Aiba apresenta suas propostas para a futura agência de desenvolvimento do Matopiba
Os secretários poderão enviar suas sugestões até 26 de março
“Hoje, o agricultor baiano é o que mais produz, mais gasta e menos ganha. Precisamos mudar esta equação e isto se muda com a implantação de ferrovias como a Fiol, com a reativação da Hidrovia do São Francisco, com a recuperação e ampliação da rede de estradas estaduais e federais e com uma estrutura portuária eficiente. Também precisamos da ampliação da rede de energia elétrica no oeste baiano para aumentar a quantidade de pivôs de irrigação e atrair agroindústrias para a região”, disse Busato.
Para o secretário da Agricultura da Bahia, Paulo Câmera, a agência a ser implantada deve pensar o desenvolvimento da região como um todo. “O pilar central será a agricultura, mas entendemos que é preciso abranger as questões sociais, infraestrutura, pensando na concepção de desenvolvimento da região como um todo”, disse Câmera.
No estado da Bahia, o município de Luís Eduardo Magalhães é um exemplo do que o agronegócio pode fazer por toda uma região. Em apenas 15 anos, deixou de ser uma parada na estrada onde existia um posto de gasolina, para ser um município emancipado com mais de 76 mil habitantes e ter a maior arrecadação do Oeste baiano. “Isso é reflexo dos empregos gerados nas fazendas. Se existe trabalho, existe renda e o comércio é movimentado e o nível de escolaridade e a qualidade de vida também melhoram”, explicou Busato, acrescentando que “é preciso focar na agricultura e na agroindústria, que o restante irá acontecer por consequência”.
A ministra Kátia Abreu defendeu a participação da iniciativa privada. “A experiência nos mostra que a mola propulsora de tudo são os empresários. A agência terá que trabalhar ao lado daqueles que gerarão emprego”, disse.
A agência de desenvolvimento deverá promover a inovação, pesquisa, agricultura de precisão e assistência técnica do Matopiba. Os secretários poderão enviar suas sugestões até 26 de março.