Agricultura de Precisão chega com força ao Oeste
Os problemas enfrentados pelos produtores eram exatamente a falta de mão de obra especializada para operar estes equipamentos sofisticados
O curso, realizado nas dependências do Sindicato Rural de LEM, contou com a participação de um instrutor do Senar Nacional e foi direcionado principalmente a professores de sete estados do Brasil que tem como papel servir de multiplicadores, repassando as informações aos trabalhadores do campo em seus respectivos estados, uma vez que os proprietários, engajados neste tipo de atividade, em sua grande maioria, já estão dispondo em suas fazendas, de equipamentos de última geração, que permitem programar, plantar, cultivar e colher a soja, o algodão, e o milho, principais commodities agrícolas nos campos oestinos, equiparando nossa agricultura à agricultura dos Estados Unidos, Canadá e Austrália – países onde a Agricultura de Precisão nasceu e se estabeleceu, permitindo dessa forma, por exemplo, nosso produtor fechar suas colheitas com as maiores médias por hectare que se conhece no mundo.
Os problemas enfrentados pelos produtores erma exatamente a falta de mão de obra especializada para operar estes equipamentos sofisticados. Como por exemplos: Um equipamento de mapeia e faz a análise do solo de determinada gleba, marcando passo a passo, traço a traço, onde a terra demanda maior ou menor quantidade de fertilizante. Ou um distribuidor de adubo programado de acordo com a análise anterior e uma colheitadeira com computador a bordo que, enquanto vai realizando a colheita, e, ao mesmo tempo mapeando toda área para apresentar, no fim, um mapa completo da gleba em termos de produtividade por hectare.
Para o presidente do sindicato, Vanir Kolln, este problema já fora detectado pelo sindicato há alguns anos quando se percebia que o nível de desenvolvimento dos equipamentos através da pesquisas das grandes corporações internacionais que produzem máquinas sofisticadas, enquanto que o desenvolvimento da mão de obra para operá-las não acompanhava este desenvolvimento. “A mão de obra não está qualificada. Por isso, cientes desta realidade, nós vínhamos cobrando da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e da Federação de Agricultura do Estado da Bahia (Faeb), para que investisse neste sentido, nesta realidade do Oeste Baiano”, disse Vanir Kolln.
“Eu acho que esta agricultura de precisão é uma mão na roda. Como se diz lá no campo. Tanto para o grande produtor como para o pequeno. Pois hoje em dia há equipamentos de todos os tamanhos e desempenhos”, enfatizou o presidente Vanir Kolln.