Com a colheita de soja caminhando para o encerramento, a produção 2013/14 do Brasil foi estimada nesta terça-feira pela consultoria Agroconsult em um recorde de 86,9 milhões de toneladas, bem abaixo das projeções do início da temporada, devido a problemas climáticos e aumento do incidência de fungos e pragas, que exigiram gastos elevados e podem desestimular a expansão da oleaginosa no país na próxima safra.
A Agroconsult reduziu sua previsão ante a estimativa anterior, que era de 89,2 milhões de toneladas.
Apesar da redução na estimativa, o Brasil ainda colherá uma safra recorde da oleaginosa. Na temporada passada, o país colheu 81,5 milhões de toneladas, segundo o Ministério da Agricultura.
A Agroconsult chegou a estimar uma colheita deste ano em 91,6 milhões de toneladas, mas o clima irregular e o ataque de pragas e doenças levaram a graduais correções na projeções.
"Talvez tenha sido o ano com maior dificuldade de avaliação das lavouras, pela irregularidade dos talhões dentro de uma mesma região", disse o diretor da Agroconsult, André Pessôa, durante a divulgação dos resultados da expedição técnica Rally da Safra.
A seca prejudicou lavouras principalmente em partes do Paraná, segundo maior Estado produtor do Brasil, enquanto a chuva atrapalhou o fim da safra em Mato Grosso, líder da produção.
"Agora, por conta da ferrugem (doença fúngica), reduzimos a expectativa de produtividade em Mato Grosso para 53 sacos por hectare, o que ainda é uma safra muito boa para o Estado", disse.
A Agroconsult chegou a projetar produtividade de 56 sacas por hectare em Mato Grosso no início da campanha, devido ao desempenho excelente das lavouras precoces.
O Estado deverá colher 27,1 milhões de toneladas da oleaginosa, contra 23,5 milhões em 2012/13.
Problemas com ferrugem e ataques de insetos, como as lagartas falsa medideira e Helicoverpa armigera e a mosca branca, elevaram os gastos com aplicações de defensivos no país. Na média, foram seis aplicações de inseticidas em 2013/14, 50 por cento mais que duas safras atrás. Também foram três aplicações de fungicidas nesta temporada, contra 2,5 aplicações na média de duas safras atrás.
"O gasto com defensivos já havia crescido ano passado e cresceu de novo esse ano. Em alguma regiões como Mato Grosso e Bahia, subiu até para sete aplicações", disse Pessôa.
PRÓXIMA SAFRA
O aumento destes custos, aliado a uma perspectiva de preços menos aquecidos no mercado internacional nos próximo meses, deve levar a uma desaceleração na expansão da soja no país.
A Agroconsult estima que na próxima temporada (2014/15) a área plantada no país deve crescer em 1 milhão de hectares, contra aumento de 2,5 milhões em 2013/14.
"Podemos estar entrando em uma fase de expansão bem mais moderada do que nos últimos anos", disse o diretor da Agroconsult.
Os preços da soja na bolsa de Chicago devem recuar ante os patamares atuais, com a expectativa de uma grande safra nos Estados Unidos, disse o analista.
Os EUA poderão produzir um volume recorde de soja em 2014, com a expectativa da maior área já plantada no país.
OUTROS GRÃOS
A redução na estimativa de safra de soja e uma produção menor de milho terão impacto na colheita total de grãos e oleaginosas do país, disse André Pessôa.
"É uma safra menor que a do ano passado, com problemas climáticos e redução de área e produtividade do milho safrinha", afirmou ele.
A safra total brasileira 2013/14 foi estimada em 188,14 milhões de toneladas, contra 189,54 milhões em 2012/13.
"Não é safra recorde. Bateu na trave", afirmou.
A primeira safra de milho do Brasil 13/14, cuja colheita está em desenvolvimento, foi estimada em 30 milhões de toneladas, contra 30,4 milhões na previsão anterior.
A segunda safra de milho do Brasil, que está sendo plantada, foi prevista em 41,2 milhões de toneladas, devido a uma área menor e investimentos mais baixos em tecnologia.
Esses números levam a safra total de milho do Brasil para 71,2 milhões de toneladas, contra 72,6 milhões de toneladas na previsão anterior da Agroconsult.
Na temporada passada, o Brasil colheu um recorde de 81,5 milhões de toneladas de milho, segundo dados do Ministério da Agricultura.
A Agroconsult reduziu sua previsão ante a estimativa anterior, que era de 89,2 milhões de toneladas.
Apesar da redução na estimativa, o Brasil ainda colherá uma safra recorde da oleaginosa. Na temporada passada, o país colheu 81,5 milhões de toneladas, segundo o Ministério da Agricultura.
A Agroconsult chegou a estimar uma colheita deste ano em 91,6 milhões de toneladas, mas o clima irregular e o ataque de pragas e doenças levaram a graduais correções na projeções.
"Talvez tenha sido o ano com maior dificuldade de avaliação das lavouras, pela irregularidade dos talhões dentro de uma mesma região", disse o diretor da Agroconsult, André Pessôa, durante a divulgação dos resultados da expedição técnica Rally da Safra.
A seca prejudicou lavouras principalmente em partes do Paraná, segundo maior Estado produtor do Brasil, enquanto a chuva atrapalhou o fim da safra em Mato Grosso, líder da produção.
"Agora, por conta da ferrugem (doença fúngica), reduzimos a expectativa de produtividade em Mato Grosso para 53 sacos por hectare, o que ainda é uma safra muito boa para o Estado", disse.
A Agroconsult chegou a projetar produtividade de 56 sacas por hectare em Mato Grosso no início da campanha, devido ao desempenho excelente das lavouras precoces.
O Estado deverá colher 27,1 milhões de toneladas da oleaginosa, contra 23,5 milhões em 2012/13.
Problemas com ferrugem e ataques de insetos, como as lagartas falsa medideira e Helicoverpa armigera e a mosca branca, elevaram os gastos com aplicações de defensivos no país. Na média, foram seis aplicações de inseticidas em 2013/14, 50 por cento mais que duas safras atrás. Também foram três aplicações de fungicidas nesta temporada, contra 2,5 aplicações na média de duas safras atrás.
"O gasto com defensivos já havia crescido ano passado e cresceu de novo esse ano. Em alguma regiões como Mato Grosso e Bahia, subiu até para sete aplicações", disse Pessôa.
PRÓXIMA SAFRA
O aumento destes custos, aliado a uma perspectiva de preços menos aquecidos no mercado internacional nos próximo meses, deve levar a uma desaceleração na expansão da soja no país.
A Agroconsult estima que na próxima temporada (2014/15) a área plantada no país deve crescer em 1 milhão de hectares, contra aumento de 2,5 milhões em 2013/14.
"Podemos estar entrando em uma fase de expansão bem mais moderada do que nos últimos anos", disse o diretor da Agroconsult.
Os preços da soja na bolsa de Chicago devem recuar ante os patamares atuais, com a expectativa de uma grande safra nos Estados Unidos, disse o analista.
Os EUA poderão produzir um volume recorde de soja em 2014, com a expectativa da maior área já plantada no país.
OUTROS GRÃOS
A redução na estimativa de safra de soja e uma produção menor de milho terão impacto na colheita total de grãos e oleaginosas do país, disse André Pessôa.
"É uma safra menor que a do ano passado, com problemas climáticos e redução de área e produtividade do milho safrinha", afirmou ele.
A safra total brasileira 2013/14 foi estimada em 188,14 milhões de toneladas, contra 189,54 milhões em 2012/13.
"Não é safra recorde. Bateu na trave", afirmou.
A primeira safra de milho do Brasil 13/14, cuja colheita está em desenvolvimento, foi estimada em 30 milhões de toneladas, contra 30,4 milhões na previsão anterior.
A segunda safra de milho do Brasil, que está sendo plantada, foi prevista em 41,2 milhões de toneladas, devido a uma área menor e investimentos mais baixos em tecnologia.
Esses números levam a safra total de milho do Brasil para 71,2 milhões de toneladas, contra 72,6 milhões de toneladas na previsão anterior da Agroconsult.
Na temporada passada, o Brasil colheu um recorde de 81,5 milhões de toneladas de milho, segundo dados do Ministério da Agricultura.