, o que pode provocar inflação no preço do frete e atrasos nas entregas. A informação é do presidente da Andav (Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários), Henrique Mazotini. 

O dirigente explica que é normal o produtor deixar a compra dos produtos de proteção de cultivos para depois de outros insumos, como sementes e fertilizantes, mas ressalta que “isso deve provocar um gargalo logístico. Não vamos ter falta de produto, mas a demanda concentrada gera sim um problema de fornecimento e risco de abastecimento”. 

De acordo com Mazotini, esse atraso nas compras é explicado pela instabilidade político-econômica que o País atravessa, o que fez com que os produtores adiassem as aquisições esperando uma melhora no câmbio. No entanto, ele alerta que não houve variação significativa nos preços dos agroquímicos: “Houve apenas adequações diante da variação do dólar. Mas nada que impacte os custos de produção”.

Outro problema foi a severa restrição de crédito por parte das instituições financeiras, que assumiram uma posição muito mais cautelosa em função das quebras de safra do ciclo anterior – o que gerou grande inadimplência. Além disso, a recém-encerrada greve bancária durou um mês e atrapalhou a burocracia de liberação de financiamentos.

Apesar do atraso nas compras de insumos, a perspectiva é de que haja um “crescimento de 10% no faturamento do setor”, que faturou R$ 34 bilhões na temporada passada. 

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