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?Neblina de defensivo potencializa combate à Helicoverpa armigera

A afirmação é de Marcos Monteiro, doutor em Agronomia





A aplicação de defensivos agrícolas na forma de “neblina” é uma maneira mais eficiente de combater a praga da Helicoverpa armigera. A afirmação é de Marcos Vilela de Magalhães Monteiro, doutor em Agronomia e diretor do Centro Brasileiro de Bioaeronautica (CBB), em Sorocaba (SP).


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“As neblinas, que produzem gotas de maior eficiência biológica para o controle de lagartas, são conhecidas pelos especialistas ingleses do Instituto de Tecnologia de Cranfield desde o início da década de 1970, quando eles controlaram com sucesso uma grande infestação de H. armigera em 240.000 hectares de algodão no Sudão”, afirma ele.

Monteiro explica que essa técnica requer a “calibração dos aviões e tratores para produzir essas neblinas com alta porcentagem de gotas muito finas e o monitoramento das aplicações.  Temos que saber que neblinas estamos produzindo e mudar se necessário”.

“Para a captura e avaliação das gotas finas e muito finas, o CBB desenvolveu recentemente um coletor rotativo baseado em tecnologia da Organização Mundial da Saúde para avaliação de neblinas eficientes no controle de mosquitos. Montamos o Kit de Medição de Gotas Finas, (Kit-MGF), um kit simples e barato que avalia a porcentagem de gotas de maior eficiência biológica no controle das lagartas”, explica o doutor em Agronomia.


Ele vai além, e alerta que “uma coisa é matar lagartas, outra é reduzir os danos provocados pelas infestações. No caso das armigeras elas conseguem causar em três a quatro dias 50% dos danos totais do seu ciclo. Por isso os Entomologistas Ingleses consideram como o fator mais importante para o controle dessas lagartas a época correta das aplicações ou “timing”; mais importante mesmo que a dosagem de princípio ativo do produto”.

Monteiro afirma que, com o domínio das informações sobre praga, produtos e neblina, “a eficiência de um tratamento depende finalmente de uma estratégia de controle. Esse trabalho, devido a sua complexidade, tem de ser desenvolvido por uma equipe multidisciplinar. Baseada nos levantamentos entomológicos, traça um programa de ação e acompanha o seu desenvolvimento”.

Para o diretor do Centro Brasileiro de Bioaeronautica, a H. armigera pode passar de uma “praga devastadora” para uma “praga sob controle” em apenas três anos. Ele resume como o complexo de lagartas da subfamília Heliothinae pode ser controlado: “Uso do principio ativo correto na dosagem adequada; Monitoramento eficiente e constante; Aplicação de neblina correta com formulação oleosa; Aplicações sequenciais no tempo certo e em condições meteorológicas adequadas; Seguir a orientação dos especialistas. Mas o primeiro passo é investir em Treinamento e Tecnologia de Avaliação de Neblinas”.




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