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Brasil rebate acusação russa de resíduo de glifosato na soja

Os níveis detectados são mais de cem vezes inferiores aos limites acordados no Codex Alimentarius



O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou um comunicado em seu site oficial em que rebate as acusações do governo russo de que a soja exportada para o país continha resíduos de glifosato acima do permitido. Na ocasião, a Rússia alertou sobre "possível introdução de restrições temporárias à importação de soja do Brasil em caso de falha do lado brasileiro em adotar medidas corretivas o quanto antes". 

Depois que a informação foi publicada pelo Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia e enviada ao Mapa, o Ministério brasileiro afirmou que os níveis detectados são mais de cem vezes inferiores aos limites acordados no Codex Alimentarius e “não constituem, portanto, risco à saúde”. O Codex é uma coletânea de padrões reconhecidos internacionalmente, códigos de conduta, orientações e outras recomendações relativas a alimentos, produção de alimentos e segurança alimentar. 

“No Brasil, o limite máximo permitido é de 10 ppm (partes por milhão), valor mais rigoroso que o definido no Codex Alimentarius (20 ppm), mas superior ao estabelecido pelas autoridades russas, que é de 0,15 ppm. As autoridades brasileiras iniciaram processo de averiguação e investigação interna e estão em contato permanente com suas contrapartes russas, de modo a evitar solução de continuidade”, disse o comunicado publicado no site oficial do Mapa. 

De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), a entidade está aberta a conversas para estabelecer um bom caminho para ambos. "O Brasil exporta produtos de altíssima qualidade do complexo de soja para 170 países. É parceiro em negócios com a Rússia há muitos anos. Caso haja essa notificação, a cadeia produtiva nacional está aberta a tratar de todos os temas relacionados a boas práticas no comércio internacional da soja em grão e seus derivados", conclui. 

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