Mal da sigatoka
Sigatoka amarela (Mycosphaerella musicola) Culturas Afetadas: Banana
Anamorfo: Pseudocercospora musae
Sinônimo: Cercospora musae
O primeiro relato da doença no Brasil foi realizado em 1944, afetando bananais no estado do Amazonas. O fungo provoca a morte precoce das folhas e o enfraquecimento da planta, resultando em diminuição da produção e, às vezes, quando a incidência é alta, pode provocar perda total da lavoura.
Danos: As infecções do mal de Sigatoka ocorrem nas folhas jovens da planta, incluindo geralmente as folhas zero (vela), um, dois, três e, excepcionalmente, a quatro (as folhas são contadas das mais novas para as mais velhas; a folha zero corresponde àquela, ainda não aberta). A infecção inicial caracteriza-se por uma leve descoloração com forma de ponto entre as nervuras secundárias da segunda até a quarta folha a partir da vela. Este ponto descolorido amplia-se, formando uma estria de coloração amarela. Com o tempo, estas pequenas estrias crescem, formando manchas necróticas, elípticas, alongadas, dispostas paralelamente às nervuras secundárias da folha. Desenvolve-se, por fim, uma lesão com centro deprimido, de coloração cinza, circundada por um halo amarelo.
Controle: O mal-de-Sigatoka é uma doença de controle difícil. A integração de ações é, portanto, o melhor caminho para que o objetivo seja atingido e a harmonia do ambiente seja preservada, como se verá a seguir:
1) Controle químico: Os fungicidas de contato e sistêmicos são recomendados para o controle da doença;
2) Controle cultural: embora o controle químico ainda seja o principal método de controle do mal-de-Sigatoka, algumas práticas culturais são freqüentemente mencionadas como importantes ferramentas auxiliares para se atingir um bom nível de controle. Os principais aspectos a considerar são:
a) Drenagem - a rápida drenagem de qualquer excesso de água no solo, além de melhorar o crescimento das plantas, reduz as possibilidades de formação de microclima adequado ao desenvolvimento do fungo;
b) Combate às plantas daninhas - altas populações de plantas daninhas no bananal, além da competição, favorecem a formação de microclima adequado ao patógeno;
c) Desfolha - a eliminação, de forma racional, de folhas atacadas ou parte destas folhas, é de grande importância, já que reduz a fonte de inóculo no bananal;
d) Outros fatores - diversos fatores, como densidade populacional, observando tanto a quantidade como a distribuição das plantas, e uma adubação bem balanceada contribui para atingir um nível ideal de controle.
3) Controle genético: a busca de variedades resistentes, seja mediante a seleção dentro dos recursos genéticos existentes, seja mediante a geração de novas variedades por hibridação, é hoje a principal linha de ação visando o controle do mal de Sigatoka.