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Clima a favor da colheita de algodão

Produtividade e qualidade das fibras vêm sendo reveladas com o avanço das operações



Foto: Canva

O Brasil vem registrando avanços consideráveis na colheita do algodão, com estados chave revelando resultados animadores sobre a qualidade da fibra e produtividade. O boletim semanal da Conab destaca os destaques de cada região. Em Mato Grosso, o clima está cooperando com os produtores, favorecendo a abertura dos capulhos e a subsequente colheita. A fibra colhida na região está sendo observada com uma qualidade notavelmente alta. Além disso, o manejo do bicudo - uma praga comum no cultivo do algodão - está ocorrendo sem grandes problemas.

No extremo-oeste da Bahia, as lavouras estão majoritariamente em maturação e avançando na colheita. A região vem registrando ótima produtividade e qualidade de fibra. Entretanto, no Centro-Sul, a situação é mais complexa, pois o impacto da restrição hídrica começa a ser sentido.

Em Mato Grosso do Sul, o clima está contribuindo positivamente tanto para a colheita quanto para a qualidade da fibra. Os agricultores estão aproveitando as condições para otimizar o manejo pós-colheita.

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Em Goiás, o clima seco favorece as operações da colheita, que avançou consideravelmente no Sul do estado. Enquanto as áreas irrigadas se concentram na formação de maçãs, outras foram dessecadas, com uma boa qualidade da pluma.

No Maranhão, a colheita das lavouras de primeira e segunda safras está em andamento, embora o rendimento esteja menor devido à má distribuição das chuvas e à semeadura fora do período ideal.

Em Minas Gerais, a colheita avança com perspectivas positivas quanto à produtividade e qualidade da fibra, mantendo o estado como um forte participante no cenário nacional.

No Piauí, a fase de colheita está em pleno andamento, com relatórios sugerindo uma boa produtividade, mantendo a tendência positiva em outras regiões do país. Por fim, em São Paulo, a colheita está praticamente concluída, alcançando 97% da área total.

PROGRESSO DA SAFRA

Semana de 30 de julho a 05 de agosto de 2023

O progresso da colheita, considerando os sete estados-chave na produção de algodão, houve um avanço geral de 11,3% em uma semana, alcançando 39,7% em 5 de agosto. No entanto, ainda há um caminho a ser percorrido quando comparado ao índice de 67,2% da safra anterior. Este panorama reflete a complexidade e os desafios da colheita de algodão, mas também o compromisso e a resiliência dos agricultores brasileiros diante das adversidades.

Apresentando uma progressão consistente, o Maranhão viu sua colheita saltar de 38,0% na safra passada para 52,0% em 5 de agosto, crescendo 7% em relação à semana anterior. A crescente tendência sugere um bom ritmo de trabalho nas lavouras maranhenses.

O Piauí, com uma peculiaridade em seus números, registrou um aumento significativo de 16% em uma semana, passando de 64,0% para 80,0%, superando inclusive a marca da safra passada, que era de 74,0%. Esse salto demonstra um esforço considerável dos agricultores em aproveitar as condições favoráveis da semana.

O estado baiano, tradicional no cultivo do algodão, apresentou um aumento de quase 10% em uma semana, alcançando 55,8%. Mesmo assim, essa marca ainda fica aquém dos 75,4% registrados na safra anterior, sinalizando que há espaço para avanços nas próximas semanas.

O Mato Grosso, mesmo sendo um dos gigantes da produção algodoeira, registrou números abaixo do esperado. Com 33,7% colhidos até 5 de agosto, ainda se encontra distante dos 65,2% da safra anterior. No entanto, o salto de 12% em relação à semana anterior indica um possível ritmo acelerado de recuperação.

Há um avanço considerável de 18% em apenas uma semana, alcançando 52,0%. Embora a safra passada tenha registrado um índice mais alto, de 86,0%, a velocidade de colheita atual é encorajadora.

Goiás apresentou uma boa progressão semanal, avançando 13% e chegando a 62,0% em 5 de agosto. Mesmo com essa aceleração, ainda está abaixo dos 80,0% da safra anterior.

O ritmo de colheita em Minas Gerais, embora tenha avançado 8% em relação à semana anterior, ainda permanece abaixo do que foi registrado na safra passada, com 47,0% até a data citada contra 54,0% anteriormente.

Material elaborado pelo metereologista, Gabriel Rodrigues com revisão de Aline Merladete.

Informações obtidas no boletim de Progresso de Safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)

 

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